A U.S. Wheat Associates, empresa sem fins lucrativos dedicada à promoção do trigo dos Estados Unidos, ambiciona que o produto de seu país responda por 10% das importações brasileiras. O diretor regional da entidade na América do Sul, Miguel Galdós, que concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS, não projetou um prazo para a meta.

Segundo ele, na média dos últimos três anos, o Brasil importou cerca de 400 mil toneladas ao ano dos EUA. Com a queda dos preços norte-americanos a níveis pré-guerra, somada à isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) até o fim do ano, a entidade vê uma oportunidade no mercado brasileiro.

“Há dois anos, o Brasil foi nosso principal cliente na América do Sul, quando comprou 800 mil toneladas. A retração dos preços deu competitividade ao nosso produto, em especial no Norte e no Nordeste do Brasil”, Galdós disse ter conhecimento de que o Brasil comprou mais de cinco barcos – algo entre 120 e 150 mil toneladas – de trigo estadunidense para o segundo semestre deste ano.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil é o décimo maior importador do trigo estadunidense. Para o atual ano comercial, iniciado em junho, estão previstas 173,5 mil toneladas.

O Brasil deve importar, conforme estimativas da U.S. Wheat, mais de 500 mil toneladas de trigo de fora do Mercosul neste ano comercial. “A participação do produto dos EUA depende de muitos fatores; entre eles, a nova safra brasileira, que começa a ser colhida no final de agosto.

Qualidade do produto

Galdós enalteceu a qualidade do trigo dos Estados Unidos. “Nosso produto tem qualificação conhecida e permite aos moinhos brasileiros a utilização de mesclas para diferentes tipos de produtos. Também estamos dispostos a colaborar com suporte técnico”, disse.

A U.S. Wheat, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) e a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) oferece uma certificação de padaria profissional no Brasil. Conforme Galdós, são aproximadamente 1,5 mil profissionais registrados; alguns deles já terminaram a certificação. A ação visa “entregar capacitação gratuita a todos os padeiros do Brasil”.

Fonte: Agência SAFRAS

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