Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta terça-feira, com sinais de que o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos está bastante atrasado.
Na segunda-feira, após o fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que apenas 10% da safra estava florescendo até o último domingo, em comparação a 32% na média dos cinco anos anteriores para esta época do ano. O vencimento novembro subiu 6,50 cents (0,72%), para US$ 9,0425 por bushel.
O USDA informou também que 53% da safra tinha condição boa ou excelente até a semana passada, leve piora de 1 ponto porcentual ante a semana anterior. Na época correspondente do ano passado, essa parcela era de 71%. Segundo Doug Bergman, da RCM Alternatives, o número continua historicamente baixo e indica que há mais potencial de alta para o mercado de soja.
Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que sai na quinta-feira. De acordo analistas consultados pelo Wall Street Journal, a projeção de rendimento na temporada 2019/20 deve ser reduzida de 49,5 para 48,4 bushels por acre (3,33 para 3,26 toneladas por hectare). Já a estimativa de produção nos EUA deve ser cortada de 4,150 bilhões para 3,850 bilhões de bushels (112,96 milhões para 104,79 milhões de toneladas).
Quanto aos estoques domésticos ao fim de 2019/20, o governo dos EUA deve reduzir sua previsão de 1,045 bilhão para 812 milhões de bushels (28,44 milhões para 22,10 milhões de toneladas). Chuvas e alagamentos no Meio-Oeste do país atrasaram o plantio, o que pode ter um impacto sobre a produtividade, disseram especialistas.
Fonte: T&F Agroeconômica