As chuvas ocorridas no período contribuíram para melhorar a situação das lavouras no RS. As fases da lavoura são as seguintes: 14% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 24% em enchimento de grãos, 25% maduro e 26% do total já foram colhidos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que corresponde a 10% da área cultivada no Estado, a cultura encontra-se nos seguintes estágios: em fase final de floração (1%), 4% em fase de enchimento de grãos, 38% em maturação e 57% avançando na fase da colheita. As lavouras cultivadas em locais com irrigação também apresentam produtividade inferior à estimada inicialmente. O longo período de temperaturas acima de 30°C, que perduram elevadas durante a noite, provocou redução de rendimento e senescência de folhas.

Já nas áreas de sequeiro, ocorreu maior redução de produtividade e grãos pouco desenvolvidos. O rendimento médio das lavouras alcançou 122 sacos por hectare. Na de Santa Rosa, da área plantada até o momento, 14% encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 2% em enchimento de grãos, 13% em maturação e 71% das lavouras já foram colhidas. As chuvas renovaram as plantas em fase final de formação de espigas. A colheita avançou e evidenciou produtividades de 7.666 quilos por hectare nas lavouras implantadas em agosto, nas quais não houve falta de chuvas durante o ciclo.

Os produtores intensificam a semeadura do milho de segundo plantio em áreas de lavouras já colhidas, com o aproveitamento da umidade do solo. No decorrer da semana, deverá ser ampliada a área plantada, à medida que avança a colheita das lavouras de milho safra, liberando as áreas. A produtividade inicial esperada entre os municípios da região era de 7.666 quilos de milho grão por hectare; porém, a baixa umidade do solo devido à estiagem ocorrida em dezembro/2019 e no início de janeiro/2020 e que atingiu lavouras em plena floração e formação inicial do grão, resultou em produtividade de 7.529 quilos por hectare.

Na de Frederico Westphalen, com 11,9% da área destinada à cultura no Rio Grande do Sul, as lavouras estão nos seguintes estágios: 1% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 10% em enchimento de grãos, 30% em maturação e 55% das
lavouras já foram colhidas.

Os produtores evidenciam perdas de rendimento das lavouras em decorrência do efeito da estiagem, sobretudo naquelas semeadas a partir da segunda quinzena de setembro, quando comparadas com as que foram plantadas até a primeira quinzena. Em geral, o percentual de perdas deverá variar conforme o comportamento do regime de precipitações ao longo do restante do ciclo. Em alguns municípios da região, os produtores continuam solicitando cobertura de Proagro.

Na região de Caxias do Sul, mesmo com o retorno de precipitações e com a redução da temperatura e da radiação solar, as lavouras implantadas mais cedo não demonstram capacidade de recuperação do potencial produtivo da cultura, haja vista a fase reprodutiva já ter encerrado. Já nas tardias, evidencia-se excelente recuperação, tanto no crescimento das plantas quanto na qualidade das folhas e na intensidade da coloração verde.

A regional de Soledade representa 9% da área de milho do Estado. Das lavouras da região, 37% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 14% em enchimento de grãos, 40% em maturação e 5% já foram colhidas. A ocorrência de chuvas regulares nas últimas semanas, embora de volumes variados, encorajou os produtores a intensificarem a semeadura do milho em restevas de lavouras de tabaco, de milho e feijão primeira safra, tanto para grãos como para silagem.

As lavouras implantadas nas últimas semanas têm boa germinação, emergência e estande de plantas; por outro lado, lavouras implantadas em dezembro apresentam falhas de plantas devido à irregularidade das chuvas na fase inicial de desenvolvimento.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, a cultura ocupa 8,2% da área do Estado; das lavouras na região, 15% estão na fase de floração, 80% em enchimento de grãos e 5% já foram colhidas. Tanto a redução no volume das precipitações quanto a distribuição irregular na região geraram perdas na produtividade, especialmente nas lavouras que estavam em floração e em enchimento de grãos, como nas localizadas em Cacique Doble, Santa Cecília do Sul e Ernestina. Ao todo, 456 produtores que tiveram o rendimento das lavouras comprometido solicitaram vistorias a fim de comprovação de perdas para o acesso
ao seguro agrícola.

Na região de Erechim, com 5,7% da área do Estado, o principal estágio é o de enchimento de grãos (80%); as áreas já colhidas chegaram a 15%, cujo rendimento evidencia perdas na produtividade. Produtores solicitam vistorias para comprovação das perdas e acesso ao Proagro.

Na de Bagé, as chuvas ocorridas na região promoveram mudanças no comportamento da cultura. Os produtores aproveitaram esse momento e passaram a realizar os tratos culturais que haviam sido suspensos por falta de condições, fosse de umidade no solo, fosse de umidade relativa do ar. Nos municípios próximos a Bagé, as últimas chuvas registradas ao longo da semana permitiram recuperar parcialmente o estande das lavouras. Mesmo com volumes pouco expressivos de chuvas desde 15 de dezembro, as lavouras de milho implantadas durante novembro apresentam bom aspecto visual, o porte é médio e as plantas responderam eficientemente às aplicações de herbicidas e fertilizantes nitrogenados.

Em São Gabriel, as áreas semeadas estão nas fases de desenvolvimento vegetativo e em floração; as lavouras em fase de enchimento de grãos na época da estiagem foram perdidas. Em Rosário do Sul, a semeadura foi concluída com o retorno da chuva. Os produtores que semearam no cedo realizam a aplicação de herbicida pós-emergente e a segunda aplicação de ureia.

Em São Borja, a colheita está em andamento nas áreas mais do cedo, com produtividades acima dos 100 sacos por hectare. Na regional de Pelotas, 42% da área com a cultura está em desenvolvimento vegetativo, 38% em floração e 20% em enchimento de grãos. A partir de dezembro, quando diminuíram as chuvas, o plantio também foi reduzido; os produtores aguardam as precipitações para retomar os plantios, o que implica em avanços em pequena escala.

Dependo das condições do tempo, os produtores poderão decidir não plantar. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 32% das lavouras estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 20% em enchimento de grão, 19% em maturação e 12% delas já foram colhidas. Das lavouras da primeira safra, 10% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% em floração, 55% em enchimento de grão, 10%
em maturação e 10% das áreas já foram colhidas.

As chuvas que continuam a ocorrer na região têm mantido as condições de umidade do solo favorável para semeadura do segundo plantio de milho. Na regional de Porto Alegre, as chuvas da última semana foram determinantes para atenuar os efeitos da estiagem nas lavouras de milho em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. A estiagem e as altas temperaturas do final do ano, nas fases críticas de desenvolvimento, geraram perdas irreversíveis nas lavouras atingidas. Há casos de perda total.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio ficou em R$ 41,92/sc., com aumento de 2,39% em relação à semana anterior. Na regional de Santa Rosa, o preço médio teve aumento, e foi cotado a R$ 41,88/sc.; em Frederico Westphalen e Bagé, o cereal ficou cotado a R$ 42,00/sc.; na de Pelotas, os preços variaram entre R$ 38,00 a R$ 45,00/sc.; em Ijuí, o preço chegou a R$ 41,50/sc.; em Caxias do Sul, a R$ 42,00/sc.; em Erechim, a R$ 43,00/sc.; em Passo Fundo, a R$ 46,00; em Soledade, o preço chegou a R$ 41,75; em Santa Maria, aumentou para R$ 41,22; e em Porto Alegre, teve ligeira alta, sendo comercializado ao preço médio de R$ 43,00/sc.



Fonte: Emater/RS

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