O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da adoção conjunta do manejo da vegetação, através do cultivo associado entre cultivares com reconhecida resistência e suscetibilidade ao bicudo-do-algodoeiro, e do controle curativo com inseticida botânico e via coleta massal em armadilhas contendo feromônio no ataque de A. grandis grandis.

Autores: Karolayne L. Campos¹; Tamíris A. de Araújo²; Weslley B. da Silva¹; Antônio M. Dias³; Carlos Eduardo A. Luz¹; Cristina S. Bastos¹; Jorge B Torres³; Cicero C. Figueiredo

Trabalho publicado nos Anais do evento e divulgado com a autorização dos autores

O bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis grandis Boh. Coleoptera: Curculionidae) é o principal limitante à produção da cultura em sistemas convencionais e orgânicos. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da adoção conjunta do manejo da vegetação, através do cultivo associado entre cultivares com reconhecida resistência e suscetibilidade ao bicudo-do-algodoeiro, e do controle curativo com inseticida botânico e via coleta massal em armadilhas contendo feromônio no ataque de A. grandis grandis.

Os ensaios foram realizados em duas safras: 2010/11 e 2011/12 , sendo feito na primeira a avaliação da resistência das cultivares de fibra colorida BRS 200, Rubi, Safira e Verde e da cultivar de fibra branca BRS Aroeira ao ataque do bicudo, com os tratamentos dispostos no delineamento em blocos ao acaso com três repetições.

Na segunda safra, os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial de três cultivares de fibra colorida (BRS Safira, Rubi e Topázio) x duas modalidades de cultivo (com e sem a cultivar de fibra branca circundando as parcelas) x dois métodos de controle (pulverização com inseticida botânico à base de nim – Natuneem® ou coleta massal em armadilha do tipo accountrap contendo feromônio grandilure), sendo o delineamento em blocos ao acaso com três repetições.

A cultivar de fibra branca BRS Aroeira mostrou-se relativamente resistente ao ataque do inseto na primeira safra e por isso foi selecionada para uso em associação com as cultivares de fibra colorida na segunda safra. Logo, o cultivo associado entre cultivares de fibra colorida e a de fibra branca atuou reduzindo a necessidade de intervenção sobre a praga.

O controle proporcionado pela coleta massal e pela pulverização com inseticida botânico pode ser considerado semelhante, pois enquanto a armadilha proporciona maior controle (coleta massal do inseto) nos estágios iniciais de desenvolvimento do algodoeiro o inverso ocorre em relação às pulverizações com inseticida botânico à base de neem.

Palavras-chave: Controle comportamental, controle químico; cultivos sustentáveis

Informações dos autores:

¹Universidade de Brasília (UnB), Faculdade de Agronomia de Medicina Veterinária (FAV), Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte – DF, 70910-900; E-mail: karolaynelopescampos@gmail.com.

²Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Entomologia, Campus Universitário, Viçosa, MG, 36570-000.

³Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Departamento de Entomologia (DEPA), Dois Irmão, Recife, PE, 52171-900.

Disponível em: Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia,  2018. Gramado, RS.

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