CHICAGO: Trigo recomeça a semana com forte alta, por seca nos EUA e problemas no Leste Europeu

O contrato de maio22 do trigo brando SRW de Chicago fechou em forte alta de 2,14% ou 23,50 cents/bushel a $ 1120,0; a cotação de DEZ22, que interessa aos produtores/exportadores brasileiros, fechou também em alta de 0,85% ou 12,50 cents/bushel a $ 1113,0; o contrato do trigo duro HRW de Kansas para maio fechou também em alta de 2,60% ou 30,0 cents/bushel a $ 1184,0; o trigo de primavera HRS de Minneapolis fechou em alta de 2,66% ou 30,50 cents/bushel a $ 1175,0 e o trigo para moagem da Euronext de Paris fechou em queda de 0,55% ou $ 2,25 euros/t a 400,75 euros.

Os preços continuam sustentados pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Por sua vez, as áreas produtivas dos EUA sob seca aumentam a preocupação do lado da oferta. Saindo do fim de semana de 3 dias, os mercados de trigo estão liderando o rali dos grãos.

O USDA informou que 432.253 toneladas de trigo foram inspecionadas para exportação durante a semana encerrada em 14/04. Isso foi um aumento de 13.068 T semana/semana, mas caiu 196.812 ano/ano. O USDA teve embarques de trigo neste ano comercial contabilizados como 18.067 MT, comparado a 22 MT no mesmo ponto do ano passado.

A China vendeu 531.469 toneladas de trigo das reservas estatais em 13 de abril. A oferta total foi de 551.145 toneladas.

O Ministro da Alimentação e Comércio da Índia prevê de 10 a 15 MT de exportações de trigo indiano em 22/23. Isso seria um recorde, citando o conflito do Mar Negro e acima do recorde deste ano de 8,5 MT. A Índia havia exportado 2,56 MT em 2020/21, mas foi importador líquido por 6 dos últimos 16 anos.

O relatório da CFTC de sexta-feira mostrou que os Fundos adicionaram posições compradas
na semana que terminou em 12/04, com a compra líquida subindo outros 2.680 contratos em Chicago SRW e 4.363 em KC HRW. Eles reduziram sua compra líquida em trigo de primavera MPLS em 135 contratos, mas ainda estavam dentro de 800 contratos de uma grande exposição líquida longa recorde nesse mercado.



GIRO PELOS ESTADOS:

RIO GRANDE DO SUL: Altas na CBOT e na Argentina fazem mercado parar para pensar

Mercado bastante parado, altas na CBOT e altas na Argentina, deixam vendedor nas expectativas de melhores preços daqui para frente. Raros são os vendedores que aceitam vender a R$ 1.850,00 e mais raro ainda quem aceite (por enquanto) pagar estes preços. Maioria das ofertas estão de R$ 1.900,00 para cima.

Exportação seguiu buscando ofertas para trigo futuro (novembro e dezembro) com preços na casa de R$ 1.715,00 CIF porto no melhor momento. Mas não houver relatos de negócios, pois produtores seguem olhando os custos de produção, e esperando preços melhores para começarem a travar contratos. Acredita-se que produtor irá vir as vendas quando (e se) os preços atingirem R$ 100,00 para trigo padrão “lavoura”.

Preços de pedra, em Panambi, mantiveram R$ 94,00 ao produtor

SANTA CATARINA: Moinhos continuam comprando trigo gaúcho, que é o mais competitivo

Ofertas do Rio Grande R$ 1.850,00 foi o mínimo que se conseguiu na semana, chegando
ao leste do estado a R$ 1.986,40 CIF + ICMS.

Preços locais: Moinho paga entre R$ 1950-2000 CIF. Vendedores R$ 1950/t, daí pra cima. Os preços locais também estão ao redor de R$ 2.000/t ou mais. Por outro lado, os moinhos estão abastecidos até o final de abril, alguns um pouco mais.

PARANÁ: Mercado estabilizado, com raras ofertas, o que sinaliza, final de disponibilidade

Tem alguns vendedores a R$ 1.900/t na região dos Campos Gerais e outros a R$ 1.950/1970 no norte do estado.. A pedida agora é de R$ 2.000/t a R$ 2.100/t FOB. Mas, as ofertas, agora, são raras, indicando final da disponibilidade.

Importação: A alta do trigo argentino elevou também, em mais R$ 100/t, o custo do trigo importado para os moinhos do Leste do estado, como mostra a tabela ao lado.

TRIGO PARAGUAIO: Nenhum movimento, principalmente por parte dos vendedores

O trigo não apresentou movimentos nos dias de hoje. O mercado local mantém indicações estáveis, enquanto o Brasil melhorou ligeiramente seus números, acompanhando a mudança, mas ambos os mercados não estimulam os vendedores neste momento, que aguardam para sair com os lotes ainda disponíveis. Para a próxima safra não se observam
movimentos, com os compradores ainda muito reticentes.

TRIGO ARGENTINO: Terminou a greve, mas o mercado voltou com preços fortes, como anunciamos

A greve dos transportadores terminou, na Argentina, mas, como anunciamos na semana passada, o mercado reabriu com preços elevados, que vieram aparentemente para ficar, pelo menos para o trigo disponível. A posição de entrega em maio foi cotada a US$ 420/t, cerca de US$ 35/tonelada a mais do que a cotação anterior. A posição de junho foi cotada a US$ 430/t e a posição de dezembro (safra nova) foi cotada a US$ 365, cerca de US$ 10/t acima da última cotação expressa antes da greve.

Fonte: T&F Agroeconômica

Foto de capa: Ridgefield Side

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