Para a boa produtividade de uma lavoura, é fundamental oferecer condições adequadas ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Dentre os fatores que afetam essas condições estão a incidência de pragas, doenças e a competição com plantas daninhas.

No cultivo da soja RR, algumas plantas daninhas vem se destacando por apresentar difícil controle e manejo devido à alta dispersão de sementes, elevada propagação e tolerância a alguns herbicidas. Dentre as espécies se destacam a Buva (Conyza sp.), o Capim-amargoso (Digitaria insularis) e a Trapoeraba (Commelina benghalensis).

Em vídeo, o professor da Universidade Federal do Paraná e integrante do Grupo Supra Pesquisas Alfredo Albrecht, destaca a Trapoeraba como a “terceira planta daninha mais preocupante no cultivo da soja”, principalmente a espécie Commelina benghalensis (figura 1).

Figura 1. Commelina benghalensis.

Commelina benghalensis (trapoeraba).

Segundo Alfredo, uma dos fatos de dificultam o controle da Trapoeraba é sua alta taxa de propagação, fato este beneficiado pela produção de sementes subterrâneas e da parte aérea da planta, conferindo a planta mais de uma forma de propagação e dificultando seu manejo.

Figura 2. Inflorescência de Commelina benghalensis.

Foto: POPOVIKIN (2013).

Figura 3. Sementes subterrâneas de Commelina benghalensis.

Fonte: Lavoura 10.

Além disso, o professor Albrecht comenta a dificuldade de controle químico da Trapoeraba, fato conferido pela tolerância da cultura ao glifosato, principal herbicida utilizado no manejo de plantas daninhas em cultivos de soja RR.

O fato também é observado por ROCHA et al. (2007), que avaliou a o efeito de herbicidas sobre o controle de espécies de Trapoeraba e verificou que para a Commelina benghalensis, o glifosato utilizado de forma isolada não conferiu efeito satisfatório no controle da planta daninha (tabela 1).

Tabela 1. Efeito de diferentes herbicidas sobre Commelina benghalensis aplicados em pós-emergência tardia.

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste t 10% de probabilidade.
1/Carfentrazone = carfentrazone – ethyl.
Adaptado: ROCHA et al. (2007).

Veja aqui estratégias de controle para a Trapoeraba


Confira o vídeo abaixo onde o Professor Alfredo Albrecht aborta o tema.


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Referências:

ROCHA, D. C. et al. EFEITO DE HERBICIDAS SOBRE QUATRO ESPÉCIES DE TRAPOERABA. Planta Daninha,Viçosa, v. 25, n. 2, p. 359-364, 2007.

SOUZA, F. H. D; ALVES, E; FUSHITA, A. T. TRAPOERABA: PROBLEMA PARA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES DE CAPIM. Embrapa, Comunicado Técnico, n. 48, fev. 2004.

Redação:  Maurício Siqueira dos Santos – Eng. Agrônomo, equipe Mais Soja.

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