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Soja/BR: Soja fechou em baixa pela terceira sessão consecutiva com demanda apenas razoável pelo grão dos EUA

FECHAMENTOS DO DIA 04/12: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,42 %, ou $ -18,75 cents/bushel a $ 1306,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,36 % ou $ -18,50 cents/bushel a $ 1342,00. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em baixa de – 1,07 % ou $ -4,4 ton curta a $ 408,3 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,41 % ou $ – 0,21/libra-peso a $ 51,24.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada na bolsa de Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. Os dois principais fatores de pressão sobre as cotações são a baixa demanda e o clima na América do Sul. O USDA informou, logo no começo da sessão, uma redução nos embarques em relação à semana anterior. Foram inspecionados 1.108.864 toneladas de soja para embarque, ante 1.573.289 da semana anterior e abaixo da expectativa do mercado, que, estava entre 1.250 e 2.000 milhões de toneladas. Apesar de robustas, no acumulado do ano comercial, as vendas ainda estão 13,74% abaixo do ano anterior. Perspectivas de chuvas em regiões com déficit hídrico no Brasil nos próximos 10 dias também pressionaram a cotação. A dúvida sobre o tamanho previsto da safra brasileira ainda persiste, com consultorias privadas reduzindo seus dados e outras dizendo que é muito cedo para afirmar cortes na safra. No entanto, é consenso que qualquer redução no Brasil pode será amenizada pela safra argentina de soja na temporada 23/24. Com isso a soja começou a semana com terceira queda consecutiva na CBOT.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

CONAB-PLANTIO SOJA: O plantio da safra brasileira de soja 2023/24 atingia 83,1% da área estimada no País no último sábado (2), informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. O desempenho corresponde a um avanço de 7,9 pontos porcentuais ante uma semana atrás. Há atraso, contudo, de 7,6 pontos porcentuais em relação a igual período do ano passado, quando 90,7% da área estava semeada. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão à frente nos trabalhos de campo, com 98,7% e 98%, respectivamente, da área cultivada, enquanto Piauí tem ritmo mais lento, com 92% das lavouras implantadas.

IMEA-REDUÇÃO DA SAFRA 23/24: O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirmou prejuízos à safra do Estado pelo tempo quente e os longos períodos sem chuva. A produção da safra 2023/24 em Mato Grosso deve ser, segundo o Imea, de 42,13 milhões de toneladas, 3,78% menor em relação à previsão do mês passado. “Em alguns talhões, já é observado o encurtamento do ciclo da soja, o que pode prejudicar no potencial produtivo da planta”, informou em relatório hoje. A área de soja projetada é 0,74% inferior à esperada no mês passado, de 12,13 milhões de hectares. O Imea informa “alto porcentual de replantio”, apurado com agentes de mercado. Segundo o Imea, esse cenário poderá levar produtores a abandonar as áreas prejudicadas devido aos custos adicionais para a safra. Produtores que fazem algodão em segunda safra devem destinar parte da área para o cultivo da fibra, “visto a necessidade de produzir e cumprir os contratos já firmados”, afirmou. A produtividade também será prejudicada, estimada em 3,07% abaixo do esperado, de 57,87 sacas por hectares.

As exportações da safra 2022/23 em Mato Grosso foram recorde no acumulado de janeiro a outubro. Com isso, no final da temporada, segundo o Imea, deve atingir volume 1,12% superior ao relatório anterior, e somar 28,05 milhões de toneladas. Com o corte da produção no Estado, a projeção de exportação para exportação da safra 2023/24 diminuiu para 25,79 milhões de toneladas, 5,60% abaixo do último relatório. A perspectiva de consumo da oleaginosa no Estado se manteve em 12,65 milhões de toneladas, aumento de 12,65% em relação à safra anterior. Já os estoques de passagem tiveram uma redução de 27,07% em relação à estimativa anterior, para 794,32 mil toneladas, dado o avanço da comercialização nos últimos meses. O estoque final da soja mato-grossense foi ajustado para 400,98 mil de toneladas, queda de 36,55%ante ao relatório de novembro. (Agência Estado)

CUSTO BRASIL X EUA NA PRODUÇÃO DE SOJA: O noticiário está repleto de fatos que validam a emergência do Brasil como uma grande potência agroindustrial. No entanto, o “lado B” deste fenómeno, que não é tão conhecido, não parece nada espetacular. Estudo realizado por pesquisadores das Universidades Estaduais de Ohio e Illinois mostra a evolução recente do custo direto da produção de soja na “zona central” do Brasil (Mato Grosso) e dos EUA (Illinois). E os números são assustadores. Embora nas safras 2020/21 e 2021/22 ambos os custos diretos – que incluem tanto os factores de produção agrícolas como os serviços de acondicionamento, armazenamento e seguros – estivessem em níveis semelhantes, em 2022/23 a disparidade aumentou abruptamente.

A razão do enorme crescimento do custo da produção de soja em Mato Grosso é o aumento considerável do valor dos fertilizantes após a guerra desencadeada em 2022 no Mar Negro. “Em 2022/23 o custo dos fertilizantes representou quase 50% dos custos totais da produção de soja em Mato Grosso, quando historicamente era em torno de 35%. A relevância desse fator é explicada pela grande demanda por fertilizantes nos solos da região do Cerrado, que se caracteriza pela elevada acidez”, explica o documento. A questão é que o Brasil tem uma enorme dependência externa de fertilizantes; no caso do nitrogênio, deve importar cerca de 95% do seu consumo interno, enquanto essa proporção ronda os 90% para o potássio e 75% para o fósforo.

Embora o custo direto estimado da produção de soja caia em 2023/24, em linha com o declínio dos preços internacionais dos fertilizantes, Mato Grosso ainda teria uma lacuna considerável em relação à situação atual no “coração” agrícola dos Estados Unidos. Esta perda de competitividade, à qual é necessário acrescentar o custo logístico, é compensada pela taxa de câmbio, uma pressão fiscal de acordo com a dinâmica do negócio e créditos com taxas de juro acessíveis, entre outros instrumentos. Quanto ao segundo item mais importante, os produtos fitossanitários, Mato Grosso, por ser uma região subtropical, sempre registrou um custo mais elevado em relação a Illinois, embora a vantagem presente nos EUA tenha diminuído safra após safra, devido à proliferação de ervas daninhas resistentes. Fonte: Valor Soja

BRASIL-QUEBRA DE SAFRA PODE AFETAR RECEITA AGRÍCOLA E PIB DO BRASIL EM 2024: A receita agrícola do Brasil em 2024 deverá recuar 1% na comparação com 2023, segunda queda anual consecutiva, com a quebra de safra de soja e milho impactando também o PIB brasileiro no próximo ano, disse à Reuters o sócio-diretor da MacroSector Consultores, Fábio Silveira. O valor gerado com as vendas dos principais produtos agrícolas do país, como soja, milho, trigo, algodão, café, cana e laranja, foi estimado em R$ 944 bilhões em 2024, versus R$ 953,4 bilhões em 2023, que deve resultar em uma queda de 3,5% na comparação com o ano passado, segundo Silveira. Mas a quebra de safra de soja e milho, em momento em que os preços desses dois produtos estão mais fracos no mercado internacional, vai frustrar a expectativa anterior de o país superar a marca de R$ 1 trilhão na receita agrícola em 2024, segundo cálculos da MacroSector. Leia mais em: https://forbes.com.br/?s=agronegocio

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços parados, assim como os negócios

CONTEXTO DO DIA: Semana se abre sem nenhuma expressão com soja CBOT se desvalorizando e dólar subindo a tal ponto que houve um cancelamento mutuo de tendências. Dessa forma, o produtor seguiu como estava antes, avançando no campo e pouquíssimo interessado nos negócios. NO PORTO: No porto, ocorreu manutenção, com Rio Grande indo a R$ 152,00. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 151,00, também sem movimentos. Em Ijuí o valor foi a R$ 151,00 também sem movimentos. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 150,50. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 151,00, sem mudanças.

SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção de preços, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: dia difícil para o mercado brasileiro, embora não tenha ocorrido nenhuma baixa expressiva, os movimentos se mostraram extraordinariamente fracos. Com Santa Catarina se encaminhando para a reta final no campo o mercado se mostra cada vez menos relevante. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 146,00, sem novos movimentos.

PARANÁ: Dia parado no Paraná, sul do país se mostra lento

CONTEXTO DO DIA: Semana já começa fraca com soja se desvalorizando de forma considerável no cenário internacional. Durante o dia, os contratos oscilaram. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 18,75 cents (1,42%) e fechou a US$ 13,0625 por bushel. Apesar disso, como já pincelado no relatório de RS, o dólar contra-atacou com firmeza essa tendência, impulsionando as exportações brasileiras e deixando os preços como vemos na tabela ao lado, parados no centro de uma gangorra. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção de preços e permanece R$ 143,00 com pagamento em 29/12 e entrega em dezembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 139,00, aqui estamos falando da soja disponível, do lote e vemos valores mais altos do que os de pedra. Nas demais posições temos também repetições de preços, com Cascavel a R$ 130,00, Maringá a R$ 130,00 e Pato Branco a R$ 132,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00 repetindo preços. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou predominância de quedas para março de 24. O grão de soja passou por baixa de 1,42%, o farelo passou por baixa de 1,07% e o óleo em baixa de 0,41%. O dólar por sua vez marcou alta de 1,39%, sendo cotado a R$ 4,9487 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Preços divididos, algumas altas vistas

CONTEXTO DO DIA: como já demarcado, existe pouquíssimo fundamento no Brasil para se analisar hoje, ainda existem aspectos como a questão climática sul americana pressionando os preços, mas o diferencial de hoje está mais na variação do dólar e na perda de demanda sobre a soja norte americana. PREÇOS DE HOJE: a maioria das posições se valorizou – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00 com alta de R$ 4,00/saca. Em Maracaju o preço foi a R$ 128,50. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00 com alta de R$ 1,00/saca. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00, sem movimentos e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00 com queda de R$ 2,00/saca.

MATO GROSSO: Dia de desvalorizações, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de pouca expressão em termos de negócios e com quedas na base de R$ 1,00/saca. O produtor parece estar focando o máximo no campo, a maior parte dos avanços relacionados a soja de Mato Grosso estão concentrados nesse setor. Sabe-se que sempre existem volumes sendo escoados, mas diante da extensão do Estado, fazer uma leitura precisa é muito próximo de impossível. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 127,80 com baixa de R$ 1,20/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 123,50 com queda de R$ 0,90/saca. Nova Mutum a R$ 124,00 com alta de R$ 1,00/saca. Primavera a R$ 128,30 com baixa de R$ 1,20/saca. Rondonópolis a R$ 130,00 com baixa de R$ 0,90/saca. Sorriso, por fim, a R$ 122,90 com baixa de R$ 0,90/saca.

MATOPIBA: Mercado completamente parado, desvalorização expressiva em Balsas

CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue com baixos níveis de comercialização sendo vistos, no decorrer das semanas algumas informações de negócios ocorrendo na região se mostraram presentes, mas para hoje não se soube de nada. A mudança mais expressiva do dia foi a queda vista no Maranhão e na Bahia. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00 com baixa de R$ 6,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00, sem movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 126,00 com baixa de R$ 6,50/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



Equipe Mais Soja
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