FECHAMENTOS DO DIA 07/10: O contrato de dezembro22 do trigo brando SRW de Chicago em leve alta de 0,48% ou $ 4,25 cents/bushel a $ 883,25; para dezembro de 2023, que interessa aos produtores/exportadores brasileiros, o contrato fechou em alta de 0,56% ou $ 5,0 cents/bushel a $ 898,25; o contrato do trigo duro HRW de Kansas para dezembro fechou em alta de 0,73% ou 7,0 cents/bushel a $ 972,0; a cotação de dezembro do trigo de primavera HRS de Minneapolis fechou em alta de 0,57% ou $ 5,50 cents/bushel a $ 968,0 e a cotação de dezembro do trigo para moagem da Euronext de Paris fechou em alta de 0,87% ou $ 2,75 euros/t a 347,75 euros. Veja os fechamentos das bolsas da Argentina, Londres e da Austrália nas tabelas 11 e 16 abaixo.
CAUSAS DA ALTA: O mercado foi influenciado em parte por incertezas quanto ao futuro do corredor de exportação de grãos ucranianos no Mar Negro: “Enquarto permanecer a incerteza sore se o corredor marítimo de exportação negociado com a Rússia será esendido para além de novembro, as preocupações com a oferta devem persisitir”, afirmou o Commerzbank.
ESTIMATIVAS PRÉ-WASDE: Sobre o relatório WASDE na quarta-feira, os analistas esperam que o USDA reduza a entrega de trigo em 22/23 em 47,5 mbu para 562. Isso vem através de amplas expectativas de 477 na extremidade inferior para 637 na extremidade superior. Os estoques globais de trigo têm um intervalo esperado mais apertado de 8 MMT, de 262,6 MMT a 270 MMT, com a média das estimativas para um corte de 700k MT para 267,9.
COMMERZBANK: APESAR DE AUMENTO NAS EXPORTAÇÕES, PERSISTE INCERTEZA SOBRE CORREDOR DE GRÃOS: Cerca de 7 milhões de toneladas de produtos agrícolas foram exportados em setembro pela Ucrânia, um aumento mensal de 41%, disse em relatório o banco alemão Commerzbank, citando o ministro da infraestrutura do país.
Segundo os analistas do banco, Thu Lan Nguyen e Carsten Fritsch, as exportações foram ligeiramente superiores às estimativas do Ministério da Política Agrária e Alimentação, de entre 5 milhões e 6 milhões de toneladas por mês, a média antes da guerra. No entanto, os analistas ressaltam que os números oferecem pouco conforto ao mercado de grãos. “Afinal, enquanto permanecer a incerteza sobre se o corredor marítimo de exportação negociado com a Rússia será estendido para além de novembro, as preocupações com a oferta devem persistir”, destacaram os analistas. Eles também observaram que, de acordo com um assessor do presidente da Ucrânia, as negociações têm se mostrado difíceis até agora.
Ontem, a consultoria russa SovEcon disse ter diminuído substancialmente a inspeção de navios com grãos no Estreito de Bósforo, que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara e marca o limite dos continentes asiático e europeu na Turquia. Em agosto e na primeira quinzena de setembro, os navios normalmente passavam na inspeção em Bósforo dentro de cinco e seis dias após deixarem os terminais de Odessa com os alimentos exportados pela Ucrânia. No entanto, desde o fim de setembro, esse prazo começou a subir para entre 10 e 15 dias. Anteriormente, os presidentes da Rússia e da Turquia já haviam expressado críticas ao tratado. (AE).
NÍVEL DE TENSÃO NA UCRÂNIA É ELEVADO: RÚSSIA PREPARA SOCIEDADE PARA POSSÍVEL USO DE ARMAS: Autoridades russas estão preparando a sociedade para um possível uso de armas nucleares, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em entrevista à BBC. Ele classificou a movimentação da Rússia como “perigosa”, acrescentando que “não acredita” que o país esteja pronto para usá-las. “Eles começam a se comunicar.
Eles não sabem se vão usar ou não. Acho perigoso até mesmo falar sobre isso”, disse. O ato de Putin, de anexar Lugansk e Donetsk à Rússia, levantou temores sobre uma possível escalada na guerra. Assim como o presidente russo, outros funcionários de alto escalão já sugeriram que armas nucleares poderiam ser usadas para defender essas áreas, embora autoridades ocidentais digam que não há evidências de que Moscou esteja preparada para fazê-lo. Segundo o presidente dos EUA, Joe Biden, pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, durante a Guerra Fria, “temos a ameaça de uma arma nuclear ser utilizada”.
UCRÂNIA CONCLUI COLHEITA DE TRIGO COM PRODUÇÃO DE 19,2 MILHÕES DE T: A Ucrânia concluiu a colheita de trigo 2022, com produção de 19,2 milhões de toneladas, disse o Ministério da Agricultura do país nesta sexta-feira. A área colhida foi de 4,7 milhões de hectares, com rendimento médio de 4,1 toneladas por hectare. Em 2021, o país colheu 32,2 milhões de toneladas de trigo. (AE).
AUSTRÁLIA/ARGENTINA/BRASIL/FRANÇA: A Associação da Indústria de Grãos da Austrália Ocidental espera que a produção de trigo atinja 12,1 MMT, acima da estimativa anterior de 10,75 MMT. A Argentina perdeu a maior parte das chuvas recentes, levando a BCBA a reduzir a previsão da safra de trigo para 17,5 MMT de 20,5 MMT relatados em maio. O vizinho importador líquido, o Brasil, por outro lado, recebeu muita chuva, levantando preocupações de qualidade para sua safra doméstica. O plantio de trigo francês atingiu 3% da área prevista até 3/10.
BSBIOS E COTRIBÁ FECHAM PARCERIA PARA FORNECIMENTO DO CEREAL PARA PRODUÇÃO DE ETANOL: A BSBIOS e a cooperativa Cotribá formalizaram acordo de cooperação técnica comercial para estabelecer ações que contribuirão para o fornecimento de trigo para projeto de produção de etanol a partir de cereais de inverno.
A cooperação busca estabelecer ações de forma conjunta para a multiplicação de sementes na safra de 2023 e para fomento da cultura do trigo a partir de variedades comerciais da BSBIOS na safra de 2024. “É uma oportunidade viável de renda para a cultura de cereais de inverno e os resultados desta parceria trarão benefícios diretos à cadeia produtiva do trigo, permitindo agregação de valor aos cereais de inverno para fins de produção de biocombustíveis, bem como para fortalecer o mercado tritícola e subprodutos”, disse o presidente da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, em nota.
A Cotribá é parceira da BSBIOS em fornecimento de matéria-prima desde o começo da empresa. “Nossos profissionais técnicos já estão conscientizados de que esta é mais uma opção e um caminho importante para a triticultura de nosso Estado”, disse o presidente da Cotribá, Celso Krug. (AE)
Fonte: T&F Agroeconômica