Os fundamentos não foram alterados, mas os futuros subiram bastante nesta sexta-feira. Há sinais positivos para o mercado de soja no horizonte, como mostram os fatores altistas abaixo discriminados:

Fatores de alta

  • Incerteza sobre as safras da América do Sul (Brasil e Argentina), com a volta do tempo seco;
  • Oferta reduzida nos EUA, aos níveis menores que a Guerra EUA-China de Trump;
  • Maior esmagamento interno nos EUA aumentou o consumo e reduziu a disponibilidade;
  • Compras técnicas dos Fundos romperam níveis de resistência;
  • Greve nos portos argentinos, que são os maiores exportadores mundiais de farelo e óleo de soja.

Fatores de baixa

  • Dólar no Brasil, que andou de lado toda a semana e com perspectivas de queda;
  • Alto nível de comprometimento da safra 2020/21 e incertezas climáticas aumentam a cautela entre os vendedores brasileiros.

Recomendação da consultoria

Os drivers no mercado permanecem os mesmos, o clima na América do Sul começa a se tornar mais importante em face dos estoques apertados dos EUA. De fato, o relatório do USDA mostrou estoques finais acima do esperado pelo mercado e manteve produções para o Brasil (idem CONAB), mas consultores privados começaram a fazer cortes em relação aos dois relatórios.

A questão é que 88% das exportações estimadas para as exportações dos EUA já são efetuadas, quando o ciclo de negócios deverá demorar ainda nove meses, tal como aconteceu com o Brasil em 2020, que adiantou as exportações e ficou sem produto.

Se Brasil e Argentina tiverem problemas de produção devido ao clima, o fornecedor seriam os EUA, fazendo com que a situação do estoque seja ainda mais apertada. As chuvas que caíram nas áreas produtivas da América do Sul foram menores do que o esperado e espera uma volta do La Niña para a frente. Isso mantém os preços.

Os chineses há um mês que desapareceram do mapa, alguns dizem que têm suas necessidades atendidas outros que estão esperando pelo que Biden vai fazer novas compras. No encerramento da quinzena o volume de moagem nos EUA do mês de novembro foi relatado, marcando um novo recorde do ano.

Por isso, a recomendação da T&F Agroeconômica é fixar os níveis mínimos de venda, assegurando os lucros atuais com mais alguns lotes!



RS: Preços da soja voltaram a subir entre 0,70% e 1,43% nesta sexta-feira e 3,21% para julho de 2021

Depois de recuarem cerca de 0,69% no dia anterior, os preços da soja no Rio Grande do Sul voltaram a subir entre 0,70% e 1,43%, puxados por Chicago, dólar e novas perspectivas de redução da oferta. Mas, o foco de atenção dos produtores é o mercado de 2021 que subiu 3,21% nesta sexta-feira, puxado pelos fatores acima citados, ganhando R$ 4,50/saca e fechando a R$ 144,50.

Este preço equivaleria a R$ 138,00/saca no interior, no mercado de lotes e aproximadamente R$ 132,00 para o agricultor, para receber no final de julho de 2021. Este
valor tem embutido um lucro limpo ao redor de 62% para o produtor gaúcho.

PARANÁ: Sem produto, cotações são apenas nominais e em forte queda; futuros acompanham o dólar

Mercado continua cotando teoricamente (porque praticamente não há mais disponibilidade) R$ 130,00 no Balcão, R$ 140,00 Ponta Grossa entrega e pagamento dezembro. Em Paranaguá o preço nominal também é R$ 140,00.

Soja futura está sendo cotada na origem a R$ 134,00 em Ponta Grossa, R$ 132,70 em Guarapuava, R$ 131,80 em Pato Branco, R$ 130,60 em Campo Mourão, R$ 130,90 em Maringá e R$ 130,60 em Cascavel, Para a safra 2020/21 no porto de Paranaguá, para entrega em abril com pagamento em 30/05 subiu para R$ 139,70; entrega maio com pagamento em 30/6 R$ 140,30; entrega junho com pagamento em30/7 R$ 141,50 e entrega julho e pagamento em 30/8 a R$ 143,20.

MINAS GERAIS: Mercado de soja voltou a subir mais 2 a 4 reais/saca nesta sexta-feira

Com pequena alta do dólar de 0,12% nesta sexta-feira e 0,73% na semana o mercado mineiro de soja registrou poucas ofertas, mas os preços voltaram a subir mais 2-4 reais/saca, como mostra nossa tabela ao lado. Os preços, que tinham subido cerca de 0,83% nos dos dias anteriores deram um salto de x3,20% nesta sexta- feira nas principais praças do estado.

Eventualmente em algumas praças, os preços podem ter tido uma pequena mudança, dependendo da hora em que ocorreu a oferta, durante a sessão de Chicago ou do dólar, mas, o mercado esteve bastante apático, diante da pouca disponibilidade.

MATO GROSSO: Semana de poucos negócios, mas preços retornaram para US$ 25/25/saca para 2022

Da safra 2019/2020 não houve negócios na semana. Estoque zerado. Preço referência varia muito com recuo das tradings, desde R$ 155 até R$ 160,00/saca. Da safra 2020/2021 foram negociadas 15.000 toneladas na semana. Preços retornaram para a faixa entre R$ 125,00 a 132,00, ou Usd 25,00 a 26,00 dólares/saca.

Da safra 2021/2022, semana bem lenta, sem relato de negócios. Preços de referência entre R$ 117,00 a 120,00/saca.

MATO GROSSO DO SUL: Praticamente sem negócios, apenas um lote para mercado interno nesta sexta-feira

Zero exportação, apenas alguns lotes para Campo Grande nesta sexta-feira. Preços ficaram ao redor de R$ 148,00 Campo Grande, R$ 145,00 Dourados, R$ 144,00 Maracajú e R$ 143,00 Sidrolândia e Chapadão.

GOIÁS: Com maior disponibilidade, Goiás negociou quase 50 mil tons nesta semana

Da safra 2019/20 foram negociadas 10.700 toneladas nesta semana; da safra 2020/21 foram negociadas 30.200 toneladas e da safra 2021/22 foram negociadas 5.000 toneladas. Os preços spot ficaram ao redor de R$ 147,00 no Centro e no Leste Goiano, R$ 149,00 no sul do estado.

Fonte: T&F agroeconômica

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