Ao contrário de outras culturas, a semeadura de arroz em solo com baixa umidade não é um fator limitante, pois podem ser realizados banhos, se necessário, para viabilizar a germinação e a emergência. Em razão da possibilidade de uso dessa técnica, o plantio avançou e está próximo da conclusão.
O controle de plantas invasoras em pós-emergência continua, assim como as adubações nitrogenadas em cobertura nas áreas com arroz pré-germinado. Nas lavouras semeadas em solo seco, iniciaram-se os manejos de adubação com nitrogênio e o controle de plantas invasoras. O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta área de 948.356 hectares cultivados. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.478 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, o período de chuvas escassas favoreceu as atividades de manejo, como as aplicações de herbicidas e fertilizantes em cobertura, além do fechamento das lavouras para o início da irrigação. As condições também foram adequadas para a continuidade do plantio, que avançou significativamente, em especial nos municípios em atraso, como São Gabriel, onde a principal preocupação dos produtores é concluir a semeadura das cultivares de ciclo mais longo, que devem ser estabelecidas até o final de novembro, conforme o Zarc.
Em Quaraí, o plantio superou 80% da área prevista de 10.304 hectares, e há possibilidade de efetuar a semeadura nas áreas mais úmidas, que não foram plantadas nos meses anteriores. Em São Borja, 75% da área de 33.500 hectares foi plantada, beneficiada pelas chuvas pontuais das últimas semanas, que proporcionaram boas condições para a emergência uniforme das lavouras. Apesar de os níveis dos reservatórios estarem satisfatórios para os cultivos, os produtores aguardam chuvas mais volumosas para reduzir o consumo de água no início da irrigação, pois esse processo demanda grande quantidade do recurso para a saturação do solo.
Em Itaqui, o plantio foi tecnicamente concluído, e houve um aumento da área em relação à safra anterior, alcançando 61 mil hectares. Os produtores estão satisfeitos em relação às boas condições climáticas, que proporcionaram excelente estande de lavoura e manejo adequado. Na Região da Campanha, após um atraso significativo nos trabalhos de semeadura em setembro e outubro, o clima seco, nas primeiras semanas de novembro, permitiu uma boa recuperação.
Em Dom Pedrito, onde se cultiva a maior área da região (38 mil hectares), estima-se que 97% da área foi plantada. Em Bagé, mais de 90% da área foi semeada. As lavouras apresentam potencial, população e vigor inicial satisfatórios.
Na de Pelotas, a semeadura está em fase final. No período as chuvas de baixo volume não afetaram as operações de plantio. A área semeada alcançou 90% da projetada, o que representa menor proporção em relação aos 98% semeados no mesmo período de 2023. Nas áreas já implantadas, o aumento das temperaturas diurnas, os dias ensolarados e a maior duração da luz solar têm favorecido o desenvolvimento vegetativo das plantas. Até o momento, o crescimento das plantas está dentro das expectativas e dos parâmetros normais para a fase.
Na de Santa Rosa, os rizicultores aproveitaram as condições de solo mais seco, no início do mês, para realizar a implantação das lavouras. Nas áreas já semeadas, observa-se um bom estande de plantas. Estão sendo monitoradas as plantas espontâneas para avaliar a necessidade de aplicações de herbicidas seletivos.
Na de Soledade, 90% foram semeados. De maneira geral, as lavouras estão bem estabelecidas, apresentando crescimento e desenvolvimento dentro dos parâmetros normais.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu de 1,79%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 112,59 para R$ 110,58.
Confira o Informativo Conjuntural n°1842 Emater/RS completo, clicando aqui!
Fonte: EMATER RS