O relatório de oferta e demanda da pluma mundial divulgado na última quarta-feira (12/05) pelo USDA trouxe atualização na safra 20/21 e a primeira projeção para a safra 21/22.

O principal ajuste na safra 20/21 está no consumo da pluma na temporada, que reduziu 0,39% em relação ao relatório de abril, devido ao corte na demanda interna da Índia, que, por sua vez, é reflexo das medidas de restrição contra a Covid-19 – limitando a capacidade das indústrias têxteis no país.

Já na primeira perspectiva da safra 21/22, a produção global avançou 5,56% ante a safra 20/21, estimada em 26,00 milhões de toneladas, pautada pelos aumentos na oferta dos EUA, Brasil e Índia.

Já o consumo global ampliou 890 mil t nesta estimativa, ficando aguardado um total de 26,45 milhões de t – ultrapassando a produção esperada para a safra. Por fim, o estoque final recuou 2,32% no comparativo anual, projetado em 19,81 milhões de t – o menor dos últimos dois anos.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Com o declínio do dólar, o preço ImeaMT desvalorizou 5,09% na semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 158,65/@.

• Diante da melhora nas condições climáticas nos EUA, as cotações da bolsa de Nova York para os contratos jul/21 e dez/21 registraram queda de 2,18% e 4,11%, finalizando a um preço médio de ¢US$ 86,37/lp e 82,71/lp, respectivamente.



• Seguindo o mesmo ritmo de queda do dólar e das cotações de NY, as paridades de exportação desvalorizaram 3,53% e 2,99% para os contratos jul/21 e dez/21, respectivamente.

• Os subprodutos continuam em alta em MT e na última semana a valorização foi de +2,59%, +2,68% e +0,13%, para o caroço, torta e óleo, nesta ordem.

Ponto de Equilíbrio:

O planejamento para a próxima safra (21/22) de algodão em Mato Grosso já começou a ser feito e as compras de insumos tendem a se intensificar no próximo semestre. No entanto, o custo de produção vem aumentando desde o mês de dez-20 − primeira projeção do Imea − e em abril, o custo operacional efetivo (COE) alcançou a marca de R$ 12.805,84/ha, avanço de 3,33% no compara-tivo mensal.

Assim, é importante que o produtor esteja atento ao ponto de equilíbrio da pluma e, para que consiga cobrir seu COE, considerando a mesma produtividade da safra 20/21 de 116,20 @/ha, é preciso que negocie a sua produção a uma média de R$ 110,21/@, alta de 4,31% ante a março.

Ao avaliar a paridade de exportação para o contrato dez-22, nota-se que, apesar do impacto altista do dólar nas despesas com insumos, este, aliado às cotações da ICE, também tem dado suporte para a valorização dos preços futuros da pluma, possibilitando cotações acima do ponto de equilíbrio.

Fonte: IMEA

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