O NDVI ou IVDN é uma expressão inglesa que significa Normalized Difference Vegetation Index que traduzindo para o nosso idioma pode ser chamado de Índice de Vegetação por Diferença Normalizada. Esse índice tem ganhado destaque nos últimos anos, sendo objeto de pesquisas e aplicações na agricultura.

Muito utilizado juntamente com o sensoriamento remoto, a tecnologia já vem sendo utilizada há mais de 40 anos, realizando análises da condição da vegetação. Na agricultura de precisão é utilizado para o gerenciamento de plantações, permitindo várias aplicações que resultam na redução de perdas e aumentam a produtividade na lavoura.



Basicamente, o índice utiliza a energia captada e absorvida pelas plantas que possem diversos espectros. Dessa forma, um cálculo é realizado com essas bandas espectrais. Esses espectros são captados por sensores, que na maioria dos casos estão instalados em drones ou satélites.

Entre as suas aplicações na agricultura destacam-se as seguintes:

  • Monitoramento das plantações e culturas;
  • Localização e detecção de pragas;
  • Detecção de secas;
  • Estimativas de produtividade;
  • Mapeamento agrícola;
  • Mapeamento hídrico.

O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada auxilia bastante nos levantamentos de sensoriamento remoto, possibilitando ótimos resultados e permitindo uma combinação de inúmeras fontes de informação. Esses dados utilizados em conjunto representam toda a condição de uma plantação, garantindo controle total sobre ela e com isso ganhos de produtividade.


Leia também: Teor de clorofila e NDVI sob diferentes fontes de nitrogênio em estágio inicial de plantas de milho.


Em trabalho apresentado e publicado nos anais da 62ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Milho & 45ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Sorgo, os autores Drum, M.A.; Vian, A.L.; Bredemeier, C.; Trentin, C.; Silva, J.A.; Giordano, C.P.S e Santos, F.L. utilizaram o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), medido por sensor ativo de vegetação, como ferramenta para realizar a adubação nitrogenada em cobertura na taxa variada em tempo real na cultura do milho.

Esses autores concluíram que a recomendação de adubação nitrogenada no estádio V9, realizada com base nas leituras de NDVI, apresentaram incremento de rendimento de grãos nos tratamentos que demandaram adubação de cobertura. Os resultados dos autores também mostraram que o sensor óptico ativo pode ser utilizado para aplicações de adubação nitrogenada em cobertura em milho em tempo real, com aumento no rendimento de grãos e redução da quantidade de nitrogênio aplicado.

Veja os resultados dos autores abaixo:

Figura 1. Relação entre o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e rendimento de grãos, no estádio V6 da cultura do milho. Eldorado do Sul/RS, 2016.

Fonte: Drum, M.A.; Vian, A.L.; Bredemeier, C.; Trentin, C.; Silva, J.A.; Giordano, C.P.S e Santos, F.L. (2017).

Figura 2. Relação entre o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e rendimento de grãos, no estádio V9 da cultura do milho. Eldorado do Sul/RS, 2016.

Fonte: Drum, M.A.; Vian, A.L.; Bredemeier, C.; Trentin, C.; Silva, J.A.; Giordano, C.P.S e Santos, F.L. (2017).

Figura 3. Relação entre o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e rendimento de grãos, no estádio V10 da cultura do milho (Azul = Adubado pelo sensor, Laranja = não adubado). Eldorado do Sul/RS, 2016.

Fonte: Drum, M.A.; Vian, A.L.; Bredemeier, C.; Trentin, C.; Silva, J.A.; Giordano, C.P.S e Santos, F.L. (2017).

O trabalho completo pode ser acessado nos Anais da 62ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Milho & 45ª Reunião Técnica Anual da Pesquisa do Sorgo.


Leia também: Relação entre análise química de solo e folha com imagens de NDVI (Normalized Difference Vegetation index) na cultura da soja.



Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

2 COMENTÁRIOS

  1. Meu deus a figura 1 não existe relação alguma do NDVI com o rendimento de grãos, esta regressão ajustada não faz sentido algum com R2 de 0,30. O pessoal acha que o NDVI consegue identificar tudo de ruim na cultura, enquanto na verdade ele consegue apenas mostrar (desde que corrigido radiometricamente) se existe alguma coisa contrastante ou não entre o solo e a planta e/ou entre planta – planta, sem especificação alguma do que pode ser esta possível diferença. Se realmente querem trabalhar de maneira correta procurem na literatura sobre sensores hiperespectrais, estes sim podemos inferir especificamente o que está acontecendo nas plantas.

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