O aumento da demanda de fora do Rio Grande do Sul está sendo contrabalanceada pela ausência da demanda dos moinhos gaúchos, que estão relativamente bem abastecidos (um pouco por demanda reduzida, outro, por estoques), que conhecem o território e monitoram as disponibilidades locais, mas não compram.

O efeito é a queda nos preços, mostrada no gráfico acima. Pressionados pelas compras de trigo gaúcho, que chegam competitivos ao estado, os preços médios do trigo no Paraná, segundo a pesquisa do Indicador Cepea, caíram 0,28%, nesta terça-feira, para R$ 831,90/tonelada, contra R$ 834,24/t do dia anterior. Com isto, o acumulado de outubro reduziu para positivos 0,12%, contra 0,17% do dia anterior.

A mesma pesquisa registrou fortíssima queda de 4,89%, contra queda de 0,69%, anterior, nos preços do trigo do RS, para o patamar médio de R$ 758,21/t, contra R$ 797,09/t do dia anterior, praticamente dobrando as perdas de outubro para negativos 10,13% (5,52% anterior).

O mercado físico, no Rio Grande do Sul, preços se firmando em R$ 680,00/t para o já colhido (contra R$ 670,00 anterior) e R$ 650,00 para novembro. Exportação subiu 10 reais/t para R$ 740,00 no porto. Toda a atenção dos agricultores está em tirar o que está pronto das lavouras, antes das chuvas. Por enquanto danos zero e qualidade muito boa. Moinhos locais, em geral, fora de mercado.

O mercado físico, no Paraná, a briga é pelo frete. Os vendedores querem R$ 830/850 FOB, dependendo da localização e os (poucos) compradores (presentes no mercado) oferecem R$ 850,00 CIF, pagamento curto e R$ 880,00 para final do mês. Choveu de 2 a 15 mm no Centro Sul do estado, tempo fechado o dia todo e tem chuva para amanhã e quinta, mas a temperatura sobe, produtor não está nem um pouco preocupado com o trigo, estavam mais muitos preocupados com a seca.

Os preços de exportação para o trigo brasileiro em dezembro estão ao redor de US$ 172,74, liquidando no interior R$ 34,47/saca. A estimativa é que já foram negociadas ao redor de 40.000 toneladas de trigo para exportação no RS. Com relação às importações, o trigo argentino com 11,5% chegaria aos moinhos do Rio Grande do Sul e do Paraná, por via marítima (portos de Rio Grande e Paranaguá), ao redor de R$ 1.157,97 em outubro, R$ 982,87 em Novembro, R$ 926,05 em Dezembro, R$ 935,54 em Janeiro e R$ 1004,64 em Março.

Por via fluvial (desembarcadouro em Foz do Iguaçú) chegaria aos moinhos do Oeste do PR ao redor de R$ 1.132,96/tonelada, spot. Para os moinhos de São Paulo, o trigo argentino chegaria via marítima a R$ 1.193,13/t, abaixo do trigo americano com TEC, que chegaria a R$ 1.314,61/t.

Para Salvador o trigo americano com TEC chegaria a R$1.252,13/t e o argentino a R$ 1.193,13/t. Em Fortaleza o trigo americano com TEC chegaria a R$ 1.252,13/t e o trigo argentino a R$ 1.143,21/t.

Fonte: T&F Agroeconômica


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