FUNDAMENTOS: Produção se mantém em 135,6 MT

O relatório mensal de avaliação das safras, divulgado hoje pela Conab, registrou que a produção de soja se manteve em um recorde de 135,6 milhões de toneladas, um leve ajuste para cima de 67.000 toneladas da estimativa divulgada em julho.

A demanda doméstica foi estimada em 50 milhões de toneladas, 29.000 toneladas menor, e as exportações foram projetadas em 83,49 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas abaixo da previsão anterior de 86,69 milhões de toneladas.

Os dados oficiais da alfândega brasileira mostraram que o país exportou 1,38 milhão de toneladas de soja na primeira semana de agosto, uma queda de 16% em relação à semana anterior. O Brasil deve exportar entre 6,1 milhões de toneladas e 6,5 milhões de toneladas de soja em agosto, revelou nesta terça-feira a associação de exportadores de grãos do país, Anec.

A moagem de soja no Brasil atingiu 3,7 milhões de toneladas em junho de 2021, de acordo com uma atualização mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), com uma estimativa para o volume total de moagem em 2021 em 46,5 milhões de toneladas.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Mercado só foi positivo na parte da manhã, caindo R$ 3,00/saca à tarde

No dia de hoje tanto o dólar quanto Chicago abriram com potência, permitindo que houvesse interesse no mercado, no entanto, enquanto se aproximava do fechamento o mercado foi perdendo força de forma expressiva e afastou esse interesse. Hoje os preços cotados foram os últimos e a resposta do mercado acabou negativa, pois a própria dinâmica interna atenuou o efeito de perda geral.

Mais para o fim, houve uma evasão geral dos negócios, não se ouviu mais nada, os últimos preços pedidos estavam acima de R$173,00 e depois caíram a R$170,00. Os preços de pedra de Ibirubá foram os únicos beneficiados do dia, sendo cotados a R$155,00, valorização de R$4,00 em relação as últimas cotações. Ademais, o mercado mesmo forte de manhã não rendeu muito bem, mas ao menos 10.000 toneladas foram negociadas.

SANTA CATARINA: Nenhuma presença no mercado, preços se seguram

Mais um dia inexpressivo no mercado de soja de Santa Catarina. Assim como em outras regiões, o mercado abriu mais firme, no entanto, os melhores momentos de hoje não foram melhores do que os de ontem e se ontem os volumes já  não saíram por falta de oferta a esses preços, obviamente hoje não seria diferente.

Embora Chicago tenha fechado em alta, as quedas do dólar compensaram, deixando os preços parados em termos reais, as demais condições permaneceram constantes.

PARANÁ: Paraná prossegue como acabou a semana, produtores a espera do WASDE

No Paraná as vendas permanecem com dificuldade de sair, os produtores estão bastante receosos de abrir mão de seus volumes por preços mais baixos do que os ideais e agora com a aproximação do relatório WASDE, que impacta fortemente nos preços da soja, muitos apostam em novas altas, alguns volumes acabaram sendo negociados, mas apenas pontuais, poucos negócios e volumes pequenos sem especificação exata de tamanho.

  • Futuros Paranaguá 2021: entrega agosto com 30/09 a R$170,40, os preços marcaram baixas de R$1,40. Setembro com 30/10 foi cotado a R$172,30 pequena evolução de R$0,10 em relação as últimas indicações.
  • Futuros Paranaguá 2022: fevereiro com 30/03 foi cotado a R$161,10, contra indicações iguais anteriormente, os preços permaneceram estáveis. No março com 30/04, as cotações foram de R$159,90 marcando uma baixa de R$2,90 em relação aos últimos preços. Lembrando, esses preços representam os melhores momentos, próximo as 10:30 da manhã e não os valores de fechamento.

MATO GROSSO DO SUL: Preços seguros em meio a volatilidade, mas sem vendas expressivas

Como de costume, no MS as respostas são, ou mais intensas do que nas demais regiões, ou muito menos intensas. Hoje foi um dia de menor intensidade, enquanto a maior parte das regiões colocadas por nós passou por perdas de valor, o MS permaneceu nas mesmas condições do dia anterior. Ontem poucos volumes foram vendidos, cerca de 4.000 toneladas ao todo, mas hoje sabe-se apenas de “negócios pontuais”.

A maioria dos lotes na região segue com ideias do produtor de R$170,00, ainda R$3,00 acima das melhores ofertas disponíveis no Estado. O suficiente para desestimular os negócios.

MINAS GERAIS: Preços parados, mercado sem respostas

Pode-se notar que o Estado de Minas Gerais é basicamente impassível as ofertas correntes, a cerca de 5 semanas, volume algum de soja sai e os que saíram anteriormente eram menores do que 1.000 toneladas.

Acontece que a soja restante na região é muito pouca, representa atualmente até mesmo menos de 5% da produção total. Após esse longo período de espera por melhores preços, os produtores do Estado continuam descontentes com as ofertas, afinal, no ano passado a saca chegou a sair a R$180,00.

Ademais, nada tem acontecido em Minas Gerais e agora existe a espera pelo relatório WASDE, outro motivo pra diminuir a oferta no mercado, hoje até ocorreram alguns negócios de milho, mas a soja que permanece sendo ofertada a R$170,00 é ignorada pelos compradores.



Fonte: T&F Agroeconômica

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