O verão 2025/26, que começa em 21 de dezembro, será marcado pela influência do fenômeno La Niña, favorecendo a ocorrência de chuvas no Sudeste, Centro-Oeste, Matopiba (região formada pelo estado do Tocantins e partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia) e em áreas da região Norte. A análise da Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, indica que a estação terá condições positivas para o agronegócio, especialmente em relação à umidade do solo e ao desenvolvimento das culturas.

Segundo Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus, a nova estação não deve ser das mais quentes, o que contribui para a redução de estresses térmicos nas lavouras. “Podemos ter momentos isolados de trégua na chuva, com temperatura mais alta, mas os modelos não indicam ondas prolongadas de calor. No geral, a tendência é de temperatura mais moderada ao longo da estação”, explica.

A meteorologista destaca que o comportamento da chuva será o principal fator favorável para o campo. “A expectativa é de precipitação em torno da média histórica em grande parte do Brasil central. Estamos observando um padrão que contribui para episódios persistentes de chuva, com boa reposição hídrica na região central. Isso garante um excelente índice de água disponível no solo para as culturas de verão de milho e soja”, afirma Desirée.

Para o Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, o cenário já foi preocupante, mas como o clima não só depende do Pacífico, outras variáveis têm entrado em cena e, apesar de espaçada, até tem chovido bem. “Enquanto a chuva segue mais concentrada nas áreas mais centrais do país, é natural que ocorra um espaçamento maior entre uma chuva e outra no Sul, porém, sem risco elevado de seca severa na região para este ano”, explica.

Embora o cenário seja amplamente favorável, Desirée alerta que volumes muito altos de chuva em alguns momentos podem trazer desafios operacionais no campo. “Períodos mais prolongados de nebulosidade e chuva volumosa podem dificultar manejos, atrasar colheitas e, em algumas localidades, favorecer o surgimento de doenças associadas ao excesso de umidade. Não há indicativos de algo extremo, mas esses pontos exigem atenção”, ressalta.

A meteorologista destaca que as condições do verão serão determinantes para a próxima etapa do ciclo agrícola. “A distribuição das chuvas agora influencia diretamente o desempenho do milho segunda safra. E, pelo que os modelos mostram, teremos um primeiro semestre com comportamento hídrico dentro da média, o que é muito positivo. Com o Pacífico ainda mais frio no início de 2026, a chuva pode até se prolongar um pouco mais em áreas do Sudeste e Centro-Oeste”, afirma. De acordo com a Nottus, o conjunto de fatores: chuva acima da média, boa umidade no solo e ausência de calor extremo prolongado, cria uma janela especialmente favorável para o desenvolvimento das lavouras de verão e para o planejamento da segunda safra.

Sobre a Nottus

A Nottus é uma empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios. Com equipe altamente qualificada, traduz o grande volume de dados sobre fenômenos climáticos em boletins analíticos claros e objetivos, com informações direcionadas aos interesses de seus clientes. A Nottus avalia e consolida referências dos principais modelos de previsão meteorológica, como os americanos Global Ensemble Forecast System (GEFS), Global Forecast System (GFS) e Climate Forecast System (CFS) e o modelo europeu European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF), e também dados detalhados de monitoramento climático do Brasil para entregar soluções confiáveis e acessíveis ao público, valendo-se de tecnologia de ponta, análise de dados e machine learning, e também do olhar experiente e acurado de seus especialistas.

Fonte: Assessoria de Imprensa Nottus



 

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