Fatores de Alta
- Segundo os analistas da T&F Agroeconomica, a alta do dólar: Alguém tem alguma dúvida de que o dólar vai continuar firme em 2021 e 2022, com as disputas eleitorais ganhando cada vez mais intensidade e causando dúvidas sobre a condução do país? O diretor da consultoria inglesa Capital Economics, William Jackson acredita que o dólar feche 2021 a R$ 5,50 e feche 2022 a R$ 5,75 e nós concordamos com ele. Isto deverá manter elevados os preços da soja durante todo o período;
- Forte atuação da China, que voltou com apetite para comprar soja brasileira para o período fevereiro-julho e soja americana para o segundo semestre de 2021. Além disto, os chineses devem comprar mais carne brasileira, o que também deverá elevar a demanda interna por farelo. E a programação B23 deverá aumentar gradativamente a demanda por óleo de soja no Brasil, completando o quadro;
- Atraso na colheita brasileira: a colheita, que normalmente deveria começar em janeiro, está atrasada em um mês, elevando a demanda para os portos americanos em janeiro e fevereiro e as cotações em Chicago com ela;
- Redução na safra argentina: nesta semana a BCBA reduziu a produção para 46 milhões de toneladas, contra 51 MT produzidas no ano passado;
- Posicionamento comprador dos Fundos, se bem que se deve estar preparado para um recuo momentâneo nas cotações quando de suas tomadas de lucro.
Fatores de Baixa
- Chuvas na América do Sul: as recentes chuvas abundantes em algumas áreas importantes do plantio d soja, como o Oeste brasileiro, por exemplo, pode melhorar a produtividade das lavouras na sua reta final de formação de grãos;
- Início da colheita na América do Sul: o início da colheita sempre pressiona os preços em qualquer lugar do mundo;
- O nível elevado dos preços, que torna cada vez mais difícil a absorção por certos setores do consumo de óleo e farelo, no Brasil e no Mundo.
Conclusão:
Para os analistas da consultoria, para normalizar o abastecimento, o Brasil precisaria aumentar 1,15 Mha/ano ou 4,0 Mt/ano até 2030 Para regular novamente o abastecimento brasileiro e colaborar no âmbito mundial, o Brasil precisaria urgentemente implantar aproximadamente mais 1,15milhões de hectares de soja/ano nos próximos 9 anos, para aumentar a produção em de mais 4 milhões de toneladas/ano para o abastecimento direto do mercado chinês em grão e para o abastecimento do mercado interno, para a produção de biodiesel, de um lado e de carnes, para si e para a China/Sudoeste da Ásia, de outro.
No quadro abaixo, a ABIOVE projetou uma safra de 133,3 milhões de toneladas para 2025, mas ela foi atingida já em 2020/21 e a safra de soja brasileira deverá crescer mais 27,53%, ou mais 36,7 milhões de toneladas para um total anual de 170 milhões de toneladas até 2030 para atender o crescimento da demanda, apenas de biodiesel no Brasil, mais o aumento da demanda chinesa.
Fonte: T&F Agroeconômica