FECHAMENTOS DO DIA 07/06
O contrato de soja para julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,73 %, ou $ -20,75 cents/bushel a $ 1179,25; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -1,40 % ou $ -16,75 cents/bushel a $ 1176,75. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -0,58 % ou $ -2,1 ton curta a $ 360,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -1,62 % ou $ -0,72/libra-peso a $ 43,63.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. O bom começo de safra nos EUA, com umidade no solo garantida e tempo bom para o avanço do plantio pressionaram a cotação. Assim como o grande volume de grãos disponíveis no mercado com a colheita brasileira finalizada e a Argentina restando apenas 8% da soja plantada para ser colhida. Ambos os países devem garantir este ano um volume de grãos superior ao colhido ano passado.
Mesmo a venda avulsa para a China de 104 mil toneladas de soja não reverteu a tendência de queda da oleaginosa. De fato, o maior comprador de soja do mundo não deve permanecer como o principal cliente dos EUA neste ano comercial.
México e Canadá podem assumir a primeira e segunda colocação em pouco tempo segundo análise de Mike Pearson para o FarmProgress. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em queda de -2,14% ou $ -25,75 cents/bushel. O farelo de soja caiu -1,10% ou $ -4,00 ton curta. O óleo de soja perdeu -4,15% ou $-1,89 libra/peso.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) situação tributária no Brasil 1: o mercado brasileiro do complexo de soja continua semi-paralisado diante da alteração do PIS/COFINS, que afeta diretamente os preços pagos aos produtores e causa prejuízos ao redor de R$ 6,3 bilhões ao setor, mas que pode ser revertida pelo congresso.
Apesar disto, o governo acredita ter um trunfo em sua mão: a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin, segundo a qual a desoneração só estará garantida se houver medida compensatória, endossada pelo STF. Se o prazo de 60 dias estabelecido pela liminar não for cumprido, a reoneração passa a vigorar de imediato, a não ser que o Congresso encontre, em menos de 40 dias, outra fonte para cobrir a renúncia.
b) situação tributária no Brasil 2: O USDA disse que exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2023/24. Segundo analistas, a compra chinesa pode ter sido uma reação à Medida Provisória 1.227/2024, que limita o uso de créditos do PIS/Cofins e está levando muitos produtores brasileiros a segurar as vendas. “A China comprou soja da safra velha nos EUA – eles podem estar preocupados com a situação tributária no Brasil”, disse Naomi Blohm, da Total Farm Marketing.
FATORES DE BAIXA
a) fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deverá embarcar até 12,368 milhões de toneladas de soja em junho, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec);
b) condições favoráveis no Meio-Oeste dos EUA, por enquanto, seguem favoráveis à conclusão do plantio e ao início do desenvolvimento da safra. A previsão para os próximos dias é de tempo seco, mas a umidade do solo é boa após as chuvas recentes. De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, boa parte do Meio-Oeste não apresenta nenhum nível de estiagem. Importantes Estados produtores, como Iowa, Illinois e Minnesota, já estão livres da seca, segundo o documento;
c) avanço da colheita na Argentina foi outro fator de pressão. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse na quinta que os trabalhos alcançaram 92,2% da área apta, avanço de 6,2 pontos porcentuais na semana. O rendimento médio nacional está em 3.030 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 50,5 milhões de toneladas;
d) menor importação da China: A China importou 10,22 milhões de toneladas de soja em maio de 2024, alta de 19,3% em relação ao mês anterior, mas 15% abaixo do volume de maio de 2023 (12,02 milhões de t), de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês). Em termos de valores, as importações de soja totalizaram US$ 4,987 bilhões no mês.
No acumulado de janeiro a maio, as importações somaram 37,37 milhões de toneladas, recuo de 5,4% em comparação com o volume do ano anterior, de 39,51 milhões de toneladas. Segundo a Gacc, a China importou 558 mil toneladas de óleos vegetais no quinto mês de 2024, aumento de 12% em relação ao mês de abril, mas 13,6% a menos que em maio do ano passado.
Em termos de valores, as compras no mês passado somaram US$ 567 milhões. Nos primeiros cinco meses deste ano, o volume importado foi de 2,86 milhões de toneladas, 23,4% a menos que um ano antes.
Fonte: T&F Agroeconômica
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