FECHAMENTOS DO DIA 10/07

O contrato de soja para agosto24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,59 %, ou $ -18,00 cents/bushel a $ 1113,25; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -1,28 % ou $ -13,75 cents/bushel a $ 1063,75. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em baixa de -1,77 % ou $ -6,1 ton curta a $ 339,2 e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em baixa de -1,30 % ou $ -0,61/libra-peso a $ 46,34.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Pelo terceiro dia consecutivo, as cotações da oleaginosa caíram de forma expressiva. Os valores negociados na CBOT já são similares aos registrados no final de 2020.

O bom andamento da safra, com boas perspectivas de chuvas nos próximos dias, podem aumentar a perspectiva do volume final e aumentar ainda mais os grandes estoques de soja disponíveis no país. A ANEC aumentou de 9,49 MT para 10,29 MT a expectativa de exportação de soja brasileira em julho, apesar do volume ser menor que os 13,94 MT de junho, está acima das 8,64 MT exportadas em 2023.

Neste sentido, os americanos, apesar de terem registrado uma venda avulsa para a China, ainda veem boa parte da demanda oriental indo em direção aos portos brasileiros.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA SE ESFORÇA PARA REDUZIR DEPENDÊNCIA DE IMPORTAÇÕES DE SOJA

O escritório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em Pequim acaba de publicar um relatório no qual estima que a importação de soja pela China em 2024/25 seria de 103 milhões de toneladas, um volume muito inferior ao apresentado no último relatório oficial da organização (109 milhões). Trata-se de um valor equivalente ao registado na safra 2023/24 e inferior ao da safra 2022/23.

BUSCA DE ALTERNATIVAS

O achatamento da demanda chinesa por soja nos obriga a pensar em alternativas para evitar uma liquefação de preços causada por um excesso de oferta global O governo chinês continua a fazer grandes esforços para mitigar a enorme dependência da soja importada, que provém maioritariamente do Brasil e, em menor medida, dos EUA e da Argentina.

OUTROS FARELOS DE OUTRAS ORIGENS

Apesar da diminuição do preço interno do farelo de soja, o governo central chinês continua a promover fontes alternativas de farinhas proteicas como insumo base para a alimentação
animal, como a farinha de colza ou os pellets de girassol do Canadá, Ucrânia ou Rússia, entre outras origens. Para 2024/25, o escritório do USDA em Pequim estima as importações de colza em 4,0 milhões de toneladas, enquanto O farelo de colza totalizaria 2,50 milhões e os pellets de girassol outros 3,0 milhões.

LEILÕES PÚBLICOS

O relatório do USDA indica que o governo central iniciou os tradicionais leilões públicos de soja importada a preços promocionais em março passado para manter os preços internos do produto sob controle.

POUCA PROCURA

“Segundo fontes da indústria de óleos vegetais, até 21 de junho foram ofertadas aproximadamente 7,2 milhões de toneladas de soja em quinze leilões; no entanto, apenas cerca de 1,2 milhão de toneladas foram vendidas. A taxa de compra de cerca de 16% reflete a fraca procura do setor das oleaginosas, apesar do fato de o preço de venda permanecer baixo”, destaca o relatório.

SUINICULTURA TEM LUCRO ZERO OU NEGATIVO

A contrapartida desse baixo interesse é um setor suíno – grande consumidor de farelo de soja – que continua apresentando margens de lucro de zero a negativas, o que indica que a
economia chinesa não atravessa o seu melhor momento.

O crescimento da oferta global de soja num contexto em que o principal fator da procura nutricional está comprometido – tanto por fatores econômicos, como geopolíticos – obriga-nos a desenhar alternativas, como é o caso do setor da bioenergia promovido pelo governo dos EUA. no que diz respeito à produção de biodiesel hidrotratado (HVO). Fonte: Valor Soja.

Fonte: T&F Agroeconômica



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