FECHAMENTOS DO DIA 13/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,76 %, ou $ -9,75 cents/bushel a $ 1280,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,45 % ou $ -6,00 cents/bushel a $ 1326,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,74 % ou $ -2,9 ton curta a $ 390,0 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 1,89 % ou $ 1,01/libra-peso a $ 54,38.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa, mas com resultado positivo no acumulado semanal. Após os dados do relatório de oferta e demanda, no dia anterior, se revelarem altistas o para a oleaginosa, os Fundos de Investimento realizaram lucros e ajustes em suas posições. Além disso, a redução na importação de soja pela China em setembro corroboraram para a queda no dia para a oleaginosa. O óleo de soja fechou em alta, acompanhando o petróleo, com o mercado atento a uma possível escalada na guerra no Oriente Médio. Com isso a soja para novembro23 fechou o acumulado da semana em alta de 1,13% ou $ 14,25 cents/bushel. O farelo de soja fechou em alta de 4,81% ou $17,90 ton-curta. O óleo de soja fechou o período em baixa de -1,75% ou $-0,97 libra-peso. Ambos os vencimentos para dezembro23.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA-IMPORTAÇÃO DE SOJA CAIU 7,38% EM SETEMBRO, PARA 7,15 MILHÕES DE TONELADAS: A China importou 7,15 milhões de toneladas de soja em setembro deste ano, de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral de Alfândegas do país (Gacc, na sigla em inglês). O volume representa queda de 7,38% ante setembro do ano passado e de 23,6% ante agosto deste ano. Em valor, as importações chinesas de soja no mês passado totalizaram US$ 2,92 bilhões. No acumulado do ano, as compras de soja pela China somaram 77,8 milhões de toneladas, incremento de 14,4% ante igual período de 2022. Segundo a Gacc, a China importou 916 mil toneladas de óleos vegetais comestíveis em setembro, avanço de 17,4% na comparação com igual mês do ano anterior. Em valor, as compras chegaram a US$ 631 milhões. De janeiro a setembro, foram compradas 7,14 milhões de toneladas de óleos vegetais, 93,9% a mais do que no período equivalente do ano passado.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES NA SEMANA, MAS MENORES NO ANO: O relatório de vendas de exportação mostrou que 1.057 milhões de toneladas de soja foram vendidas durante a semana que terminou em 05/10. Esse foi o maior volume em 38 semanas e ficou acima das estimativas. Os compromissos totais de soja eram de 19,51 MMT (716,8 mbu) em 05/10 – atrás do ritmo do ano passado em 29%. O relatório semanal mostrou vendas de 60 mil toneladas de farelo de soja para iniciar a nova temporada com 4,6 milhões de toneladas registradas. As reservas de BO foram de 5,3 mil MT para a semana, deixando os compromissos da temporada em 17 mil MT.
EUA/FARELO/USDA ELEVA PREVISÃO DE PRODUÇÃO E DE EXPORTAÇÃO NA SAFRA 2023/24: O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua projeção de produção de farelo de soja do país na safra 2023/24 para 54,175 milhões de toneladas curtas (49,15 milhões de toneladas), ante 53,975 milhões de toneladas curtas (48,97 milhões de toneladas) previstas em setembro. Os dados fazem parte do relatório mensal de oferta e demanda de outubro, divulgado nesta tarde pelo USDA. Quanto ao consumo doméstico de farelo na temporada, o departamento manteve sua previsão em 39,425 milhões de toneladas curtas (35,77 milhões de toneladas). Em contrapartida, elevou sua expectativa de exportação de farelo em 2023/24, de 15,100 milhões de toneladas curtas (13,70 milhões de toneladas) no mês passado para 15,300 milhões de toneladas curtas (13,88 milhões de toneladas) agora. Apesar dos ajustes nas previsões de oferta e demanda, o USDA manteve sua estimativa de estoque final de farelo de soja em 2023/24 em 400 mil toneladas curtas (362,8 mil toneladas).
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Semana finaliza com os preços de segunda-feira, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Sem novidades no mercado de soja com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. As variações do mercado de soja estão sujeitas especialmente ao dólar que tem estado muito volátil devido os conflitos presentes no oriente médio. Os fundamentos até tem tido impacto, mas de forma notavelmente menos expressiva do que o câmbio. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 151,50 para 30 de outubro, marcando alta de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 144,00 marcando alta de R$ 2,00/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 144,00, também subindo em R$ 2,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 143,00, subindo em R$ 2,00/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 143,50, também ouve alta de R$ 2,00/saca.
SANTA CATARINA: Nova queda de R$ 3,00/saca nos preços do porto, negócios de mal a pior
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam queda de R$ 3,00/saca no Estado de Santa Catarina, não se soube de mudança nos volumes sendo vendidos, as saídas diárias não passaram de níveis de manutenção, mas produtor parece bastante focado no campo. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 142,00 com baixa de R$ 3,00/saca.
PARANÁ: Altas gerais de preços de até R$ 3,00/saca, negócios seguem sem expressão
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. Após as noticias do DERAL era possível que os preços sofressem impactos positivos em um espaço de tempo de aproximadamente uma semana, mas devido a volatilidade internacional que deixou o dólar em queda por quase toda a semana, isso não se concretizou no cenário interno. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 3,00/saca, indo a R$ 144,00 com pagamento em 31/10 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca baixa de R$ 3,00/saca, indo 138,00. Nas demais posições temos quedas de níveis similares, com Cascavel a R$ 131,50, sem novos movimentos. Maringá a R$ 133,00, também sem novos movimentos e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 125,00, também sem movimentos. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por baixa de 0,76%, o farelo não variou e o óleo em alta de 1,62%. O dólar por sua vez marca alta de 0,77%, sendo cotado a R$ 5,0885 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços se repetem novamente, negócios na apatia costumeira
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Por quase toda a semana os preços continuaram iguais, marcando movimentos negativos apenas na quarta-feira e então voltando a inércia anterior. No momento não há nenhuma perspectiva de mudança, o produtor está muito calmo. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados os preços foram cotados a R$ 128,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 126,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 125,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 128,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 124,00.
MATO GROSSO: Preços marcam baixas gerais de até R$ 1,30/saca, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixas de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para as plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos os preços marcaram baixa, com isso – Campo Verde a R$ 124,30 perdendo R$ 0,50/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 120,00 após baixa de R$ 0,50/saca. Nova Mutum a R$ 121,80 após baixa de R$ 0,40/saca. Primavera a R$ 125,80 após baixa de R$ 0,60/saca. Rondonópolis a R$ 126,50 com queda de R$ 1,30/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,20 após queda de R$ 0,50/saca.
MATOPIBA: Dia de poucas movimentações, queda de R$ 1,00/saca em Balsas
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 116,00 após baixa de R$ 1,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 123,00.
Fonte: T&F Agroeconômica