Por Argemiro Luís Brum

As cotações do trigo, em Chicago, subiram nesta primeira semana de dezembro, com o bushel do cereal, para o primeiro mês, fechando a quinta-feira (04) em US$ 5,41, contra US$ 5,31 uma semana antes. A média de novembro ficou em US$ 5,35, com aumento de 4,7% sobre a média de outubro. Destacando que a média de novembro de 2024 foi de US$ 5,52/bushel.

Dito isso, após os EUA anunciarem um aumento na sua produção de trigo, safra 2025/26, com a mesma passando a 54 milhões de toneladas, agora é a vez da Austrália elevar sua estimativa de produção para 35,6 milhões de toneladas, se somando a grande oferta mundial, atualmente prevista em 828,9 milhões de toneladas, contra 800,8 milhões no ano comercial anterior. No caso da Austrália, a produção de trigo deve ficar 4% acima do registrado no ano passado, 29% acima da média de 10 anos e a terceira maior da história (cf. Abares).

E na Argentina, a cada semana que passa as estimativas para a nova safra de trigo aumentam. Agora, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires indica uma produção final recorde de 25,5 milhões de toneladas, devendo superar de longe o recorde anterior de 22,4 milhões alcançado em 2021/22. Com isso, haverá ainda mais trigo argentino para exportar ao Brasil.

E aqui em nosso país o preço do cereal no Rio Grande do Sul voltou a baixar, neste início de dezembro, com as principais praças praticando valores entre R$ 54,00 e R$ 55,00/saco, enquanto no Paraná o produto se manteve entre R$ 64,00 e R$ 66,00/saco. Um ano atrás, os valores pagos aos produtores, nas principais praças gaúchas, eram de R$ 66,00 a R$ 67,00/saco e no Paraná ficavam entre R$ 72,00 e R$ 73,00/saco.

O mercado brasileiro está muito atento à colheita na Argentina e a perspectiva desta safra recorde que indicamos anteriormente. Em 27/11 a colheita no vizinho país atingia a 33,9% da área semeada.

Além disso, a nova valorização do Real, na semana, favorece às importações. Dito isso, a média de novembro, no Rio Grande do Sul, foi de R$ 1.044,82/tonelada FOB, com recuo de 8,2% em relação a outubro/25, e de 17,1% em relação a novembro/24, sendo a menor desde fevereiro/18 (as comparações são em termos reais). Já no Paraná, a média foi de R$ 1.196,69/tonelada, em novembro, com baixa mensal de 1,6% e anual de 15,9%, sendo ela a mais baixa desde outubro/23 (cf. Cepea).

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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