SUBPRODUTOS EM QUEDA

Em Mato Grosso os preços dos subprodutos do algodão seguem apresentando desvalorizações. Dessa forma, no comparativo semanal, as cotações do caroço disponível e da torta exibiram queda de 1,63% e 1,50%, cotados na média de R$ 1.261,82/t e R$ 1.350,98/t, respectivamente. Ademais, o preço do caroço disponível está 16,38% menor do que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Esse cenário de queda tem sido sustentado pela maior oferta do subproduto no mercado, visto que a produção do caroço exibiu incremento de 12,97% na safra 21/22 ante a 20/21. Além disso, há relatos de diminuição na demanda pelos subprodutos, o que contribuiu para o cenário de declínio nos preços. Por fim, com a temporada de entressafra, a expectativa é de que nas próximas semanas os preços apresentem tendência altista, como sazonalmente é observado neste período.

Confira os destaques do boletim:

QUEDA: devido à maior entrada de moeda estrangeira no país por conta do diferencial de juros entre Brasil e EUA, o dólar corrente exibiu baixa de 0,90% em relação à semana passada.

ALTA: com as vendas de exportação dos EUA mostrando uma maior demanda pela fibra, o contrato de jul/23 apresentou incremento de 3,30% no comparativo semanal.

VALORIZAÇÃO: influenciada pelos preços mais valorizados na bolsa de NY, a paridade de
jul/23 exibiu alta de 2,27% na média semanal, cotada a R$ 158,67/@.

A semeadura do algodão em Mato Grosso avançou 22,34 p.p. na semana passada.

Sendo assim, até a última sexta-feira (27/01), 47,81% da área total estimada para a safra 22/23 no estado já havia sido semeada. Ainda assim, é importante destacar que o total está 21,32 p.p. atrás do registrado no mesmo período da safra 21/22. Esse cenário de atraso é resultado dos registros de chuvas nas principais regiões produtoras, que seguem comprometendo a colheita da soja. Desse modo, a janela de semeadura é um ponto de atenção aos cotonicultores, pois o período ideal vai até dia 31/01. Cabe destacar que o período da “janela ideal” é definido de acordo com as condições climáticas, uma vez que o estado começa a apresentar redução hídrica a partir de maio. Por fim, para os próximos dias a intensificação da colheita da soja será determinante para que mais áreas do algodão sejam semeadas dentro da janela, no entanto, de acordo com o NOAA, há previsões de chuvas no estado até fevereiro, o que pode comprometer o avanço dos trabalhos nas lavouras.

Fonte: Boletim Semanal n° 659 – Algodão – IMEA



 

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