ESTUDO SOBRE A DEFICIÊNCIA DE ARMAZENAGEM NO BRASIL, POR ESTADO

Como se poderá observar no quadro abaixo, na maioria dos estados em que se planta soja e milho a capacidade instalada é apenas para um desses dois produtos, o que significa que, para se receber o segundo, precisa retirar o primeiro, porque não se pode misturá-los.

FECHAMENTOS DO DIA 23/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em nova queda de 1,08% ou $ 16,25 cents/bushel a $ 1490,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,96%, ou $ 14,50 cents/bushel a $ 1487,25. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,84% ou $ 11,25 cents/bushal a $ 1330,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 0,39% ou $ 1,8/ton curta $ 461,9 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em alta de 0,11% ou $0,07/libra-peso a $ 62,04.

CAUSAS DA QUEDA: Os futuros da soja fecharam em baixa, nesta segunda-feira, com liquidação de posições compradas pelos Fundos após a confirmação de chuvas nas principais áreas de cultivo da Argentina, preocupações com a demanda chinesa após as comemorações do novo ano lunar e queda nas exportações americanas.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

EUA-NOVA VENDA: O USDA anunciou uma venda privada de exportação de soja, já que destinos desconhecidos reservaram 192 mil toneladas de grãos de safra antiga.

EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS: Dados semanais de Inspeções de Exportação mostraram que 1.805 MMT de soja foram embarcados durante a semana de 19/01. Isso caiu 384k MT em relação à semana passada, mas foi 422k MT acima da mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino com 2/3 do total semanal. O USDA também adicionou 123.382 MT de exportações a relatórios anteriores, o que eleva a exportação do ano inteiro para 34,1 MMT. O ritmo do ano passado foi de 35,032 MMT até 1/20.

BRASIL-EXPORTAÇÃO: Uma consultoria privada espera que a exportação de soja do Brasil em 2023 seja de 93 MMT, acima dos 78,9 MMT para 2022 citando um aumento de 16% na disponibilidade de oferta.

ARGENTINA-CHUVAS: Muitas das principais regiões de cultivo da Argentina tiveram chuvas durante o fim de semana, com o total de chuvas de 7 dias de pelo menos 1” e até 3 1/2”. A Severidade da Seca (CHIRPS) da base de dados do Explorador de Culturas do USDA também melhorou na maior parte do país, embora o Nordeste e o Uruguai e o Paraguai ainda estejam em seca. Nos últimos 10 dias no Brasil, o Mato Grosso melhorou muito, mas ainda registra alguns D1-D2 no Norte. O sul do Brasil também melhorou, mas o MGDS agora está aparecendo no lado seco em seu monitor de seca.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercado enfrenta dificuldades, preços caem de forma expressiva

De acordo com as informações fornecidas por traders da região o mercado de soja enfrenta uma situação de lentidão, com produtores não conseguindo vender os saldos velhos de soja e não se sentindo seguros para firmar contratos futuros para a nova safra. Além disso, as fábricas têm domínio absoluto no mercado, incluindo no porto. No porto, as indicações de preço para fábricas são de R$ 179,00 para pagamento em março sobre rodas. No interior, as indicações de preço variam de acordo com a região.

Em Cruz Alta, o preço é de R$ 174,00 após queda de R$ 5,00/saca, em Passo Fundo é de R$ 173,00 após queda de R$ 3,00/saca, em Ijuí é de R$ 175,00 após queda de R$ 3,00/saca e em Santa Rosa / São Luiz é de R$ 177,00 após queda de R$ 1,00/saca. Em Panambi, os preços de pedra mantiveram-se em R$ 167,00 durante a manhã, mas caíram para R$ 164,00 na parte da tarde. A causa para as expressivas quedas de preço de hoje foi a dinâmica ocorrida na bolsa de Chicago. Com as novas chuvas na Argentina começa a especulação de um mercado com maiores estoques e com isso os preços caem.

SANTA CATARINA: Preços continuam em queda, competitividade Argentina cresce

O mercado de soja em Santa Catarina está passando por dificuldades, mas assim esta todo o Brasil, em especial agora com os novos acumulados de Chuva na Argentina, o que aumenta os estoques finais e tornam os preços mais competitivos, prejudicando muito em especial quem teve quebra de safra. Segundo fontes do setor, o preço da soja voltou a cair devido a esses fatores, o que tem dificultado as negociações.

Além disso, o protecionismo do mercado tem dificultado as negociações, com as importações de soja sendo restringidas com medo de contratos futuros. Isso tem afetado os produtores e as indústrias de Santa Catarina, que enfrentam dificuldades para competir com os preços de soja de outras regiões mesmo relativamente inflados. São Francisco do Sul a R$ 176,00, perda de R$ 3,00/saca.

PARANÁ: Quedas expressivas causadas pela especulação e pelo feriado chinês, nada de negócios

O mercado de grãos enfrenta uma situação de incerteza e instabilidade, com quedas expressivas causadas pela especulação relacionada a Argentina em seu potencial produtivo e pelo feriado chinês que deve durar 7 dias e assim diminuir a demanda pela soja brasileira nesse período. No mercado de soja, os preços variam entre as regiões do interior e do porto. No interior começando pela região de Ponta Grossa, as ofertas são de R$ 165,00 no balcão. Para futuro, as perdas foram de R$ 6,00/saca para cada mês, com isso o preço foi de R$ 170,00 para entrega em janeiro e pagamento em 03/02, R$ 171,00 para entrega em janeiro e pagamento em 22/03, e R$ 173,00 para entrega em janeiro e pagamento em 10/03. Além disso, perdas de R$ 7,00/saca foram registradas em Cascavel, Maringá e pato Branco em preços de produtor, com isso, todas essas posições foram a R$ 159,00/saca. No porto de Paranaguá, após perdas de R$ 3,00/saca as ofertas são de R$ 175,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 30/03, e R$ 176,00 para entrega em fevereiro e pagamento em 05/05.

As indicações de preço para a safra 2023 também variam entre regiões. No posto de Ponta Grossa, o preço nominal indicado é de R$ 175,00 para entrega em março/abril e pagamento em maio de 2023. Já no posto de Paranaguá, a indicação é de R$ 176,00 para entrega em fevereiro/março e pagamento em abril de 2023. Com as quedas expressivas e a falta de negócios, é esperado que o mercado continue instável nos próximos dias. Quanto as cotações internacionais do complexo de soja de hoje: SOJA GRÃO A -1,08%, FARELO -0,39%, ÓLEO +0,11%. Dólar por sua vez ficou a -0,15%, indo a R$ 5,2000.

MATO GROSSO DO SUL: De forma semelhante as demais posições listadas, MS passa por perdas gerais

Mato Grosso do Sul registrou um dia de quedas gerais de até R$ 4,00/saca nos preços, devido à possibilidade de estoques argentinos serem maiores e a soja futura
ficar mais barata. Apesar disso, a reação do mercado é muito especulativa e por um escopo fundamentalista, os indicadores ainda podem trazer a soja bastante cara
mais para frente, então o medo de abrir mão dos estoques atuais persiste. Muitos agricultores e traders estão esperando para ver como a situação se desenrola antes de fazer negociações. O dia foi marcado por poucas fixações de preços e poucas negociações efetivadas, deixando o mercado em um estado de incerteza. Esses são os preços da soja após as desvalorizações de R$ 3,00/saca para Chapadão do Sul e R$ 4,00/saca para as demais: Dourados a R$160,00. Campo Grande a R$160,00. Maracaju a R$159,00. Sidrolândia a R$158,00. Chapadão do Sul a R$157,00.

MATO GROSSO: Colheita atingiu 5,9%, com 7,4% atrasada; mercado parado por recuo do dólar e da CBOT

SAFRA: A colheita da soja da safra 2022/23 em Mato Grosso atingiu até a última sexta-feira (20) 5,90% da área prevista, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em relatório semanal sobre os trabalhos de campo. Na semana, houve
avanço de 3,52 pontos porcentuais. Já em relação à temporada anterior, a retirada da oleaginosa do campo está 7,40 pontos porcentuais atrasada, ante 13,30% reportados em igual período do ano passado. Há atraso também na comparação com a média dos últimos cinco anos, de 9,11%. A região mais adiantada é o norte (9,77%), enquanto o nordeste do Estado está mais lento na colheita (0,60%). MERCADO: O mercado de soja no estado de Mato Grosso enfrentou um dia parado em termos de comércio e com quedas de preços devido às desvalorizações de Chicago. Com isso, não houve negociações significativas no mercado local.

A desvalorização da soja na Bolsa de Chicago tem reflexos diretos no mercado de grãos no Brasil, especialmente em Mato Grosso, que é o maior produtor de soja do país. Isso tem um impacto direto na cotação dos preços locais e tem um efeito negativo na atividade comercial. A variedade de condições climáticas e a diferença de produção entre
as regiões podem ser algumas das principais razões para essa insegurança. Neste cenário o produtor segue mais defensivo, sem efetuar grandes volumes em negócios e isso serve como termômetro dos próprios preços também. Os preços atuais são os seguintes: Campo Verde a R$ 151,00 após queda de R$ 3,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 151,00, após queda de R$ 3,00/saca. Nova Mutum a R$ 149,50, em manutenção. Primavera do Leste a R$ 151,00, caindo também em R$ 3,00/saca. Rondonópolis a R$ 156,00 após R$ 3,00/saca de queda e Sorriso a R$ 148,50, caindo menos em R$ 2,20/saca.

MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, quedas registradas apenas em Porto Franco

Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção e com isso indo a R$ 155,00. O Porto Franco-MA marcou queda de R$ 2,00/saca e com isso foi a R$ 155,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 151,90, marcando também manutenção. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 156,00, sem apresentar novos movimentos. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 158,00, sem se mover. Nos estados de MATOPIBA a situação é bastante complexa em relação a produtividade, claro que assim como nas demais posições do Brasil ela cresce ano a ano, mas as dificuldades de estrutura, inovação e transporte tem sido um importante obstáculo nesses momentos de perda de valor de soja.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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