FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,15 %, ou $ -14,75 cents/bushel a $ 1266,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,89 % ou $ -11,75 cents/bushel a $ 1313,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de -1,61 % ou $ -6,0 ton curta a $ 367,6 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -0,99 % ou $ – 0,57/libra-peso a $ 57,29.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. O avanço da colheita nos EUA, com bons rendimentos relatados está pressionando o mercado. Além disso, as dificuldades logísticas no Rio Mississippi em momento de colheita, um volume de vendas apenas razoável e uma forte concorrência da soja brasileira estão deixando os investidores receosos. O mercado também está ajustando posições antes de relatório WASDE que será divulgado durante a semana. Com isso a soja fechou acumulado da semana em queda de -0,71% ou $-9,00 cents/bushel para novembro. O farelo de soja fechou em baixa de -2,21% ou $ -8,30/ ton curta. O óleo de soja perdeu -0,26% ou $ -0,15 libra-peso no período. Ambos cotação para outubro.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
O POSTE MIJANDO NO CACHORRO: Depois de dizimar praticamente todas as suas florestas e ser a maior poluidora industrial e particular do Planeta a Europa faz exigências ao Brasil sobre preservação da natureza, numa clara e desrespeitosa tentativa de eliminar a concorrência brasileira aos seus produtos agropecuários. Atualmente maior exportador mundial de soja, o Brasil corre o risco de perder terreno nos principais mercados da União Europeia porque a falta de dados tornaria difícil aos comerciantes demonstrar o cumprimento das leis de proteção florestal. Um artigo da Bloomberg observa que, a partir de 2025, a UE exigirá que os comerciantes e as empresas provem que a soja e outras mercadorias não provêm de terras afetadas pela desflorestação legal ou ilegal. A regulamentação também exige que as importações cumpram a legislação ambiental local, no caso do Brasil o Código Florestal. Segundo a nota, pesquisa da Trase e do Instituto Centro de Vida mostra que os comerciantes terão dificuldades em comprovar que a soja da Amazônia e do Cerrado atende ao referido código. 74% da soja em ambas as regiões foi cultivada em fazendas que não cumpriam a regulamentação ou, na ausência de dados claros, apresentavam sinais de possíveis violações do código. A UE é o segundo maior comprador de soja brasileira, depois da China. Os resultados indicam que a soja brasileira corre maior risco de violar os critérios de legalidade do Regulamento de Desmatamento da UE, em vez dos critérios de não desmatamento. “Quando o Brasil tiver mais transparência e clareza nesses conjuntos de dados, poderá se tornar um exemplo para os países produtores sobre como aplicar o Regulamento de Desmatamento da UE”, disse líder de engajamento global da Trase, em entrevista. (Blomberg)
DEMORAS EXCESSIVAS PARA ATRACAÇÃO NO PORTO DE PARANAGUÁ: Enquanto o porto de Santos tem uma demora média para embarque de grãos e farelos de 14/15 dias e o Porto de Rio Grande, ao redor de 21 dias, o Porto de Paranaguá tem uma demora média de 55 dias, afetando os prêmios pagos neste porto. Uma simples consulta ao Line Up deste porto mostra que o Terminal da Soceppar, que embarca grãos e farelos, tem uma demora de 32 dias; o terminal APPA 204: 9 dias; PASA 14 dias; APPA 208 fertilizantes 21 dias; APPA/TEFER fertilizantes 26 dias; APPA 211 fertilizantes 26 dias; Corredor de Exportação 212 grãos/farelo 51 dias; Corredor de Exportação 213 grãos/farelo 60 dias; Corredor de Exportação 214 grãos 57 dias; Fospar Externo fertilizantes 14 dias; Fospar interno 8 dias; Antonina 2 dias. É urgente a dragagem e ampliação do Canal da Galheta que dá acesso a este porto e a ampliação do próprio porto, que, por sinal, também não tem espaço algum reservado à exportação de trigo, impedindo esta atividade do estado.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Semana segue da mesma forma, sem expressão e com mínimas variações de preços
CONTEXTO DO DIA: Semana acaba e mercado seguiu, e seguirá sonolento, com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e em novembro haverá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 155,00 para 18 de outubro marcando manutenção. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 147,50 marcando manutenção. Em Ijuí o valor foi a R$ 147,00, também sem movimentos. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 146,20, sem movimentos. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 147,00, também se repetindo. SANTA CATARINA: Preços se repetem, negócios muito fracos CONTEXTO DO DIA: Preços em manutenção pela segunda sessão consecutiva, ultimas movimentações foram baixas expressivas na base de R$ 4,00/saca. Dado o contexto tivemos mais um dia sem expressão no Estado de Santa Catarina, o produtor segue sem nenhuma pressa de movimentar seus estoques mesmo diante da demanda para este mês. Importante esclarecer que os negócios não estão completamente parados no Estado, eles apenas estão fracos com volumes considerados de manutenção saindo enquanto a semana fecha em torno de 30.000 toneladas negociadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 144,00, em um dia de manutenção.
PARANÁ: Preços mal se movem, com variação pontual apenas em Paranaguá e Ponta Grossa
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem variar com a resposta do mercado do dia. Parece que as variações de preços são mera volatilidade, especialmente do dólar, sem ter fundamentos impactando os preços de forma NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 2,00/saca, indo a R$ 147,00 com pagamento em 31/10 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca alta expressiva de R$ 4,00/saca, indo 141,00. Nas demais posições temos manutenção, com Cascavel a R$ 134,70, Maringá a R$ 136,30 e Pato Branco a R$ 136,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações negativas de média expressão. O grão de soja passou por baixa de 1,15%, o farelo em alta de 1,61% e o óleo em baixa de 0,99%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,14%, sendo cotado a R$ 5,1622 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços marcam manutenção geral, negócios muito lentos
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia completamente parado em termos de variação de preços. Com isso, os negócios que já estavam parados continuam parados, não houve movimentações expressivas por todo o dia e mesmo durante a semana, com a comercialização não mudando muito em termos percentuais nas últimas duas semanas, ainda por volta de 77%. PREÇOS DE HOJE: todos os preços se repetiram – em Dourados os preços foram cotados a R$ 130,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 128,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 127,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 130,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 126,00.
MATO GROSSO: Preços marcam baixas gerais de até R$ 1,90/saca, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixas de preços mais expressivas, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para as plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. Em outras palavras, entre essa semana e a anterior, basicamente não houve mudança PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 124,60 com baixa de R$ 1,50/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 119,60, com baixa de R$ 1,90/saca. Nova Mutum a R$ 120,10 com baixa de R$ 1,90/saca. Primavera a R$ 124,90 com baixa de R$ 1,50/saca. Rondonópolis a R$ 127,60 com baixa de R$ 1,10/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,90, com baixa de R$ 1,80/saca.
MATOPIBA: Dia sem movimentos de preços, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 125,63. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 122,50.
Fonte: T&F Agroeconômica