Os números divulgados na terça-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foram baixistas para a soja. Como consequência, os contratos futuros atingiram novo patamar na Bolsa de Mercadorias de Chicago, com novembro operando em torno de US$ 12,00 por bushel.
Como consequência, e mesmo com dólar a R$ 5,50 e prêmios firmes, os preços domésticos perderam força no Brasil. Os negócios na semana foram apenas pontuais e os produtores estão focando no plantio, que vem avançando bem, com clima favorável.
O relatório de outubro do USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,448 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 121,05 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,409 bilhões ou 119,99 milhões. Em setembro, a indicação era de 4,374 bilhões de bushels ou 119,058 milhões de toneladas.
A produtividade foi elevada de 50,6 bushels por acre para 51,5 bushels, enquanto o mercado estimava 51,1 bushels por acre.
Os estoques finais estão projetados em 320 milhões de bushels ou 8,7 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 289 milhões ou 7,87 milhões de toneladas. No mês passado, os estoques finais estavam estimados em 185 milhões de bushels ou 5,03 milhões de toneladas.
O USDA indicou esmagamento em 2,190 bilhões de bushels e exportação de 2,090 bilhões. Em setembro, os números eram de 2,180 bilhões e 2,090 bilhões, respectivamente.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 385,14 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 104,57 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 101 milhões de toneladas. Em setembro, o USDA indicou produção de 384,42 milhões e estoques de 98,89 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 121,06 milhões de toneladas, contra 119,04 milhões do relatório anterior. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 51 milhões de toneladas. As importações chinesas deverão ficar em 101 milhões de toneladas.
Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 365,26 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 99,16 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 96,4 milhões de toneladas.
A produção do Brasil foi mantida em 137 milhões. Já a safra argentina ficou em 46,2 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi mantida em 99 milhões de toneladas.
Fonte: Agência SAFRAS