FECHAMENTOS DO DIA 14/06

O contrato de soja para julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,82 %, ou $ -9,75 cents/bushel a $ 1179,75; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -0,85 % ou $ -10,00 cents/bushel a $ 1168,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,03 % ou $ 0,1 ton curta a $ 368,4 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -0,41 % ou $ -0,18/libra-peso a $ 43,68.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fecho o dia em baixa e a semana de forma mista. As grandes oscilações ao longo da semana se refletiram no fechamento semanal, que teve leves altas e baixas nas mais diversas cotações.

Nesta sexta-feira, os Traders embolsaram parte dos lucros do dia anterior e a soja acompanhou a tendência de baixa do complexo de grãos. A falta de novas vendas avulsas, o que deu sustentação os preços durante a semana, também pesou sobre a oleaginosa.

Com o clima favorável no começo do plantio, o mercado espera os dados do relatório do USDA no dia 28 para ter uma melhor noção do real tamanho da safra 224/25 de soja nos EUA. A colheita finalizada no Brasil e na reta final na Argentina está disponibilizando um grande volume de grãos no mercado.

Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 0,04% ou $0,50 cents/bushel. O farelo de soja avançou 2,13% ou $7,70 ton curta. O óleo de soja subiu 0,11% ou $0,05 libra/peso no período.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
  • a) Clima nos EUA: Por enquanto há indicações de chuvas no Meio-Oeste americano, mas a previsão é de altas temperaturas e chuvas abaixo da média nas áreas centrais dos EUA, segundo a Agrisource;
  • b) no Brasil a Conab reduziu os estoques finais de soja-grão, de 3,29 MT para 3,05 MT e de óleo de soja, de 311 mil tons para 302 mil tons no seu relatório desta semana e aumentou as exportações de grão;
FATORES DE BAIXA
  • a) Redução do calado em Rio Grande pode derrubar prêmios e deixar logística mais lenta: Em reunião emergencial agora a tarde, a autoridade portuária em Rio Grande, rebaixou novamente o calado em Rio grande. O original era 13,60 m, foi rebaixado em maio para 12,80 m e agora para 11,90 m. O motivo da mudança é o grande acúmulo de sedimentos que desceram pela Lagoa dos Patos e ficaram depositados no leito do canal. Tal condição só será revista, após ser feita dragagem do canal, o que não será em prazo menor que 60 dias. A navegação noturna no canal seguirá suspensa por falta de boias de luz. Tais condições farão com que os navios só possam sair do porto com carga menor (já havia uma diminuição média de 6.000 tons, que doravante deverá ser maior que 10.000 tons), isso deixará os custos de navios mais caros em Rio Grande, o que deverá derrubar ainda mais os prêmios, e deixará a logística ainda mais lenta.
  • b) Aumento de 20 MT na produção da América do Sul: a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu na quinta sua previsão para a safra brasileira em 2023/24 de 147,68 milhões para 147,35 milhões de toneladas. Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua estimativa de safra em 50 milhões de toneladas. A produção combinada dos dois países deve ficar próxima de 200 milhões de toneladas, bem acima dos cerca de 180 milhões de toneladas da temporada anterior;
  • c) ausência de novas compras chinesas: Desde a última sexta-feira, o USDA anunciou três vendas avulsas de soja para a China, totalizando 314 mil toneladas. Além disso, foi anunciada na quinta uma venda de 120 mil toneladas de soja para destinos não revelados, o que muitas vezes significa “China”. O mercado agora aguarda a confirmação de novos rumores de que o país asiático estaria buscando soja na região do Golfo;
  • d) No Brasil o grande aumento dos estoques finais de farelo de soja, que passaram de 1,87 MT na safra anterior, para 4,08 MT na atual temporada, prejudica a alta dos preços que poderia vir do aumento da demanda de óleo para biocombustíveis;
  • e) alta do real no Brasil, que reduz a competitividade da soja americana: a competitividade conquistada pelas exportações brasileiras, a partir da desvalorização que o real vinha refletindo frente ao dólar, um tanto atenuada nas últimas rodadas, contribui para a tendência de baixa do mercado norte-americano.

Fonte: T&F Agroeconômica



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