A safra real de trigo poderá ser de 6,35 MT, cerca de 1,84 MT a menos do que a Conab estimou em outubro
Levantamentos de campo, realizados pela TF Agroeconômica nas duas últimas semanas, revelaram a possibilidade de a safra de trigo que está sendo colhida ser de apenas 6,37 milhões de toneladas, contra a expectativa da Conab de outubro de 8,19 MT, uma redução de 1,84 milhões de toneladas ou 28,57% em relação à expectativa da Conab em seu relatório de outubro. A queda ficou por conta da seca no início do plantio e em alguns períodos das fases de enchimento de grãos e posterior excessos de chuvas justamente nas fases em que os grãos estavam ou amadurecendo ou já maduros.
Por conta disto, reduzimos nossa estimativa de 3,2 MT do Rio Grande do Sul para 2,6 MT e do Paraná de 3,2 MT para 2,8 MT, como mostra nossa tabela ao lado.
Com isto, aumenta o volume a ser importado e a tendência é de os preços se manterem elevados e subir.

A principal consequência seria a elevação dos preços daqui para frente
A maior prova desta possibilidade é que os preços, não apenas não estão caindo em plena colheita, como sempre acontece, como estão subindo. Se usarmos a medida do Cepea, para sermos neutros, veremos que os preços atuais estão 8,63% acima dos preços de um ano atrás no Rio Grande do Sul e 11% no Paraná. E subiram 1,56% em outubro no Paraná e 0,78% na primeira semana de novembro. No Rio Grande do Sul os preços já subiram 0,88% na semana e 3,45% no mês.

Os preços podem subir ainda mais?
Sim, podem. É verdade que ainda existem mais ou menos 60% do trigo para ser comercializado, o que, em tese, poderia gerar uma certa pressão de venda em dezembro, criando uma “barriga” nos preços, para liberar armazens para a colheita do milho em janeiro. Então, pode. Mas estamos dizendo que os preços de janeiro em diante tem um grande potencial de se tornarem significativamente mais altos até do que os do ano passado. Quanto? O suficiente para valer a pena comprar agora e vender até junho.

Mas, os preços das farinhas acompanharão as altas do trigo?
Nunca acompanham. Os moinhos travam uma guerra contínua pela sua rentabilidade, não exatamente contra os compradores, mas contra outros moinhos. Então, vai depender da sua habilidade de negociação, de fixação da sua marca, da satisfação que você proporcionar ao seu cliente, muito além do preço que você oferece.



Fonte: T&F Agroeconômica

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