A cultura encontra-se em fase de implantação. O progresso de semeadura foi novamente prejudicado pela recorrência de chuvas, que mantêm o solo saturado, comprometendo o sistema de plantio convencional, que requer solo seco.
Apenas em parte da Fronteira Oeste e Extremo Sul do Estado, o plantio avançou de maneira satisfatória em função das condições mais secas e estáveis dessas áreas. Porém, mesmo nessas regiões, alguns rizicultores recorreram ao sistema de plantio em prégerminação, nas áreas adequadas a essa técnica, com o objetivo de otimizar o tempo de estabelecimento das lavouras.
O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta área de 948.356 hectares cultivados. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.478 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, apesar das precipitações, houve progresso significativo nas operações de semeadura, e as lavouras emergidas apresentam bom estande. Em Alegrete, foram plantados aproximadamente 32 mil hectares, correspondendo a cerca de 60% da área prevista do município. Em Itaqui, a área semeada ultrapassa 40 mil hectares, o que representa 70% da projetada para a localidade. Em compensação, em Quaraí e Rosário do Sul, a semeadura começou recentemente, e os produtores relatam que o solo permanece muito úmido, dificultando o acesso e o desempenho das semeadoras em grandes extensões dos talhões.
Em São Gabriel, a semeadura também está atrasada, e alguns produtores estão adotando o sistema de prégerminação, em algumas áreas, para viabilizar o plantio na época preferencial. Na Campanha, embora os volumes pluviométricos tenham sido menores no último período, ainda não é possível realizar a implantação e, somente a partir de 12/10, a semeadura foi retomada nas áreas melhor drenadas e de solos mais arenosos. A proporção de implantação está baixa, considerando que faltam em torno de 30 dias para o encerramento da janela ideal de semeadura, o que pode resultar em atraso nas maiores áreas cultivadas. Em Dom Pedrito, os produtores refazem o entaipamento e a aplicação de herbicidas, elevando os custos operacionais. Até o momento, foram semeados apenas 6% dos 38 mil hectares previstos.
Na de Pelotas, a semeadura avançou, alcançando lavouras em Amaral Ferrador, Arroio Grande, Chuí, Herval, Jaguarão, Pedro Osório, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul e Tavares. A área semeada corresponde a 13% da projetada. Apesar da progressão, há atraso na implantação, pois, no mesmo período de 2023, já haviam sido semeadas 46% das lavouras.
Na de Santa Rosa, em Garruchos, o solo encharcado atrasou novamente a semeadura, gerando preocupação entre os produtores pelo acúmulo de atividades nas propriedades. A sobreposição dos manejos na cultura de arroz com as operações nas lavouras de soja pode limitar a disponibilidade de mão de obra e de equipamentos. Além disso, esse atraso pode postergar o período reprodutivo para uma época de menor radiação solar durante o enchimento de grãos, em fevereiro e março, o que pode impactar negativamente a produtividade.
Na de Soledade, houve pouco avanço na semeadura durante o período. As chuvas dificultaram o plantio no sistema de semeadura em solo seco; já o plantio de arroz pré-germinado prosseguiu em ritmo lento. Estima-se que cerca de 10% da área total tenha sido semeada.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,87%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 117,11 para R$ 116,09.
Confira o Informativo Conjuntural Emter/RS n° 1837 completo, clicando aqui!
Fonte: EMATER RS