O semeio da safra 21/22 no Brasil vem apresentando uma velocidade expressiva em comparação com as safras anteriores. Para se ter ideia, de acordo com o relatório de acompanhamento das lavouras, divulgado pela Conab no dia 22/11, a safra 21/22 conta com 85,7% da área do país já semeada, valor 6,9 p.p. acima do mesmo período do ano passado.

Apesar dos relatos de clima mais seco em algumas regiões do Rio Grande do Sul, as condições climáticas estão favoráveis em grande parte do Brasil. Com isso, a Conab revisou as perspectivas para a safra 21/22 em novembro e a área semeada apresentou crescimento de 0,90% em relação ao relatório anterior, estimada em 40,27 milhões de ha.

Com o aumento da área, e a perspectiva de uma produtividade de 58,8 sc/ha, a estimativa de produção ficou maior no relatório deste mês, projetada em 142,01 milhões de t. Assim, as perspectivas apontam para uma safra recorde no país.

Confira os principais destaques do boletim: 

  • MT SUBIU: acompanhando o mercado internacional, o indicador Imea registrou alta ante a semana passada, cotado a R$ 149,37/sc
  • PARIDADE EM ALTA: influenciado pela alta no dólar futuro, o preço paridade da soja para março/22 exibiu valorização de 0,74%, cotado na média a R$ 143,78/sc.
  • CEPEA CRESCE: sustentada pela demanda chinesa nos últimos dias, a soja no país teve um acréscimo de 2,60% no comparativo semanal.

No mês de nov.21, a diferença de base entre a soja mato-grossense e a norte-americana voltou a ficar negativa, projetada em R$ -6,99/sc.

Com a colheita praticamente finalizada nos EUA e a menor pressão da entrada de oferta sobre a bolsa de Chicago, o grão mato-grossense voltou a ser mais competitivo quando comparado ao grão norteamericano.

Além disso, na última semana, as cotações da soja exibiram alta de 5,17% na CME -Group, influenciado pelo aumento nas cotações do trigo, uma vez que a Austrália – uma das maiores produtoras do cereal – enfrenta adversidades climáticas na safra, bem como a alta nas cotações do óleo de soja nos EUA.

Desse modo, se comparado a diferença de base entre as cotações em MT e na bolsa de Chicago no ano passado, o cenário se mostra oposto. Isso porque, naquele mesmo período, o grão em MT estava R$ 34,77/sc mais caro em 2020, sob influência da forte demanda e menor disponibilidade no mercado interno, o que impulsionou cotações recordes para o estado.



Fonte: IMEA

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