FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,77 %, ou $ -10,00 cents/bushel a $ 1295,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,93 % ou $ -12,50 cents/bushel a $ 1330,00. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em baixa de – 2,23 % ou $ -9,3 ton curta a $ 408,5 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -1,82 % ou $ – 0,92/libra-peso a $ 49,34.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa esta quarta-feira. O clima na América Latina segue guiando as cotações. A commodity foi pressionada em parte pelo tempo úmido na Argentina, que melhora as perspectivas para o restante do plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras. A possibilidade de chuvas no Centro-Oeste do Brasil também pesou sobre os contratos, disse Terry Reilly, da Marex. “Um bom volume de chuvas na primeira quinzena de dezembro pode representar a diferença entre uma perda de 3 milhões a 5 milhões de toneladas e uma quebra de mais de 10 milhões de toneladas caso as condições de seca persistam”, disse Reilly. A queda no entanto foi limitada pela divulgação de uma compra de 136 mil toneladas de soja pela China. O mercado também aguarda o relatório da CONAB, que será divulgado nesta quinta-feira, onde existe a perspectiva de ajustes no volume da safra de soja estimado pelo órgão. Em novembro a CONAB indicou 162,42 milhões de toneladas para a campanha de soja no Brasil. O óleo de soja acompanhou a queda do petróleo no mercado internacional.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA-FATOR BAIXISTA-PROJETAMOS QUE CRESCIMENTO DA ECONOMIA DA CHINA CAIRÁ ABAIXO DOS 4%: A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, projetou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China deve cair abaixo da marca de 4% em algum momento nos próximos anos, com consequências para a economia global. Georgieva participou de evento no think tank Council on Foreign Relations, em Washington D.C., nos EUA. De qualquer forma, Georgieva considera que o governo chinês dispõe dos instrumentos necessários para assegurar a retomada da atividade chinesa a uma trajetória mais robusta. A China é o principal comprador de commodities brasileiras, especialmente soja e minério de ferro. Se ela tiver problemas de crescimento, provavelmente comprará menos, limitando a maior fonte de demanda destes produtos.
BRASIL-FATOR ALTISTA-SETOR QUER REVER IMPORTAÇÃO E GARANTIR AUMENTO DA MISTURA NO PL DO COMBUSTÍVEL DO FUTURO: O setor do biodiesel, ligado ao agronegócio produtor de soja, intensificou as negociações com governo e Congresso nessa reta final de 2023. Em uma das frentes de articulação, as usinas buscam reverter o aval para a importação do produto e elevar a mistura obrigatória no diesel dos atuais 12% para 15% já em 2024. Outro foco é garantir que o produto seja contemplado no projeto de lei do “Combustível do Futuro, que integra a agenda verde liderada pelo Palácio do Planalto. Segundo apurou o Estadão, as conversas envolvem os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o relator da proposta, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que deve entregar o seu parecer até a próxima segunda-feira, dia 11.
ANEC/FATOR ALTISTA-BRASIL DEVE EXPORTAR ATÉ 4,1 MILHÕES DE T DE SOJA EM DEZEMBRO: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil vai exportar de 3 milhões a 4,1 milhões de toneladas de soja no último mês do ano, abaixo dos 4,5 milhões de t de novembro e superior ao 1,5 milhão de t de dezembro do ano passado. Os embarques de farelo devem ser de 2 milhões de t, acima do 1,9 milhão de t de novembro e do 1,3 milhão de t de dezembro de 2022. Na semana de 26 de novembro a 2 de dezembro, o Brasil exportou 921,4 mil toneladas de soja e 563,8 mil toneladas de farelo. Para a safra 2022/23, o Brasil deve exportar 100,5 milhões a 101,7 milhões de t de soja e 22,3 milhões de t de farelo.
EUA-FATOR ALTISTA-O USDA relatou uma venda de 136 mil toneladas de soja para a China esta manhã: Os dados mensais do Censo registraram 9,5 milhões de toneladas (348,25 mbu) de exportações de soja durante o mês de outubro. Isso foi semelhante ao volume de 22 de outubro. As exportações oficiais de farelo de soja estabeleceram um novo recorde para outubro, com 1.192 milhões de toneladas. O censo teve um recorde de baixa em outubro (e o segundo menor de todos os tempos em qualquer mês), com 5,9 mil toneladas de remessas de óleo de soja.
PRÉ-WASDE-FATOR BAIXISTA: As estimativas pré-WASDE colocam a safra de soja da Argentina em 48,2 milhões de toneladas, +200 mil toneladas, contra 25 MT do ano passado, enquanto o Brasil deverá ser revisado em 2,8 milhões de toneladas para 160,1 milhões de toneladas, contra 158 MT do ano passado. Como se percebe, a “quebra” brasileira, inicialmente prevista em 165 MT, será fartamente compensada com o aumento da safra argentina.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas unitárias de preços, negócios seguem fracos
CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja segue com tons baixistas, com o contrato F4 tentando manter os $13,0 em Chicago. No estado, exportadores apenas compram seus complementos de carga, enquanto esmagadores dominam o mercado em todas as regiões (até no porto). NO PORTO: No porto, ocorreu queda de R$ 3,00/saca, com Rio Grande indo a R$ 148,00. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 148,50, caindo em R$ 1,50/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 148,50, caindo em R$ 1,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 148,00 com queda de R$ 1,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 148,00, marcando também queda de R$ 2,00/saca.
SANTA CATARINA: Queda e R$ 1,00/saca, negócios completamente parados
CONTEXTO DO DIA: mais um dia sem mudanças, negócios muito fragilizados em virtude das novas baixas de Chicago. Hoje os preços marcaram queda média de R$ 1,00/saca no Estado, mas não teve efeito real sobre os negócios, pois eles já estão tão fracos quanto possível. O ritmo atual é de finalização para o fim do ano, não há expressão de mercado. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.
PARANÁ: Dia de quedas na base de R$ 1,00/saca, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Semana segue fraca com soja se desvalorizando de forma considerável no cenário internacional. . O plantio da safra de soja 2023/24 no Paraná avançou 3 pontos porcentuais na semana, até segunda-feira. As condições das lavouras de soja mantiveram-se inalteradas entre as duas semanas: 86% apresentavam boa condição; 12% média condição e 2% ruins. NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 1,00/saca, indo a R$ 142,00 com pagamento em 29/12 e entrega em dezembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca queda de R$ 1,00/saca, indo a 138,00, aqui estamos falando da soja disponível, do lote e vemos valores mais altos do que os de pedra. Nas demais posições temos também quedas de preços na base de R$ 1,00/saca, com Cascavel a R$ 129,00, Maringá a R$ 129,00 e Pato Branco a R$ 130,50 após queda de R$ 1,50/saca. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00 repetindo preços. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou predominância de quedas para março de 24. O grão de soja passou por baixa de 0,77%, o farelo passou por baixa de 2,23% e o óleo em baixa de 1,83%. O dólar por sua vez marcou baixa de 0,47%, sendo cotado a R$ 4,9019 ao fim do pregão. Como pode-se perceber se feita uma comparação, o panorama de hoje é quase exatamente igual o de ontem.
MATO GROSSO DO SUL: Preços parados, sem novas negociações
CONTEXTO DO DIA: como já demarcado, existe pouquíssimo fundamento no Brasil para se analisar hoje, as principais variações decorrem do panorama externo e nisso vemos uma tendência de desvalorização. Apesar disso o preço se mantém bastante fixo no Estado de MS, não há muita vontade por parte do produtor em abrir mão dos volumes disponíveis, mas existe demanda, o que valoriza os preços. PREÇOS DE HOJE: nenhuma posição marcou movimentos – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 128,50. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00, sem movimentos e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.
MATO GROSSO: Altas de até R$ 0,70/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de pouca expressão em termos de negócios e com preços subindo em até R$ 0,70/saca. O produtor parece estar focando o máximo no campo, a maior parte dos avanços relacionados a soja de Mato Grosso estão concentrados nesse setor. Sabe-se que sempre existem volumes sendo escoados, mas diante da extensão do Estado, fazer uma leitura precisa é muito próximo de impossível. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 128,00 com alta de R$ 0,20/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 124,20 com alta de R$ 0,70/saca. Nova Mutum a R$ 124,70 com alta também de R$ 0,70/saca. Primavera a R$ 128,30. Rondonópolis a R$ 130,00. Sorriso, por fim, a R$ 122,90.
MATOPIBA: Mercado completamente parado em termos de negócios e variações de preços
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue com baixos níveis de comercialização sendo vistos, para essa semana não se soube de volumes expressivos sendo negociados e mesmo para a anterior as negociações foram relativamente lentas, O ritmo é de finalização de ano comercial. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 127,00 sem variação.
Fonte: T&F Agroeconômica