Passado o relatório de oferta e demanda do USDA, traders devem voltar suas atenções para a demanda e o clima em regiões de cultivo dos EUA. Segundo a empresa de meteorologia DTN, o clima no Meio-Oeste volta a ficar seco nos próximos dias e a região só deve ter chuvas significativas em meados da semana que vem.

No norte das Grandes Planícies, o clima continua seco no fim de semana, mas há chance de chuvas esparsas na próxima semana. Analistas observaram que o clima em agosto tem grande influência sobre o rendimento da soja. Com isto, os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira, refletindo a
contínua demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que exportadores relataram vendas de 452,2 mil toneladas de soja, sendo 326,2 mil toneladas para destinos não revelados e 126 mil toneladas, para a China. Esta foi a sétima sessão seguida com anúncio de venda avulsa da oleaginosa.

No período, o volume totalizou 1,711 milhão de toneladas, sendo 653 mil toneladas para a China e 1,058 milhão de toneladas, para destinos não revelados. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 24,00 cents (1,79%), para US$ 13,65 por bushel.

USDA deu suporte reduzindo estimativa de produção de soja dos EUA

Na quinta-feira, o USDA informou que a produção de soja nos EUA em 2021/22 deve ser de 118,1 milhões de toneladas, ante 119,90 milhões de toneladas projetadas em julho. Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam uma redução um pouco menor, para 118,67 milhões de toneladas. A projeção de rendimento passou de 3,42 para 3,36 toneladas por hectare, enquanto analistas esperavam 3,38 toneladas por hectare.

Esses números, porém, foram insuficientes para impulsionar os preços na última sessão. Isso se deveu em parte às estimativas de estoques nos EUA, que vieram acima da expectativa dos analistas. Karl Setzer, da AgriVisor, disse que um dos dados mais confusos foi a estimativa de exportações em 2020/21, que o USDA reduziu apesar de os números reais estarem bem próximos da projeção da agência. “Está ficando mais aparente que o USDA não vai reduzir ainda mais os estoques finais de soja, nem para a safra velha nem para a nova”, afirmou.



Fonte: T&F Agroeconômica

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