A paridade de exportação do milho em MT para o contrato de jul/19 fechou abr/19 a R$ 18,69/sc, exibindo baixa de 1,48% em relação ao final do mês de mar/19. Tal recuo se deu pela queda nas cotações da CME-Group (jul/19) de 1,02%, em reflexo das melhores perspectivas para a semeadura norte-americana naquele momento.
Por outro lado, esta visão mais otimista vem se alterando já no início de maio, em decorrência das previsões de chuvas que podem continuar atrasando a semeadura do cereal.
Em relação ao dólar corrente, este fechou o mês com recuperação de 1,25%, sobretudo, pelas indefinições quanto à reforma da previdência, o que impediu uma queda mais acentuada da paridade.
Dessa forma, para este próximo mês, é importante continuar atento quanto às oscilações do dólar e a evolução da safra dos EUA, visto que qualquer alteração climática pode trazer impactos na bolsa de Chicago e consequentemente refletir na paridade do cereal mato-grossense.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço do cereal mato-grossense fechou a última semana com recuperação de 2,24%, ficando cotado a R$ 23,26/sc, ainda em decorrência da menor oferta disponível no estado.
• Devido à pressão da entrada de milho na primeira safra do país, a bolsa B3 encerrou a semana com queda de 2,86% e média de R$ 30,91/sc para o contrato de jul/19.
• O dólar corrente finalizou a semana com recuperação de 0,09% e cotação média de R$ 3,95/US$. O cenário foi marcado, principalmente, pelas instabilidades com a reforma da previdência.
• A relação frete/milho exibiu alta nesta semana de 3,93 p.p., em consequência do aumento no preço do frete de grãos na rota Sorriso – Santos.
PRÓXIMO DA COLHEITA:
A safra 18/19 do milho em MT está em pleno desenvolvimento e, de acordo com estimativa do Imea, 100% das lavouras já passaram pela fase de pendoamento, enquanto que, até o fim desta semana (03/mai), é previsto que 74,2% estejam em período de enchimento do grão.
Em vista de que essas fases são afetadas, sobretudo, pela disponibilidade de água, é importante analisar a consolidação climática das regiões produtoras até o momento.
Nesse sentido, segundo a Somar, grande parte das regiões apresentaram no acumulado de jan/19 a abr/19 volumes pluviométricos acima dos que foram vistos na média dos últimos três anos, o que pode ser satisfatório para a definição da produtividade mato-grossense.
Ademais, em consequência do adiantamento da semeadura, é previsto que 29,8% das lavouras passem pela fase de maturação no fim desta semana, possibilitando que as primeiras lavouras já estejam aptas para a colheita no estado nos próximos dias.
Fonte: IMEA