Os atenções do mercado internacional e brasileiro de soja estiveram voltadas nesta semana para o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os números voltaram a surpreender, com corte nos estoques e na produção americana, determinando reação dos preços no Brasil e em Chicago.

O Departamento indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,313 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 117,38 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,8 bushels por acre. Em setembro, as indicações eram de 4,378 bilhões de bushels – 119,15 milhões de toneladas – e 50,5 bushel, respectivamente. O mercado apostava em número de 4,379 bilhões de bushels para a safra ou 119,18 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão projetados em 200 milhões de bushels ou 5,44 milhões de toneladas, repetindo a estimativa do mês anterior. O mercado apostava em carryover de 240 milhões ou 6,53 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,235 bilhões de bushels e exportação de 2,045 bilhões. No mês passado, a previsão era de 2,225 bilhões e de 2,085 bilhões, respectivamente.

Em relação à temporada 2021/22, o Departamento indicou produção de 4,465 bilhões de bushels, ou 121,52 milhões de toneladas. Os estoques foram indicados em 274 milhões de bushels ou 7,46 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 390,99 milhões de toneladas. Em setembro, a projeção era de 389,77 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 100,52 milhões de toneladas, contra 98,92 milhões de toneladas de setembro. O mercado esperava por estoques finais de 99,6 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 117,38 milhões de toneladas, contra 119,16 milhões em setembro. A safra brasileira foi indicada em 152 milhões e a argentina em 51 milhões de toneladas. Em setembro, os números eram de 149 milhões e 51 milhões, respectivamente.

A China deverá importar 98 milhões de toneladas, um milhão a mais do que projetado em setembro.

Em relação à temporada 2021/22, a produção global está estimada em 355,69 milhões de toneladas, com estoques finais de 92,38 milhões. O mercado projetava carryover de 90 milhões de toneladas.

A estimativa para a safra brasileira foi elevada de 126 milhões para 127 milhões e a previsão para a Argentina permaneceu em 44 milhões. O número para a importação chinesa ficou em 90 milhões de toneladas, repetindo agosto.

Acompanhe mais detalhes sobre o relatório do USDA no programa PÓS USDA, da SAFRAS TV:

Mercado

A semana foi positivo, com preços subindo e melhora na comercialização, seguindo o bom desempenho dos contratos futuros em Chicago e do dólar frente ao real. Os prêmios de exportação também se elevaram, completando o cenário positivo.

A cotação em Passo Fundo (RS) subiu de R$ 174,00 para R$ 182,00 no período. Em Cascavel (PR), o preço avançou de R$ 174,00 para R$ 183,00. Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 166,00 para R$ 168,00. Em Paranaguá, o preço aumentou de R$ 181,00 para R$ 190,00.

Em Chicago, os contratos com entrega em novembro tiveram valorização de 2,1% até o fechamento da quinta, a US$ 13,95 ¾ por bushel. Além do impulso vindo do USDA, o mercado foi sustentado também pela boa demanda chinesa pelo produto americano. O avanço da colheita nos Estados Unidos, do plantio no Brasil e a preocupação com a recessão global limitaram a alta.

A alta de 1,17% do dólar comercial frente ao real, que bateu em R$ 5,274 na quinta, completou o cenário favorável aos preços internos da soja.

Autor/Fonte: Dylan Della Pasqua / Agência SAFRAS  

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