O vazio sanitário da soja tem início amanhã, dia 10 de junho, no Paraná. A partir do dia 15 de junho, a medida se estende para outros cinco estados brasileiros: Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. No Brasil, 13 estados e o Distrito Federal adotam o vazio sanitário, estabelecido por meio de normativas estaduais. Confira aqui o calendário completo com os períodos do vazio sanitário no Brasil e no Paraguai.
Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa medida é uma das principais estratégias para o manejo do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática da soja, a mais severa doença que atinge a cultura da soja. O vazio sanitário é o período de, no mínimo, 60 dias em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo. A medida objetiva reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim, atrasar a ocorrência da doença na safra.
De acordo com a pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, o fungo que causa a doença precisa da planta viva de soja para se desenvolver e se multiplicar. “Por isso, é importante que o produtor elimine as plantas de soja guaxa ou voluntária (plantas de soja que nascem espontaneamente) na entressafra para interromper o ciclo de multiplicação do fungo e reduzir a quantidade de esporos presentes no ambiente, retardando o surgimento da doença na safra”, diz Claudine.
O Consórcio Antiferrugem, por meio de um mapa interativo em sua página na internet (www.consorcioantiferrugem.net), registra também na entressafra a identificação de ocorrências de soja guaxa com a doença. Esses focos serão marcados em amarelo, enquanto os registros de ferrugem-asiática, que ocorrerem durante a safra comercial, serão destacados em vermelho.
Ferrugem da soja
O controle da ferrugem-asiática da soja possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra. Além da eliminação de plantas de soja voluntárias durante o vazio sanitário, as estratégias de manejo da ferrugem-asiática incluem: a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada; a utilização de cultivares com genes de resistência; o monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da cultura e a utilização de fungicidas.
Fonte: Embrapa