O produtor José Sérgio Sicupira reduziu os custos da produção do leite e recuperou pastagens em sua propriedade, localizada em Ponto dos Volantes-MG, no Vale do Jequitinhonha. As melhorias foram possíveis com a adoção de tecnologias. “Com a utilização da Integração Lavoura-Pecuária (ILP), aliada à escolha de cultivares adaptadas ao semiárido, é possível melhorar a qualidade do alimento fornecido ao rebanho, diminuindo custos. E isso está atrelado ainda ao fator da recuperação de pastagem”, explica o extensionista Cristiano Costa de Moura, da Emater-MG.
A Fazenda Jenipapo, da família de José Sérgio Sicupira, é uma das Unidades Demonstrativas (UDs) do projeto “Tecnologias Agropecuárias para o Semiárido Mineiro”. Na propriedade, foram implantados consórcios de duas cultivares de sorgo com dois tipos de capim (sorgo BRS 658 e Volumax; braquiária BRS Paiaguás e panicum Massai).
A área tem acompanhamento da Emater-MG, que presta assistência técnica para a adoção de tecnologias validadas pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) para o semiárido mineiro.
Na visão do produtor, a implantação de ILP foi uma forma de inovar o sistema de produção de alimentos para o rebanho. “Era uma atividade que a gente não conhecia, de plantar o capim consorciado com o sorgo. E é uma coisa que está dando certo, porque a gente colhe o sorgo e fica tendo o capim como pastagem para o gado nos próximos anos”, conta José Sérgio.
O produtor já vê os resultados e se diz muito satisfeito. “Está valendo a pena, porque a gente está conseguindo produzir o alimento numa região de semiárido, que é muito difícil, onde a gente fica refém das chuvas. Com isso, estamos conseguindo recuperar nossas pastagens, produzir nossa silagem e baixar o custo do leite”.
Parcerias
O projeto “Tecnologias Agropecuárias para o Semiárido Mineiro” é coordenado pela Embrapa Milho e Sorgo e conta com uma rede de parcerias, que envolve Emater-MG, Anater, Senar, Sebrae, Epamig, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, sindicatos rurais e os consórcios de municípios das três regiões atendidas: Ameje (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Jequitinhonha), Comar (Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário do Alto Rio Pardo) e Nova Ambaj (Nova Associação dos Municípios da Microrregião do Baixo Jequitinhonha).
Fonte: Embrapa