A comercialização de sementes para o algodão está num ritmo aceitável, em linha com o histórico. Segundo Ricardo Oliveira, gerente de vendas da SLC Sementes, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Fortaleza, as vendas para a soja tiveram um “delay” muito grande. “Mas, para o algodão, está dentro do jogo ainda”, afirma.
Oliveira explica que o beneficiamento da pluma, em geral, foi um pouco mais atrasado em relação a anos anteriores. “Além disso, o Mato Grosso, que responde por 70%/75% da safra de algodão, ainda não começou a plantar a soja”, relata. “Isto pode empurrar o plantio da segunda safra. O solo está seco, não tem previsão de chuvas e está muito calor por lá”, explica.
Além disso, conforme o gerente, o cenário ainda é “nebuloso” para a área a ser plantada com a fibra na safra 2024/25. “Uns falam em aumento de 5%, outros de 8% e de 10%”, exemplifica. “Nem a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) definiu um número ainda”, corrobora.
O entrevistado afirma que os negócios ficaram bem parados nos últimos dez dias, até em função do Congresso Brasileiro, mas que agora voltaram a sair. “A venda de sementes de algodão é muito rápida”, acrescenta.
Cerca de 75% a 80% das vendas da SLC Sementes é destinada para a SLC Agrícola, que é proprietária da marca. “Nós negociamos de 95% a 98% das sementes que eles precisam”, frisa. “Sem contar as vendas para a SLC Agrícola, estamos 20% comprados e 80% em aberto”, finaliza.
Autor/Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News