OFERTA E DEMANDA MUNDIAL
Os contratos futuros da pluma de jul/23 e dez/23 na bolsa de NY da semana do dia 20/02 a 24/02 ficaram cotados na média de ¢ US$ 83,15/lp e US$ 82,68/lp, declínio de 1,27% e 1,03% no comparativo semanal, respectivamente. Esse cenário ocorreu devido à divulgação dos dados a respeito da expansão do setor industrial (PMI), que indicam que o índice econômico segue crescendo, mesmo com as altas na taxa de juros do país, o que aumentou a aversão ao risco e refletiu em queda nos preços da fibra na bolsa de NY. Diante disso, as cotações se mostram bem inferiores ante o mesmo período do ano passado, quando os contratos de jul/22 e dez/22 registravam médias de ¢ US$ 116,85/lp e ¢ US$ 101,44/lp, nesta ordem. Por fim, cabe destacar que, a curto prazo, ainda não há fatores de alta que possam influenciar nas cotações da fibra, que tendem continuar operando com tendência baixista.
Confira os destaques do boletim:
REDUÇÃO: pautada pela queda dos preços na bolsa de NY, a paridade de dez/23 exibiu baixa de 1,96% em relação à semana passada, cotada na média de R$ 153,54/@.
ALTA: refletindo a demanda mais aquecida pelo subproduto no estado, o preço da torta de algodão disponível apresentou valorização de 1,47% na semana, cotado a R$ 1.370,72/t.
AVANÇO: com a aproximação do fim da semeadura do algodão da safra 22/23 em Mato Grosso, os trabalhos a campo avançaram apenas 3,79 p.p. na semana.
Na última quinta-feira (23/02) o USDA divulgou a primeira estimativa para a safra 23/24 dos EUA
Dessa forma, o USDA projeta que 4,41 milhões de ha sejam destinados ao algodão neste ciclo, recuo de 20,80% quando comparado com o observado na safra 22/23. Cabe destacar que esse declínio é pautado, principalmente, pela desvalorização no preço da fibra, em conjunto com as previsões climáticas que apontam seca no período da semeadura, uma vez que esse fator comprometeu as lavouras na safra passada. Por outro lado, é estimado que sejam colhidos 3,60 milhões de ha da área semeada, 19,61% maior que o do ciclo 22/23, devido a alta taxa de abandono de área na temporada passada. Assim, espera-se uma produção 7,63% superior à da última safra, de 3,44 milhões de t de pluma. No entanto, cabe destacar que as condições climáticas serão determinantes para que esse dado se consolide. Nesse sentido, as previsões do NOAA para os próximos 30 dias já indicam seca na região oeste do país, o que é um ponto de atenção, visto que é a maior região produtora dos EUA.
Fonte: IMEA