O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participou como painelista do Agro Horizonte 2024, evento promovido pelas publicações Globo Rural, Valor Econômico e rádio CBN, com patrocínio da Corteva Agriscience. Realizado em 11 de dezembro, em Brasília (DF), o fórum reuniu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lideranças e especialistas para explorar as novas fronteiras da ciência, tecnologia e comércio internacional no agronegócio brasileiro. Durante as discussões, o algodão brasileiro destacou-se como um dos protagonistas, com ênfase nos avanços que têm impulsionado a competitividade do setor no mercado global e enfrentado seus principais desafios.
“O Brasil conquistou o posto de maior exportador global de algodão e deve se manter no próximo ano, com uma projeção de exportação de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, representando um crescimento de 4,5% em relação ao ciclo anterior. Este desempenho reflete o investimento contínuo em tecnologia, que tem ampliado a produtividade e fortalecido a posição do país como líder mundial no setor”, afirmou Schenkel. Ele reforçou, ainda, que a inovação tecnológica é um dos principais motores desse crescimento. “Máquinas agrícolas mais precisas e engenharia genética avançada têm revolucionado o manejo da lavoura. Esses avanços não apenas garantem maior eficiência, mas também promovem a sustentabilidade, aspectos fundamentais para o sucesso do algodão brasileiro nos mercados globais”, pontuou.
Apenas em novembro de 2024, o Brasil exportou 299,5 mil toneladas de algodão, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais mercados de destino estão o Vietnã e o Paquistão, que juntos contribuíram com um aumento de 95,8 mil toneladas no volume exportado. “O Egito, um mercado aberto recentemente, já se consolidou como um destino estratégico, evidenciando a crescente aceitação do algodão brasileiro, inclusive em mercados exigentes”, destacou.
O presidente da Abrapa integrou o Painel 2 – Comércio Internacional: destravando mercados e impulsionando o acesso à inovação de ponta, que abordou estratégias para ampliar o acesso do agronegócio brasileiro a novos mercados, além do impacto da inovação na competitividade global. Entre os debatedores estavam também nomes como Marcos Jank, do Insper Agro Global, Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior no MDIC, e Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais do Mapa. O painel foi moderado pelo repórter da Globo Rural e Valor Econômico, Rafael Walendorff.
O evento contou também com debates sobre temas como edição genômica, inteligência artificial no campo e inovação em técnicas de manejo. Entre os outros painelistas participantes estavam personalidades como a ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina, a vice-presidente da PepsiCo para a América Latina, Suelma Rosa, e o diretor de inovação da SLC Agrícola, Frederico Logemann.
Para Alexandre Schenkel, o evento foi uma oportunidade de destacar o papel do algodão brasileiro como referência em qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade no mercado internacional. “Participar de um evento como o Agro Horizonte é fundamental para reforçar as estratégias que colocam o Brasil na vanguarda do agronegócio global e discutir as ações necessárias para manter a competitividade de nossos produtos no cenário internacional”, destacou o presidente da Abrapa.
O Agro Horizonte tem a proposta de ser o maior encontro anual sobre inovação agropecuária no Brasil, conectando produtores, pesquisadores, representantes do governo e indústrias. Em destaque, estiveram os avanços em ciência e tecnologia, que têm consolidado o Brasil como potência mundial no setor agropecuário, e as perspectivas para o futuro em um cenário de crescente demanda por sustentabilidade e eficiência.
Fonte: Abrapa