O mercado brasileiro de soja iniciou a semana com preços perto da estabilidade e sem o registro de volume significativo de negócios. Os pontos formadores dos preços tiveram comportamentos extremos, mas distintos: Chicago caiu quase 1%, enquanto o dólar superou a casa de R$ 4,20, fechando no maior patamar da história.

O produtor se retraiu, aguardando oportunidades melhores para voltar a negociar e priorizando os trabalhos de plantio.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 86,00 para R$ 86,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 85,50 para R$ 86,00. No porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 91,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço permaneceu em R$ 85,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 91,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou baixou de R$ 83,00 para R$ 82,00. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 83,50. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 81,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em baixa. O mercado acentua as perdas no final da sessão, com os contratos fechando perto das mínimas do dia.

Os investidores ainda se mostram céticos quanto ao fechamento de um acordo comercial entre China e Estados Unidos no curto prazo. A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina completam o quadro de pressão sobre as cotações.

Os representantes comerciais da China e dos Estados Unidos tiveram conversas construtivas sobre a fase um do acordo sobre comércio em um telefonema realizado neste final de semana, de acordo com o Ministério de Comércio chinês, em comunicado.

“Os dois lados se engajaram em discussões construtivas sobre as respectivas preocupações centrais sobre a primeira fase do acordo e continuarão mantendo uma comunicação estreita”, de acordo com o comunicado, divulgado no sábado.

O vice-primeiro-ministro da China e líder das negociações comerciais pelo lado chinês, Liu He, conversou ao telefone no sábado com o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, diz a nota.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.532.991 toneladas na semana encerrada no dia 14 de novembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1,25 milhão de toneladas. Mais de 900 mil toneladas foram inspecionadas para o mercado chinês.

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.347.115 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.110.906 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 12.435.954 toneladas, contra 11.089.344 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 8,00 centavos de dólar, ou 0,87%, a US$ 9,10 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,23 por bushel, perda de 7,75 centavos de dólar, ou 0,83%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo caiu US$ 5,90 por tonelada (1,92%), sendo negociada a US$ 301,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,64 centavos de dólar, alta de 0,21 centavo ou 0,69%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,38%, sendo negociado a R$ 4,2070 para venda e a R$ 4,2050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,1720 e a máxima de R$ 4,2090.

Fonte: Agência SAFRAS


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