O mercado brasileiro de arroz encerra a penúltima semana de março com preços firmes. Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, o cereal busca suporte na alta do dólar e na Bolsa de Mercadorias de Chicago. “A procura pelo cereal disparou no mercado interno com o alastramento do coronavírus, com as pessoas correndo ao supermercado para garantir os itens básicos de alimentação, como arroz, feijão e massas”, exemplifica.
Conforme o analista, a indústria de beneficiamento fala em um aumento de 50% na procura pelo varejo como reflexo da covid-19. “Além disso, com o valor do dólar elevado, quem consegue exportar, encontra preços atrativos”, completa.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a indicação de preço ficou em R$ 50,77 por saca de 50 quilos no dia 26. Na semana, houve alta de 2,73%. Em 30 dias, há elevação de 1,90%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a diferença é de 29,54% para cima.
De acordo com o novo levantamento realizado por SAFRAS & Mercado, divulgado nesta sexta-feira, a área a ser plantada com arroz no Brasil na temporada 2019/20 está estimada em 1,697 milhão de hectares, o que representa um decréscimo de 4,5% em relação à da safra anterior. No levantamento anterior, eram esperados 1,717 milhão de hectares.
O potencial de produção brasileiro é de 10,535 milhão de toneladas, 1,5% superior às 10,380 milhões de toneladas da safra 2018/19. No levantamento anterior, eram projetadas 10,760 milhões de toneladas.
Fonte: Agência SAFRAS