Fatores de alta
- Neve sobre os campos de soja no norte dos EUA;
- Informe mensal do USDA, que reduziu os estoques;
- Expectativa de acordo comercial EUA-China, a ser confirmado com compras (que ainda não aconteceram)
Fatores de baixa
- Tomadas de lucro dos Fundos:
Os primeiros relatórios da colheita dos produtores americanos mostraram rendimentos abaixo das expectativas e espera-se que sejam mais baixos quando a colheita começar nos campos que foram semeados mais tarde. Além disso, as tempestades de inverno no centro-oeste podem ameaçar essas culturas. Havia sinais da China, comprando soja abundantemente durante a quinzena e dos EUA de que é possível assinar um primeiro acordo que incluiria produtos agrícolas.
Entretanto, os chineses não falam de nenhum acordo, porque querem que as tarifas impostas sejam eliminadas antes de o acordo ser assinado. É por isso que a assinatura não foi realizada ainda e nós já sabemos da frente e para trás que temos visto durante o desenvolvimento do conflito entre os dois países. A verdade é que a China tem comprado não só soja, mas também trigo americano, então, vamos ver.
Enquanto isso, o departamento de agricultura dos EUA (USDA) em seu relatório de oferta e demanda mensal forneceu outra ajuda, reduzindo a sua estimativa de rendimento médio, produção e estoques finais abaixo do que o mercado esperava. Na América do Sul, os produtores brasileiros plantaram 9,5% da área esperada na safra 2019/20, em comparação com 21,1% no ano passado e uma média de 12,4% nas últimas cinco temporadas, informou a consultoria ARC Mercosul.
Como se pode ver, todas as notícias são de alta para a soja. Dito isto, não fique excitado, porque se não há acordo, tudo pode voltar atrás. É melhor cobrir no mercado de futuros, acho que já dissemos antes, aproveitando os bons prêmios e as cotações de Chicago que proporcionam um lucro (limpo, depois de pagas todas as despesas), no Brasil ao redor de 16%, o que é quase quatro vezes mais do que o rendimento anual da Poupança (mas, reaplicado no seu negócio, rende muito mais).
CHICAGO: Exportação semanal menor limitou o avanço das cotações
Os Futuros de soja fecharam em alta de 2,75 /bushel, nesta sexta-feira. O contrato de novembro fechou a $ 934,00 cents/bushel (contra $ 931,75 da sessão anterior), com máxima de $ 938,75 (940,75) e com mínima de $ 930,75 (927,50). O farelo de soja de dezembro fechou em alta de US$ 1,7/tonelada curta a $ 308,50 (306,80). O óleo de soja, porém, fechou em queda de 3 pontos, com o contrato de dezembro a $ 30,36 (30,39).
O relatório semanal de vendas de exportação do USDA apontou que as vendas de soja ficaram 13,5% abaixo em comparação com a semana anterior, mas estavam no topo das estimativas do mercado, com 1.600 MMT para a semana que terminou em 10/10. As exportações de farelo de soja ficaram abaixo das expectativas de mercado, com 152.939 MT. As exportações de óleo de soja alcançaram 3.952 MT.
De qualquer forma, a ausência de notícias firmes relacionadas às negociações entre a China e os EUA limitou o avanço dos preços.
Fonte: T&F Agroeconômica