A semeadura da soja no Estado ainda está incipiente, mesmo com o início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O avanço das atividades depende da priorização de outros cultivos, especialmente milho e arroz; do adiamento proposital do plantio para evitar o estabelecimento das lavouras em períodos de menor precipitação, previstos para novembro e dezembro; e da situação econômica dos produtores, que ainda enfrentam restrições de crédito e postergação na aquisição de insumos.
As condições climáticas, com predomínio de tempo seco, favoreceram o preparo do solo e a dessecação das coberturas vegetais, permitindo que produtores organizem maquinário e logística para o início efetivo da semeadura nos próximos dias.
Pequenas áreas, sem relevância estatística, já foram implantadas na Fronteira Oeste, nas Missões, Noroeste e Região Central. As primeiras lavouras implantadas apresentam emergência normal e bom vigor inicial.
Para a Safra 2025/2026 de soja no Rio Grande do Sul, os dados preliminares indicam cenário de normalização produtiva, recuperação expressiva da produtividade média para 3.180 kg/ha e conservação da área cultivada em 6.742.236 hectares (-0,80%). A produção estimada alcança 21.440.133 toneladas, o que representa crescimento de 57,14% em relação ao ciclo anterior. A ligeira redução da área cultivada se deve às cotações abaixo da média histórica e aos elevados custos para a contratação de seguros agrícolas. Na Safra 2024/2025, a cultura sofreu frustração acentuada, especialmente na Metade Oeste, e a produtividade média do Estado foi de apenas 2.009 kg/ha nos 6.796.916 hectares cultivados, resultando em produção de 13.643.936 toneladas.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,31%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 122,77 para R$ 123,15.
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Fonte: Emater RS