Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,25 a 5,75 centavos, com o novembro/23 cotado a US$ 13,86¾ (- 0,41%) e o janeiro/24 a US$ 13,99¾ (- 0,37%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o novembro registra uma alta de 1,93% e o janeiro de 2,10%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ US$ 1,60 a US$ 1,70, com o outubro cotado a US$ 411,00 (- 0,39%) e o dezembro a US$ 410,20 (- 0,41%), a tonelada curta. Nas últimas cinco sessões o outubro registra uma alta de 1,61% e o dezembro de 2,29%.
O óleo de soja fechou novamente em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 1,11%. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma baixa de 0,54%.
A soja fechou novamente em baixa, assim como o farelo, o óleo e o milho, acompanhando as previsões climáticas para os Estados Unidos. A única exceção foi o trigo, que fechou em alta, com o aumento das tensões na região do Mar Negro.
Segundo informações do Successful Farming, a expectativa é que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visite a cidade turística de Sochi, para se reunir com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir o reestabelecimento do acordo de exportação de grãos do Mar Negro.
“A data do encontro ainda não foi divulgada. Dois navios partiram de portos ucranianos, apesar das ameaças da Rússia de que qualquer navio que saísse da área pudesse ser alvo”, informou a Successful Farming.
O mercado também segue acompanhando as condições climáticas para a safra americana, com dados do USDA mostrando que o tempo quente e seco não prejudicou tanto as lavouras no país como se estimava. “Os preços da soja subiram cerca de 4,50% este mês, uma vez que o clima quente e seco nos EUA prejudica as lavouras numa fase crucial de desenvolvimento”, informou a Reuters.
Com relação ao milho, as condições das lavouras podem indicar que o clima seco na segunda quinzena deste mês não teve um impacto tão severo quanto se esperava. Ainda que a safra nos EUA esteja abaixo da estimada no 1º semestre, ela será maior, com grande recuperação dos estoques no país.
USDA – Vendas
Exportadores reportaram ao USDA a venda de 260.000 toneladas de soja da safra 2023/24 para Destinos desconhecidos.
Importações – Argentina
A Argentina importou de janeiro a julho 7.2 milhões de toneladas de soja, informou em nota a Bolsa de Comércio de Rosário. Em apenas sete meses, as importações superaram o recorde anual histórico registrado em 2018, de 6.4 milhões de toneladas. Segundo a Bolsa, a produção argentina da safra 2022/23 totalizou 20 milhões de toneladas, o que representa queda de 52,60% em relação à safra anterior.
Com a produção reduzida, o esmagamento de soja na Argentina entre abril e julho deste ano foi de apenas 11.9 milhões de toneladas, o menor volume para o período em 15 anos, informou a Bolsa, citando dados da Secretaria de Agricultura. Segundo a Bolsa, estimativas indicam que a capacidade ociosa das esmagadoras do país poderá se aproximar de 70% até o fim da atual temporada de esmagamento, em março de 2024.
Milho fecha novamente em baixa, dando sequência ao movimento de correção
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 6 a 7,75 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,61¾ (- 1,65%) e o dezembro a US$ 4,80¾ (- 1,23%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 4,60¼) registrou nova mínima contratual e o dezembro na mínima do dia (US$ 4,79½), registrou a menor cotação desde 23 de agosto. Nas últimas cinco sessões o setembro registra uma baixa de 3,04% e o dezembro de 1,99%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta, após quatro sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 5,75 a 6,50 centavos, com o dezembro cotado a US$ 6,07 (+ 1,08%) e o março/24 a US$ 6,33½ (+ 0,92%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro registra uma queda de 5,12% e o março de 4,81%.
Etanol EUA
A produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1.007 milhão de barris/dia na semana encerrada na sexta-feira passada (25). O volume ficou 3,90% abaixo do da semana anterior de 1.048 milhão de barris/dia. Os estoques do biocombustível recuaram 5,30% em relação aos da semana anterior, totalizando 21.6 milhões de barris, enquanto as exportações totalizaram 69.000 barris na semana, queda de 26,60%. Os números foram divulgados hoje pela Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês).
As estimativas da produção dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires variavam entre 985.000 e 1.033 milhão de barris/dia. Quanto aos estoques, as estimativas variavam entre 22.350 e 23.000 milhões de barris.
Os números de produção de etanol nos Estados Unidos são um indicador da demanda interna por milho. No país, o biocombustível é produzido principalmente com o grão e a indústria local consome mais de um terço da safra doméstica do cereal.