OFERTA E DEMANDA BRASILEIRA
A Conab divulgou a 7ª estimativa da O&D da pluma brasileira para a safra 22/23. Desse modo, a Companhia estima que serão produzidas 2,73 milhões de t de pluma no Brasil neste ciclo, 1,77% inferior ao projetado no último relatório, reflexo do reajuste negativo de 1,86% na área semeada, devido a janela ideal apertada no estado. Cabe ressaltar que, mesmo com esse recuo, o volume produzido ainda é 7,08% maior que o registrado na safra 21/22. No que se refere à demanda externa, estima-se que serão exportados 1,98 milhão de t de pluma, 9,66% superior ao da safra 21/22, devido à maior produção no ciclo. No entanto, a Conab afirma que, com a diminuição registrada nos volumes de exportações dos últimos meses, esse número pode ser revisado para baixo. Por fim, diante da menor estimativa de produção neste relatório, os estoques finais ficaram em 1,47 milhão de t, recuo de 3,24% ante a mar/23.
Confira os destaques do Boletim:
INCREMENTO: diante da expectativa de uma maior produção na China, a projeção da produção mundial da pluma para a safra 22/23 exibiu alta de 0,72% em abr/23 ante a mar/23.
BAIXA: com os últimos dados divulgados pelos EUA e BR, que indicam uma desaceleração na inflação dos países, o dólar corrente exibiu queda de 2,05% no comparativo semanal.
RECUO: reflexo da desvalorização registrada no dólar, a paridade de exportação de jul/23 em MT apresentou baixa de 1,41% na semana, ficando na média de R$ 142,74/@.
Segundo a Secex, em mar/23 MT exportou 54,57 mil toneladas de pluma
Desse modo, o total escoado é superior ao observado em fev/23, no entanto, é 63,81% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Cabe ressaltar que esse recuo dos embarques no comparativo anual é reflexo das incertezas quanto à economia mundial, em conjunto com o terremoto que atingiu a Turquia (grande consumidora global da fibra), o que diminuiu a demanda pela pluma, por não ser considerada um bem essencial. Para se ter uma ideia, quando analisado o montante da safra exportado até o momento (ago/22 a mar/23), o volume é 20,72% inferior ao registrado no mesmo período do ciclo 20/21, totalizando 783,52 mil t da fibra. Vale destacar que esse cenário foi puxado, principalmente, pelo recuo de 31,06%, 29,25% e 17,20% nas importações do Vietnã, Turquia e China, respectivamente. Por fim, se a demanda pela fibra não aquecer nos próximos meses, o volume total exportado da safra 21/22 pode ser menor que o do ciclo 20/21.
Fonte: Boletim semanal n° 670 – Algodão – IMEA