FECHAMENTOS DO DIA 27/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,39 %, ou $ 17,75 cents/bushel a $ 1297,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,43 % ou $ 19,00 cents/bushel a $ 1346,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 3,00 % ou $ 12,9 ton curta a $ 442,4 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 1,02 % ou $ 0,53/libra-peso a $ 52,27.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta e a semana em leve baixa. A oleaginosa recuperou as perdas das suas sessões anteriores nessa sexta-feira. A demanda pelo grão americano está aquecida, e os chineses estão revertendo contratos com o Brasil para os EUA, com as dificuldades logísticas que os portos brasileiros estão tendo. O farelo de soja também está presentando uma boa demanda, o que tem feito o subproduto valorizar durante todo o mês de outubro. O farelo também foi o único produto do complexo de grãos da CBOT que fechou a semana em alta. O óleo de soja passou a semana entre altas e baixas e fechou o dia em alta acompanhando a cotação do petróleo. Com isso, a soja grão fechou a semana em baixa de -0,38% ou $-5,00 cents/bushel. O farelo de soja teve uma forte valorização no período com alta de 4,36% ou $18,50 ton-curta. O óleo de soja fechou a semana em baixa de -2,10% ou $-1,12/libra-peso.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-BIODIESEL/AGRICULTURA:FÁVARO VOLTA A DEFENDER AUMENTO DA MISTURA DE BIODIESEL AO ÓLEO DIESEL: O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu o fortalecimento da cadeia do biocombustível, em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta semana, conforme nota divulgada pelo Ministério da Agricultura. Fávaro reafirmou sua posição favorável para o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. Atualmente, o teor é de 12% (B12) e o cronograma do governo estabelece B13 em 2024, B14 em 2025 e B15 em 2026. “Além das questões de sustentabilidade, os biocombustíveis são combustíveis verdes, renováveis, que geram empregos e oportunidades de melhorias na vida das pessoas”, afirmou Fávaro, na nota.
BIOCOMBUSTÍVEIS-DECRETO FOMENTA INVESTIMENTOS NO SETOR EM MATO GROSSO DO SUL: O governo de Mato Grosso do Sul publicou, ontem, um decreto no Diário Oficial do Estado que pretende estimular investimentos no setor de biocombustíveis por meio de créditos do ICMS. O decreto dispõe sobre a transferência desses créditos entre contribuintes e estabelece critérios para o recebimento desses valores, conforme nota divulgada pela Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc). O decreto também pretende “fomentar a produção de biocombustíveis a partir da utilização de fontes renováveis, como produtos agrícolas ou vegetais, que apresentam baixos índices de emissão de poluentes no meio ambiente”, informa a pasta, em nota. “Esses créditos são direitos que as empresas têm a receber do Estado e vêm se acumulando ao longo dos anos”, comenta, na nota, o secretário Jaime Verruck. “Nós tomamos uma medida importante, com a possibilidade de as empresas usarem esses créditos como investimento.” Segundo a pasta, a empresa terá que investir o dobro do montante relativo ao saldo credor ou ao crédito a ser transferido. Além disso, ela ainda terá que recolher 1,5% do montante do valor autorizado para transferência de crédito no Fundo Estadual de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Proclima). Já o porcentual (1,5% sobre esse valor autorizado) que vai para o Fundo Proclima terá aplicação integral em ações, atividades e iniciativas relacionadas à energia renovável.
BUNGE E CP FOODS ANUNCIAM COLABORAÇÃO PARA RASTREABILIDADE POR BLOCKCHAIN: A Bunge anunciou hoje acordo de colaboração com a Bangkok Produce Merchandising Public Company Limited (BKP), empresa subsidiária da Charoen Pokphand Foods Public Company Limited (CPF), para o desenvolvimento de uma solução blockchain para a rastreabilidade de soja e produtos livres de desmatamento. O acordo envolve grãos originados pela Bunge no Brasil com destino a países na Ásia, onde a CPF e a BKP produzem e comercializam rações e alimentos. A parceria permitirá que as empresas realizem estudos de viabilidade técnica, comercial e operacional para a construção de uma cadeia de suprimentos sustentável e digitalmente integrada. Segundo o CEO da Bangkok Produce Merchandising PCL (BKP), Paisarn Kruawongvanich, a tecnologia blockchain melhorará a transparência da rastreabilidade da cadeia para garantir a qualidade e segurança do produto para seus clientes.
O acordo com parceiros comerciais globais está alinhado com o compromisso da Charoen Pokphand Foods Public Company Limited (CPF) de alcançar uma cadeia de abastecimento net zero em 2050. Para a Bunge, o acordo tem o objetivo de transferir dados de rastreabilidade dos grãos, envolvendo informações desde o campo até o destino ao cliente final. “Acreditamos que, junto com nossos clientes, construiremos cadeias de suprimentos sustentáveis e com uma camada adicional de confiabilidade garantida pelo blockchain”, afirmou o vice- presidente de Agronegócio da Bunge para a América do Sul, Rossano de Angelis Jr. Hoje, o monitoramento realizado pela Bunge cobre mais de 16 mil fazendas e cerca de 20 milhões de hectares na América do Sul, de acordo com a empresa e conta com tecnologia de satélite capaz de identificar mudanças no uso do solo e plantio de soja em cada propriedade monitorada. Atualmente, a Bunge monitora toda a sua rede de fornecimento direto em áreas sujeitas a desmatamento e caminha para cobrir totalmente a rede indireta em 2025. Segundo a empresa, mais de 97% do volume de soja adquirido é livre de desmatamento, o que aproxima a empresa de sua meta de desmatamento zero em 2025.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços se repetem, mercado em situação de ajuste
CONTEXTO DO DIA: Mercado passa por retorno na CBOT e marca excelentes altas nessa sexta-feira, mas pelas piores razões, cancelamento da demanda chinesa para o Brasil, e redirecionamento para os EUA, resultado foi uma piora do humor interno e os preços não foram impactados. Ademais, elevação nas margens das esmagadoras começam a trazer elas para o protagonismo dos negócios. Compradores, no porto, seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. Algumas regiões implantaram áreas de soja na semana. Mais ao Sul do Estado, a operação avançou, de forma significativa, devido às condições de solo favoráveis. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 152,00 para 17 de novembro. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 144,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 143,50. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 142,50. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 143,50, subindo em R$ 0,80/saca.
SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção diante de dia negativo para o mercado na CBOT, preços seguem não chamando atenção do produtor e não se soube de negócios sendo efetuados, o foco segue no campo. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 144,00.
PARANÁ: Dia de poucos movimentos, Paranaguá e Ponta Grossa caem
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. No dia de hoje o porto marcou queda diante das novas ideias de estoques futuros maiores, com isso o produtor voltou a travar suas saídas, vimos algo sendo comercializado na parte da manhã, mas ainda volumes dentro desses mínimos presentes por todo o período de análise desse quarto trimestre. NO PORTO: cif Paranaguá marcou baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 144,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca queda de R$ 1,50/saca, indo a 139,00. Nas demais posições não temos movimentações, com Cascavel a R$ 135,00. Maringá a R$ 136,80 e Pato Branco a R$ 137,50. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações negativas. O grão de soja passou por alta de 1,39%, o farelo passou por alta de 3,00% e o óleo em alta de 1,02%. O dólar por sua vez marca alta de 0,46%, sendo cotado a R$ 5,0131 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas de até R$ 6,00/saca nos preços, negócios em situação difícil
CONTEXTO DO DIA: preços despencam rapidamente com perspectivas nacionais, mesmo diante das altas internacionais, o problema como explicado em texto anterior é a preocupação com a demanda, com isso os valores internos não devem ser capazes de se manter nos mesmos níveis. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda expressiva – em Dourados os preços foram cotados a R$ 126,00 com queda de R$ 6,00/saca. Em Maracaju o preço foi a R$ 125,00 após queda de R$ 6,00/saca. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 128,00 com queda de R4 2,00/saca. Em Campo Grande o preço foi de R$ 128,00 com queda de R$ 4,00/saca e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 125,00 com queda de R$ 3,00/saca.
MATO GROSSO: Dia de preços divididos, negócios lentos
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam dia de baixas de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação, isso se deve ao estrangulamento dos fretes para o Sul, algo que tem preocupado os produtores da região, passando de R$ 450,000 a tonelada. Essa preocupação durou toda a extensão da semana, mas deve ser modificada em breve devido as modificações que devem ocorrer nas margens. PREÇOS PRATICADOS: O mercado se dividiu de forma quase perfeita, com isso – Campo Verde a R$ 124,70 subindo R$ 0,70/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 119,50 após baixa de R$ 0,40/saca. Nova Mutum a R$ 120,20 após baixa de R$ 0,30/saca. Primavera a R$ 124,90 após alta de R$ 0,30/saca. Rondonópolis a R$ 126,90 com alta de R$ 0,50/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,00 após baixa de R$ 0,50/saca.
MATOPIBA: Preços se repetem completamente, negócios saindo sem muito foco na soja
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, hoje, no entanto, finalmente foram recebidas noticias sobre a região de Uruçuí, que estava sem mudança de preços a já um mês. Com essas novas informações vemos que houve alta explosiva. Que fique claro, no entanto, que essa alta não ocorreu hoje, foi progressiva, mas devido ao grave problema de assimetria de informação, as cotações foram recebidas hoje, houve também níveis de manutenção sendo trabalhados desde então. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 122,50. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 135,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 124,00 com baixa de R$ 4,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica