FECHAMENTOS DO DIA 10/04: O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -0,35% ou $ -5,25 cents/bushel a $ 1487,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou estável a $ 1309,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,04% ou $ 0,50 cents/bushel a $ 1312,75. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -0,79% ou $ -3,6 ton curta $ 450,7 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -0,09% ou $ -0,05/libra-peso a $ 54,48.
CAUSAS DO FECHAMENTO MISTO: A semana começou com altas e baixas para a soja na Bolsa de Chicago. O inicio da operação do “Dollar 3” na Argentina pode estimular novas vendas por parte dos exportadores de óleo e farelo de soja argentinos. Isso pode distribuir a demanda no comércio internacional pelo produto até o final de maio. Por outro lado, o mercado espera que o WASDE reduza os estoques de soja, tanto nos EUA quanto no mundo, nessa terça-feria. Nesse embate dos dois fatores, a soja se manteve mista, o óleo de soja teve uma leve alta e o farelo sofreu uma forte queda.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 10/04
BRASIL-COLHEITA: A colheita da safra brasileira atingiu 82% da área cultivada na quinta-feira passada (6), em comparação com 76% na semana anterior e 84% um ano antes. Nesta reta final da safra, os trabalhos estão concentrados no Norte/Nordeste, onde os relatos de produtividade continuam muito bons, e em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que se mantêm atrasados.
EUA AUMENTAM EXPORTAÇÕES: O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que 669.566 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 6 de abril, aumento de 32,9% ante a semana anterior.
EUA-CLIMA MELHOROU: O clima favorável aos trabalhos de campo no Meio-Oeste dos EUA é outro fator baixista para as cotações. De acordo com a empresa de meteorologia DTN, a previsão é de tempo predominantemente seco nesta semana na região. Isso deverá permitir algum avanço do plantio no sul do Meio-Oeste, onde o solo não está tão úmido, disse a DTN.
USDA/ABRIL-DEVER VIR ALTISTA: Traders também ajustam posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que sai amanhã. De acordo com analistas consultados pelo Wall Street Journal, as reservas de soja deverão ser estimadas em 201 milhões de bushels (5,47 milhões de toneladas), em comparação a 210 milhões de bushels (5,72 milhões de toneladas) projetados no relatório de oferta e demanda de março. Os analistas acreditam que o USDA vai cortar sua previsão para estoques mundiais de soja em 2022/23 de 100 milhões para 98,6 milhões de toneladas. O mercado também prevê um corte na estimativa do USDA para a safra de soja da Argentina. A produção de soja na Argentina deverá ser reduzida de 33 milhões para 29 milhões de toneladas, segundo os analistas. Para o Brasil, a projeção deverá subir de 153 milhões para 153,6 milhões de toneladas.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços em queda, nada de negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja, segue com seus preços bastante depressivos, em função de uma conjuntura de fatores, quais sejam: uma grande safra no Brasil (que ajuda também a derrubar os prêmios), a reedição do “dólar-soja” na Argentina, e a baixa competitividade da soja Americana neste momento. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 155,00 sobre rodas no melhor momento. Isso representa baixa de R$ 4,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta preço passa por queda de R$ 2,50/saca e vai R$ 149,00. Em Ijuí preço cai em R$ 3,00/saca e vai a R$ 148,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu R$ 3,00/saca e foi a R$ 148,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço caiu R$ 1,00/saca e foi a R$ 149,00.
SANTA CATARINA: Preços em queda, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: mercado segue marcando negatividade geral com a mesma razão já explicitada no relatório do RS. Diante de uma conjuntura de alta produtividade os preços e prêmios tendem a cair. Além disso, a preocupação pontual de SC é que o produtor precisa vender para dar continuidade a colheita e assim manter seus volumes entrando, mas as fábricas se encontram com seus silos cheios e, portanto, não tem negócios para entrega imediata, que é exatamente a necessidade do momento. A janela de recebimento procurado pelos compradores agora é até 15 de maio. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 154,00 para abril com entrega imediata, marcando queda expressiva de R$ 4,00/saca.
PARANÁ: Preços sobem, mas diante do contexto continuam em patamar baixo para o produtor
CONTEXTO DO DIA: quedas são interpoladas por altas pontuais que de forma geral voltam a cair nos dias seguintes. De forma clara, pode-se notar que o dia é de predominância de negatividade, com o dólar sendo incapaz de compensar as desvalorizações do grão o produtor segue majoritariamente aguardando por melhores momentos e com isso efetua apenas o mínimo de negócios. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 154,00 com pagamento em 30/04 e entrega em abril marcando alta de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou alta de R$ 2,00/saca, seu preço foi a R$ 148,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram manutenção. Os preços foram respectivamente de R$ 137,00, R$ 137,00 e R$ 136,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 144,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente negativo, com o grão de soja passando por baixa de -1,35%, o farelo em baixa de 0,79% e o óleo em baixa -0,09%. O dólar por sua vez, voltou a marcar alta, subindo 0,16% e sendo cotado a R$ 5,0661 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Quedas expressivas, produtor foca no campo e negócios seguem parados
CONTEXTO DO DIA: semana começa mal para a região de MS que se com quedas expressivas por todas as praças. O produtor que antes estava mantendo um dos escoamentos mais altos do Brasil estancou completamente os negócios em resposta a essas baixas. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 5,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 136,00, em Maracaju a R$ 135,00, em Sidrolândia a R$ 134,00, em Campo Grande a R$ 136,00 e em Chapadão do Sul a R$ 133,00 sendo a única posição a cair um pouco menos em R$ 4,00/saca.
MATO GROSSO: Baixas gerais de aproximadamente R$ 1,00/saca, sem reporte de negócios
CONTEXTO DO DIA: muita volatilidade e movimentações lentas nos preços tem como resultado baixo interesse no mercado. Hoje o produtor se viu travado, sem querer efetuar nada, algo que tem sido mantido como regra diante dessas condições de preços cada vez piores. PREÇOS PRATICADOS: os preços de hoje marcaram baixas variadas, com Campo Verde marcando baixa de R$ 1,11/saca, indo a R$ 131,14. Lucas do Rio Verde a R$ 128,76 após baixa de R$ 0,90/saca. Nova Mutum a R$ 129,16 após baixa de R$ 0,86/saca. Primavera a R$ 131,91 após baixa de R$ 1,06/saca. Rondonópolis a R$ 134,08 após baixa de R$ 1,00/saca. Sorriso, por fim a R$ 128,37 após baixa de R$ 0,86/saca
MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, mercado segue recolhido
CONTEXTO DO DIA: safra segue ainda seguramente avançando, sem qualquer complicação e espera-se que tenha excelente rendimento. No entanto, assim como as demais regiões estudadas nesse relatório, negócios dificilmente têm sido efetuados, esperando que os preços subam mais. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 138,50, sem movimentos. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 140,00 também sem novos movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 135,00, sem variar. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00, marcando alta de R$ 1,00/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 132,00, após baixa de R$ 2,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica