A semeadura da soja avançou de forma consistente, e está próxima da conclusão na maior parte do Estado, favorecida pela reposição da umidade do solo ao longo de dezembro. A área semeada alcançou 92%, e restam principalmente plantios em sucessão a outras culturas, após a colheita.
Apesar de períodos pontuais de restrição hídrica durante a segunda quinzena de novembro, especialmente em áreas semeadas mais precocemente, as chuvas subsequentes permitiram a retomada do crescimento vegetativo, o bom estabelecimento inicial das lavouras e a formação dos estandes. Alguns replantios ocorreram de maneira localizada e pouco expressiva em termos de área em razão principalmente de falhas de emergência decorrentes de déficit hídrico ou da compactação superficial do solo.
O desenvolvimento vegetativo está de satisfatório a muito bom. Ocorre emissão ativa de trifólios, rápida expansão foliar e início do fechamento das entrelinhas nas lavouras implantadas entre o final de outubro e o início de novembro. As condições ambientais, caracterizadas por adequada umidade do solo, temperaturas compatíveis com a época e elevada luminosidade, têm favorecido o crescimento da cultura. Em áreas de várzea, observa-se bom desempenho da cultura, historicamente associado à maior estabilidade produtiva em anos com influência de La Niña. De modo geral, o potencial produtivo das lavouras está mantido, condicionado à regularidade das chuvas ao longo das próximas fases fenológicas.
Foram intensificados os tratos culturais, especialmente o controle de plantas daninhas em pós-emergência e o início de aplicações preventivas de fungicidas, especialmente para a ferrugem-asiática, embora o monitoramento de esporos indique, até o momento, baixo risco de infecção. A incidência de doenças está baixa, e as ocorrências de pragas são pontuais, com registros localizados de insetos sugadores e ácaros, manejados conforme necessidade.
Para a Safra 2025/2026, no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a semeadura está próxima da conclusão em São Gabriel (98%), Rosário do Sul (95%), Itacurubi (92%) e Itaqui (90%) da área estimada. Em áreas com menores volumes de chuva, os produtores aguardavam as precipitações, ocorridas em 21/12, para a finalização do plantio.
Em Manoel Viana, os trabalhos estão praticamente encerrados, restando apenas áreas destinadas à sucessão após a colheita do milho. Em Maçambará, onde predominam terras baixas com maior atraso, há possibilidade de avanço da semeadura até janeiro. Na Campanha, em Dom Pedrito, 97% dos 165.000 hectares previstos foram implantados, e há indicativos de ampliação da área cultivada pela incorporação de lavouras antes destinadas ao arroz e à pecuária. Mais de 40.000 hectares devem ser estabelecidos em áreas de várzea, historicamente mais produtivas em anos de influência de La Niña. As lavouras apresentam boa sanidade, sem registro relevante de insetos-praga. Em Hulha Negra, há infestação de gramíneas, como milhã e capim-arroz, em lavouras em desenvolvimento vegetativo inicial, demandando misturas de herbicidas e graminicidas associadas ao dessecante para maior eficiência de controle.
Na de Caxias do Sul, apesar dos volumes de precipitação registrados terem sido inferiores às necessidades ideais da cultura, as lavouras apresentam estabelecimento inicial e desenvolvimento satisfatórios. A semeadura ainda está em andamento nos Campos de Cima da Serra, em função da presença de áreas anteriormente ocupadas com trigo, que ainda se encontravam em fase de colheita.
Na de Ijuí, a semeadura do cedo está concluída, atingindo cerca de 95% da área prevista, restando apenas áreas após a colheita do milho. O estande de plantas é considerado bom; há pequenas falhas localizadas em áreas de maior tráfego de máquinas. As condições de umidade do solo e de elevada luminosidade têm proporcionado excelente desenvolvimento vegetativo, como rápida emissão de trifólios e início de brotação lateral nas lavouras semeadas no início de novembro.
Na de Lajeado, as lavouras semeadas mais precocemente apresentam desenvolvimento adequado. Já as áreas implantadas recentemente e que necessitavam reposição hídrica, foram beneficiadas pelas precipitações em 21/12.
Na de Passo Fundo, a semeadura da soja está concluída. As lavouras se encontram nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo, beneficiadas pelas chuvas do período, que proporcionaram condições favoráveis de umidade e temperatura para o crescimento inicial das plantas.
Na de Pelotas, os trabalhos de semeadura avançaram de forma intensa, impulsionados pela boa umidade dos solos, decorrente de chuvas com volumes expressivos registrados nas últimas semanas. Aproximadamente 88% da área estimada para a safra já foi semeada. Nas áreas implantadas, as lavouras estão integralmente em fase de desenvolvimento vegetativo, apresentando retomada vigorosa do crescimento após a reposição hídrica.
Na de Santa Maria, o plantio ultrapassa 90% da área prevista. As lavouras apresentam bom desenvolvimento inicial, sustentadas por condições ambientais favoráveis.
Na de Santa Rosa, a área semeada alcança 82%, 99% em fase de desenvolvimento vegetativo, e 1% em início de floração. As chuvas recorrentes em dezembro têm mantido a umidade do solo em níveis elevados, favorecendo o crescimento das plantas. Contudo, as áreas semeadas na primeira e segunda quinzena de novembro enfrentaram déficit hídrico, exigindo replantios e elevando os custos de produção. A emergência, o desenvolvimento e estande são considerados muito satisfatórios.
Na de Soledade, a semeadura está praticamente concluída, restando apenas áreas pontuais. As condições de umidade do solo aceleraram o crescimento das plantas, e em diversas áreas as entrelinhas estão em processo de fechamento. O estande de plantas é considerado adequado, refletindo boa qualidade de plantabilidade.
Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,74%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 126,38 para R$ 127,31.
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Fonte: Emater RS





