Argentina – Pulgões em trigo: recomendações para monitoramento

No trigo, são registradas espécies de pulgões que afetam diferentes órgãos da planta em momentos diferentes. Na região pampeana, os mais frequentes são: “pulgão dos cereais verdes” (Schizaphis graminum), “pulgão do trigo amarelo” (Metopolophium dirhodum) e “pulgão da espiga do trigo” (Sitobion avenae). Eles geram danos diretos, ao sugar sucos e danificar os tecidos vegetais, e danos indiretos pelo fato de algumas espécies poderem ser vetores de vírus.

Da mesma forma, talvez como consequência de mudanças no sistema de produção, novas espécies foram identificadas, como Sipha maydis “pulgão da grama preta” . Em anos ou ambientes mais secos, e ao longo do ciclo da planta, também costuma ser observado Diuraphis noxia “pulgão do trigo russo”, um pulgão verde que se diferencia dos anteriores por apresentar um prolongamento abdominal que lhe dá a aparência de cauda dupla.

Como monitorar pulgões no trigo? 

O momento crítico para iniciar o monitoramento é a emergência da cultura , quando as mudas apresentam desenvolvimento precário e sua sobrevivência pode ser afetada. Deve-se ter em mente que o dano pode se estender até a ponta.

Adriana Saluso, entomologista do INTA, aconselha a revisão de pelo menos 30 plantas ao acaso. No estado vegetativo, o monitoramento deve se concentrar em ambos os lados das folhas, enquanto na fase reprodutiva é recomendável observar folhas bandeira e espigas. Em ambos os casos, o número de indivíduos encontrados deve ser contabilizado. 

A presença de insetos benéficos – como joaninha e a vespa parasitoide – deve ser avaliada por serem importantes inimigos naturais que regulam as populações de pulgões, contribuindo para o manejo integrado da praga.

Os limites de dano de referência para os pulgões mais comuns são mostrados na tabela a seguir.

Fonte: Aapresid

Fonte: Adaptado de Aapresid

Foto de capa: Pulgão da Espiga – Divulgação Aapresid