FECHAMENTOS DO DIA 31/07: O contrato de soja para setembro23 fechou em baixa de -2,76 % ou $ -41,00 cents/bushel a $ 1445,75. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -3,67 %, ou $ -50,75 cents/bushel a $ 1331,75. A cotação de maio24 fechou em baixa de -3,14 % ou $ -43,25 cents/bushel a $ 1334,25. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em baixa de -0,88 % ou $ -4,0 ton curta a $ 451,25 e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em baixa de -2,99 % ou $ -2,02/libra-peso a $ 65,58.

CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa nessa segunda-feira. As chuvas que atingiram o cinturão da soja/milho durante o final de semana e a previsão favorável para os próximos dias retiraram, momentaneamente, o risco climático para a oleaginosa. As chuvas e o clima mas ameno estão previstos para um mês chave na formação do rendimento da lavouras, assim como favorecem o crescimentos das vagens. Com isso os Fundos de Investimentos liquidaram posições que ainda estavam relacionadas aos prêmios climáticos. Para novembro23, principal data negociada na bolsa americana, a soja fechou o mês de julho em baixa de -0,86% ou $- 11,50 cents/bushel.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

EUA-VENDAS PRIVADAS PARA A CHINA: Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega prevista para o ano comercial 2023/24. Na semana passada, foram relatadas vendas de 1,787 milhão de toneladas de soja, sendo 446 mil toneladas para a China. O USDA disse também que exportadores relataram venda de 183,3 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas, com entrega em 2023/24. *EUA- EXPORTAÇÕES MAIORES: Em relatório separado, o USDA informou que 329,518 mil toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 27 de julho, aumento de 14,22% ante a semana anterior. Do total, apenas 4,702 mil toneladas tinham como destino a China.

AMERICA DO SUL DEVERÁ PRODUZIR 227 MT DE SOJA NA SAFRA 23/24: Mais de 227 milhões de toneladas de soja seriam produzidas pela América do Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai) na safra 2023/2024, o que representa um aumento de 17% em relação ao período 2022/23. As perspectivas para a produção de soja na América do Sul são melhores do que na safra anterior, período em que a estiagem causou estragos em vários países produtores da oleaginosa. O USDA estima um volume de 227,2 milhões de toneladas, 33,1 milhões a mais (17%) do que o relatório da safra passada, quando foram apurados 194,1 milhões. Especificamente, há uma estimativa de produção de 163 milhões de toneladas para o Brasil, 48 milhões para a Argentina, 10 milhões para o Paraguai, enquanto Bolívia e Uruguai ficariam com 3,30 milhões e 2,90 milhões, respectivamente. O relatório de julho do USDA Foreign Agricultural Service sobre “World Supply and Distribution” destaca que os principais fornecedores mundiais de soja seriam Brasil, Estados Unidos, Argentina, China (20,5 milhões de toneladas), Índia (12 milhões de toneladas), Paraguai e Canadá (6,7 milhões de toneladas), entre outros.

ARGENTINA-GOVERNO ORDENA RETENÇÃO DE BARCAÇAS DA BOLÍVIA E PARAGUAI ATÉ PAGAMENTO DE PEDÁGIO FLUVIAL: Brasil, Uruguai e Bolívia aderiram ao pedido do Paraguai para que a Argentina deixe de aplicar unilateralmente a cobrança de um pedágio de US$ 1,47 por tonelada ao transporte de cabotagem que circula pelo trecho hidroviário entre Puerto de Santa Fe-Confluencia de la Paraná, onde são transportadas as barcaças com a soja paraguaia, que são embarcados em terminais portuários na área de influência de Rosario. No entanto, o governo argentino manteve sua posição e não apenas continuou cobrando o pedágio, mas também está a caminho de promover um conflito regional incomum a partir de um evento que disparou o alarme no Paraguai. Na última sexta-feira, a Justiça Federal Cível e Comercial CCF 10101/2023, a cargo de José Luis Cassinero, determinou a interdição da navegação dos rebocadores HB Phoenix, de bandeira boliviana, e HB Grus, de bandeira paraguaia, até o cancelamento da dívida a título de pagamento de pedágio imposto pela Administração Geral dos Portos (AGP). Os dois rebocadores, que pertencem ao armador brasileiro Hidrovias do Brasil, permanecem no porto de San Lorenzo. A exportação de grãos do Paraguai por hidrovia foi de 1.879.603 tons de soja em 2022 e 3.696.118 tons (o volume menor de 2022 foi devido à quebra por seca). Normalmente, circulam pela hidrovia 5,5 MT de soja, informou Capeco; de milho foram enviadas 2.194.404 toneladas em 2022 e apenas 317.746 tons em 2023, porque a maior exportação foi para o Brasil e Bolívia, por caminhões; de trigo foram enviadas 5.858 toneladas em 2023 e 10.979 tons até o momento em 2023, segundo Agridatos.

EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE SOJA: O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que a soja florescendo está em 83%, ante 70% da semana passada, 77% no ano passado e acima dos 78% na média histórica. Além disso, 50% já apresentam vagens, ante 35% da semana passada, 41% do ano anterior e 47% da média histórica. Quantos as condições das lavouras dos 18 estados listados houve uma leve piora no quadro geral. A soja subiu para os 15% em condições pobre ou muito pobre, ante 14% da semana anterior, ante 11% do mesmo período do ano passado. Subiu para 33% em condições razoáveis, ante 32% da semana passada e acima dos 30% do ano anterior. Já a soja em boas ou excelentes condições caiu para 52%, ante 54% da semana anterior e 60% do ano passado.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Semana começa com quedas expressivas e negócios lentos

CONTEXTO DO DIA: Semana começa com o mercado registrando baixas expressivas nos preços, trazendo preços mais baixos para o produtor. Compradores seguem com suas demandas com pouco espaço para agosto (praticamente não tem mais espaços), e focados no setembro. NO PORTO: No porto, melhor preço do dia foi de R$ 155,00 para final de agosto, marcando baixa de R$ 3,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço caiu em R$ 3,00/saca, indo a R$ 148,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 147,50, marcando queda de R$ 3,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 147,00, caindo em R$ 3,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 147,50, também com queda de R$ 3,00/saca.

SANTA CATARINA: Preços passam por queda de R$ 1,50/saca, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Preços marcam queda no fechamento da semana em SC, dessa vez sem marcar qualquer negócio que se saiba. Os preços se mantiveram os mesmos por 3 dias durante a semana, mas acabaram voltando a andar por terreno negativo. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 149,50 para 05/09 com entrega imediata, marcando queda de R$ 1,50/saca.

PARANÁ: Preços em queda no Porto e em ponta Grossa, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: Paraná marca dia praticamente sem movimentos em termos de negócio, preços segue caindo no porto e em ponta Grossa. O foco parece estar quase completamente no milho, com pouco a se comentar a respeito de soja que segue sendo segurada em busca de valores mais positivos. Com isso, não se soube de qualquer volume sendo escoado e deve ser mantido assim até as próximas altas. NO PORTO: cif Paranaguá marcou queda de R$ 5,00/saca, indo a R$ 145,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou queda de R$ 5,00/saca, indo a R$ 138,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores seguem os mesmos, ainda a R$ 130,00, R$ 130,00 e R$ 129,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 130,00, marcando baixa de R$ 5,00/saca durante a semana. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações negativas, com o grão de soja passando por baixa de 2,76%, o farelo em baixa de 0,88% e o óleo em baixa de 2,99%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,03%, sendo cotado a R$ 4,7295 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Altas de R$ 1,00/saca nos preços, negócios seguem parados

CONTEXTO DO DIA: Mais um dia parado em termos de negócios, não se soube de volumes sendo negociados. O produtor foi capaz de suprir suas necessidades em um primeiro momento com as pequenas saídas dos primeiros dias da semana, o critério de seu escoamento dado o nível de preços é para manutenção das propriedades. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 127,00, em Maracaju a R$ 125,00, em Sidrolândia a R$ 124,00, em Campo Grande a R$ 127,00 e em Chapadão do Sul a R$ 124,00.

MATO GROSSO: Preços em baixas de até R$ 3,86/saca, negócios ainda parados

CONTEXTO DO DIA: dia marcado por baixas expressivas no MT com baixos volumes de soja sendo negociados, a tendência do mercado segue sendo de difícil interpretação e a escolha da maioria dos produtores é de guardar o grosso da mercadoria enquanto escoa pequenas partes para manutenção de suas propriedades. No entanto, devido as baixas do dia não se soube da saída de qualquer volume. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 120,39, marcando desvalorização de R$ 3,71/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 117,91, com baixa de R$ 3,64/saca. Nova Mutum a R$ 118,51, com baixa de R$ 3,64/saca. Primavera a R$ 120,94 com baixa de R$ 3,86/saca. Rondonópolis a R$ 122,76, com desvalorização de R$ 3,74/saca. Sorriso, por fim, a R$ 116,94 com baixa de R$ 3,56/saca.

MATOPIBA: Desvalorização de até R$ 3,00/saca, sem negócios reportados

CONTEXTO DO DIA: Assim como visto nas demais posições por todo o Brasil, o dia de hoje foi marcado por expressivas baixas, o que cancelou qualquer possibilidade de movimentos pelo lado da oferta, dessa forma o complexo não relatou negócios. Como o momento é de milho em evidência e soja sendo guardada, as movimentações estão lentas mesmo em dias mais positivos. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 125,00, marcando baixa de R$ 3,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 127,00, com baixa de R$ 3,00/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 121,90, com queda de R$ 2,00/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 133,00 sem mudança. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 129,00, com baixa de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



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