O plantio da soja no RS chegou em 99% da área prevista para a safra de 5.978.967 hectares. Das lavouras com a cultura, 75% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 22% em floração e 3% na fase de enchimento de grãos.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a implantação das lavouras está efetivada em 94% da área prevista para a safra, e a estimativa de intenção de plantio de 708.555 hectares deverá ser ultrapassada. A cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo em 88% da área, 10% em floração e 2% em enchimento de grãos. Na Fronteira Noroeste, o plantio da safra está concluído, e a implantação da safrinha já iniciou em áreas pós-colheita do milho.

Nas lavouras cultivadas com cultivares superprecoces, foi iniciada a colheita; o microclima que permite antecipar a semeadura em Porto Lucena possibilitou que 5% de área já tenha sido colhida. A produtividade das lavouras alcançou entre 48 e 65 sacos por hectare.

Em geral, as plantas estão sadias, bem nutridas, com boa nodulação; os produtores seguem realizando aplicação de herbicidas e iniciam os tratamentos preventivos de fungicidas no turno da manhã, que apresenta as condições mais adequadas. Em lavouras com solos pouco profundos, o déficit hídrico associado às temperaturas elevadas e à baixa umidade do ar tem provocado a murcha das plantas. Em alguns casos, ocorre inclusive a morte de plantas.

Na de Ijuí, 91% da área com a cultura está na fase de desenvolvimento vegetativo, 9% em floração e 1% em enchimento de grãos. As lavouras da região Celeiro, localizada ao Norte, seguem com desenvolvimento satisfatório. Já nas dos Coredes Noroeste Colonial e Alto Jacuí, a falta de chuvas tem comprometido o desenvolvimento normal da cultura. Os produtores realizam aplicações de fungicidas e inseticidas preventivamente. As lavouras apresentam boa sanidade.

Na de Soledade, a semeadura da cultura ainda não foi concluída; 89% da área está na fase de desenvolvimento vegetativo, 10% em florescimento e 1% em enchimento de grãos. Em geral, em relação às condições de desenvolvimento das lavouras, o quadro é variado. Nas últimas semanas, as lavouras que receberam volumes maiores de chuvas apresentam melhor desempenho, como é o caso da maior parte da região do Alto da Serra do Botucaraí, CentroSerra e parte do Baixo Vale do Rio Pardo.

Em Rio Pardo, Pantano Grande e Encruzilhada do Sul, em muitas lavouras semeadas em dezembro e em áreas ressemeadas nessa época, há falhas de germinação e emergência com mortes de plântulas devido ao solo seco. Nas lavouras do cedo, o crescimento e o desenvolvimento têm se mostrado abaixo do normal para essa época do ano. Não tem havido registros de incidência de pragas e moléstias.



Na de Erechim, 70% das lavouras de soja estão em desenvolvimento vegetativo e 30% em floração. Aquelas em fase de floração se ressentem mais com a estiagem, implicando em ampliação das perdas. Os produtores realizam os tratamentos fitossanitários.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 60% das lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, 35% em floração e 5% em enchimento de grãos. A falta de chuva dos últimos dias está prejudicando o desenvolvimento da cultura, principalmente das variedades de ciclo precoce semeadas em outubro.

Apesar de ainda não ser possível mensurar, estima-se uma redução no potencial produtivo de até 10%, o que poderá se agravar significativamente caso não ocorram chuvas nos próximos dias. Os produtores estão efetuando controle de doenças fúngicas e de pragas, com dificuldade para a realização das pulverizações diante das temperaturas elevadas, da baixa umidade do ar e pelas condições de estresse hídrico nas plantas.

Na de Passo Fundo, a área de soja está totalmente implantada; das lavouras, 89% delas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 10% em florescimento e 1% em enchimento de grãos. A redução das precipitações associada às altas temperaturas não tem contribuído para o pleno crescimento da cultura, acarretando em menor estatura de plantas. Os produtores seguem no controle de ervas invasoras, de lagartas e procedem as primeiras aplicações para doenças fúngicas.

Na de Bagé, em Hulha Negra e Bagé o plantio foi finalizado, enquanto que em Caçapava do Sul e São Gabriel foi suspenso por falta de umidade do solo. Nas áreas de soja em que não houve germinação ou onde houve mortalidade de plântulas, foram realizados replantios em lavouras cujas condições de umidade do solo eram favoráveis. Em geral, nas lavouras que estão sob estresse hídrico, o estande está desuniforme.

As cultivares de ciclo precoce estabelecidas na primeira semana de novembro estão em fase inicial de floração, sendo alvo de maior preocupação dos produtores com relação à falta de chuvas, que pode resultar em aborto de flores e porte final das plantas abaixo do ideal. O aspecto visual das lavouras de soja em geral ainda é satisfatório.



Não houve indícios de sintomas de doenças nas lavouras até o momento. Em relação à incidência de insetos, foram registrados apenas ataques esporádicos de lagartas e de broca-das-axilas.

Na região de Pelotas, a cultura da soja encontra-se predominantemente na fase de emergência e desenvolvimento vegetativo (75%); os outros 25% estão em início de florescimento. As precipitações esparsas e distribuídas irregularmente na região recompuseram a umidade dos solos, mas redundaram em desenvolvimento desuniforme entre as lavouras.

Na de Porto Alegre, até o período foram plantados 103.999 hectares, que correspondem a 91% da área prevista para essa safra de soja. O plantio está paralisado em decorrência da falta de chuva. Nas áreas semeadas, as lavouras tiveram problemas de germinação, originando desuniformidade e muitas áreas falhadas.

A falta de chuva na região fez com que alguns produtores retardassem o plantio, enquanto outros se dedicaram a replantar áreas onde houve problemas de germinação em função da estiagem. A combinação entre a falta de umidade e as altas temperaturas prejudica as práticas culturais da soja e interfere nas mesmas.

Na de Caxias do Sul, as lavouras instaladas tardiamente em dezembro face à reduzida umidade dos solos são as que mais vêm se ressentindo do déficit hídrico; por outro lado, são as mais beneficiadas com as precipitações ocorridas, em virtude de se encontrarem no estágio de fixação das plantas – enraizamento. De maneira geral, a cultura não deverá sofrer perdas significativas, no caso de as condições climáticas retornarem à normalidade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 95% das lavouras implantadas estão em germinação/desenvolvimento vegetativo, 4% em fase de floração e 1% em fase de enchimento de grão. As lavouras de soja, onde houve problemas de germinação e/ou morte de plântulas e que foram replantadas, tendem à desuniformidade no estande de plantas e, consequentemente, sinalizam para uma redução do potencial produtivo.

Em Cachoeira do Sul, por exemplo, foram replantados oito mil hectares de um total de 105 mil hectares semeados. As lavouras mais afetadas pelo déficit hídrico são aquelas que se encontram em floração e enchimento de grãos, cuja demanda por água é bem maior, equivalente ao dobro do volume necessário durante o desenvolvimento vegetativo.

Mercado (saca de 60 quilos) 

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 78,04/sc., com redução de 0,86% em relação à semana anterior. Na região de Passo Fundo, a oleaginosa foi comercializada a R$ 78,00 e na de Santa Maria a R$ 77,44. Em Santa Rosa, o preço foi cotado a R$ 74,00.

Na região de Bagé, oscilou entre R$ 69,00 e R$ 80,00. Na de Ijuí, o preço foi de R$ 75,73. Em Soledade, os preços variaram entre R$ 76,50 e R$ 81,00; em Porto Alegre, variou entre R$ 78,00 e R$ 83,00; em Erechim, entre R$ 79,00 e R$ 81,00; na região de Frederico Westphalen, a cotação atingiu R$ 77,00; na de Caxias do Sul, R$ 78,00 e na de Pelotas, os preços mantiveram-se entre R$ 80,00 e R$ 84,50/sc.

Fonte: Emater/RS

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