Buscando uma aproximação à paridade de exportação, as cotações do algodão brasileiro foram na contramão do câmbio e da Bolsa de Nova York e encerraram com leve queda nesta quinta-feira (22). Na média do polo industrial paulista, a pluma fechou a R$ 5,04 por libra-peso, recuando de 0,18% em relação ao fechamento anterior. No acumulado em relação ao mês e ano passado, apresentava altas de 5,1% e de 82,8%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou o dia 22 a 95,81 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), recuando 0,56% em relação ao dia anterior. Ante ao contrato de maior liquidez (dezembro/21) negociado na Ice Futures US, a pluma brasileira encerrou cotada a um valor 6,6% superior, contra 9,0% do fechamento anterior. Há uma semana, era 9,4% superior e, há um mês, era 12,9% mais alto.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, esse prêmio positivo pago pelo produto no âmbito doméstico sinaliza que a indústria ainda encontra dificuldade em garantir seu abastecimento. “Quando mais o ingresso de lotes novos se aproxima do mercado disponível, menor ele tende a ser”, explica.
No âmbito internacional, destaque para a área de algodão prevista na Argentina em 410 mil hectares na safra 2020/21, 8,9% abaixo dos 450 mil hectares cultivados na temporada anterior (2019/20), de acordo com relatório mensal divulgado pelo Ministério da Agroindústria do país. Em relação ao relatório anterior, houve estabilidade.
Já a produção foi prevista em 1,05 milhão de toneladas, queda de 4,5% sobre a temporada anterior. Frente ao mês passado, também houve estabilidade.
Fonte: Agência SAFRAS